quarta-feira, 31 de maio de 2006

Globalização

Coitada, é um conceito que anda apanhando muito ultimamente.
A população dos países ricos não gosta muito disso e a dos países pobres detesta, mas ela segue em frente, batalhadora.
Mas que bicho é ela e por que apanha tanto?
Uns dizem ser a padronização do mundo aos moldes americanos, outros que é o fim da utopia de bem estar social no mundo e outros ainda que é o domínio dos países pobres pelas multinacionais dos países ricos.
Eu tendo a acreditar que é simplesmente o nivelamento dos iguais mundo afora.
Segundo este ponto de vista, os pobres dos países ricos têm mesmo que se preocupar. Se eu estiver correto, estes são os que mais têm a perder.
Como contraponto, os dos países pobres só têm a ganhar. Um nivelamento econômico entre os pobres do mundo não faria muito por eles, mas uma migalhinha iria acabar sobrando.
Os ricos de todos os lados continuariam ricos e felizes, como sempre foram enquanto aos Estados caberá uma perda de autonomia, pode-se dizer até soberania, devido a interdependência entre as nações.
Daí se vê que os grupos que mais perderiam seriam os de trabalhadores sindicalizados e de baixa educação dos países ricos – os pobres de lá - e os políticos de toda a parte, que veriam sua margem de manobras populistas estreitar-se.
Se você concorda comigo na análise deve ver que fica evidente o porquê da globalização ter se tornado maldita para os grupos organizados ditos de esquerda mundo afora. É palavrão porque ameaça grupos historicamente privilegiados.
Se estivesse em um deles também estaria esperneando; como não estou, torço para que a globalização ganhe impulso e venha mais rápido.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Preciso ler o Estadão

Entre brigas na seleção, desastres naturais e calmaria na política, nada tenho a escrever.
Definitivamente está faltando assunto.
Acho que terei que fazer uma assinatura do Estadão.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

A verdadeira ajuda ao campo

Todo o ano é a mesma coisa. Os fazendeiros choram, o governo cede e “dá” para eles um pacote de ajuda.
Os fazendeiros estão certíssimos em chorar, afinal quem não faz não mama, mas o governo está errado em conceder a ajuda anual.
A verdadeira forma de fortalecer agricultores não é assim. É criando mercados com tecnologias, seja de marketing ou de novas aplicações.
Vejamos; na semana passada a Petrobrás – no já tão usual tom “seus problemas acabaram” – anunciou que iniciará a refinação de derivados de petróleo com uma nova técnica denominada H-bio. Nem adianta perguntar o que é isso porque também não sei, só que o anúncio incluiu que cerca de 1,2 milhão de toneladas de soja seriam necessários para a implantação desta maravilha tecnológica neste estágio ainda embrionário, com produção em apenas duas refinarias.
É uma gota no oceano da produção nacional (cerca de 55 milhões de toneladas), porém quatro vezes a produção da nossa vizinha Bolívia. Imaginem o alívio que isto produzirá para os nossos plantadores, às voltas com os baixos preços internacionais e os produtos subsidiados pelas grandes potências econômicas mundiais.
Este sim é um processo sustentável de ajuda ao produtor rural que, se generalizado para as demais culturas, traz ganhos para toda a sociedade, inclusive para os governantes, que passa a ter na agricultura uma fonte de receitas e não de despesas.
A adoção em larga escala do álcool combustível é a estrela da trupe das inovações tecnológicas que beneficiam o consumo de produtos agropecuários brasileiros, porém não é o único. Nem se concentram no campo energético estas inovações.
O simples envaze de um resíduo pode significar a abertura de um mercado milionário. Foi o que aconteceu com a água-de-coco, que há cerca de uma década era descartado por todas as processadoras – muitas vezes diretamente nos rios – e hoje é um dos produtos mais nobres indústria.
Algo semelhante está em estudo na adoção de soro, proveniente da cadeia produtiva de derivados de leite, como enriquecedor protéico das merendas escolares. O Estado estaria atuando como um indutor da utilização de um resíduo da cadeia, diminuindo a carga poluidora das indústrias e aumentando a saúde da população infantil.
Outras pesquisas estão sendo feitas para a utilização de materiais que hoje são tratados como sem valor pelas indústrias, como os pulmões bovinos – transformados em salgadinhos - e as bananas próximas do amadurecimento – em purê. Cada nova utilização que se encontra é um recurso natural que ganha em valor e uma pequena parcela de nossos impostos que deixa de ser “dada” aos produtores rurais.

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Foi mais ou menos assim

O deputado pergunta: Aprendeu bem a linguagem da malandragem, hein?
O depoente responde: É, aqui a gente aprende rápido.
Resultado, deputado provocador está andando pelo Congresso. Depoente está preso.
Moral da história: no Congresso Brasileiro não dá para falar a verdade mesmo.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Eu também não gosto

Em um discurso eleitoreiro que ele diz que não é, Lula afirmou ontem que tem candidato que não gosta de pobre. Afirmo que não é só candidato não, eu também não gosto.
Não que eu tenha algo contra as pessoas desprovidas de dinheiro; mas me diga, senhor presidente, por que eu deveria gostar deles?
Há pobres de todos os tipos; pretos, brancos, magros, gordos, boa gente e mal-caráter. Portanto a única coisa que os distingue de um rico é a capacidade de suprir suas necessidades materiais.
Só há uma categoria que sem dúvida alguma gosta de pobre, a dos políticos populistas e demagogos. Sem os pobres esta categoria teria esgotada toda a sua capacidade de conseguir poder.
Eu tanto não gosto de pobre que quero que eles sejam eliminados da sociedade. Não ao estilo dos esquadrões da morte ou dos Gulags; com o desenvolvimento nacional.
E também não gosto dos políticos que gostam de pobres, pois estes querem a manutenção do status quo.
Por isso, senhor presidente, pode ser que você venha a ganhar a eleição que se aproxima (continuo duvidando), só que o meu voto você não tem.

terça-feira, 23 de maio de 2006

Vai entender

Nos últimos dias – devido ao novo escândalo (Sanguessugas) – ouvimos e lemos muito sobre o modo “errado” de ser de nosso orçamento federal.
A crítica mais dura era devido ao fato de que este é autorizativo e não impositivo; ou seja, nosso orçamento é uma peça de ficção, pois não leva a uma previsão real do que vai se gastar.
Mas aí me aparece o Maílson da Nóbrega, em um artigo no Estadão do dia 25, e afirma que não se deve fazer vinculação orçamentária, pois esta engessa o orçamento. Tudo em um contexto em que se fala de uma parcela do orçamento obrigatoriamente indo para a segurança pública.
Então fica a lição: orçamento é igual quem briga com bêbado, está errado quando bate e está errado quando apanha.
Particularmente sou favorável às vinculações orçamentárias, apesar de estar na contramão do mundo.
Pegarei os pontos contrários apontados por da Nóbrega e mostrarei por que não devem ser um impedimento às vinculações, no meu ponto de vista.
Estes são:
Aumenta a rigidez dos gastos, dificultando a alocação adequada de recursos;
Induz os administradores públicos ao desperdício, pois estes buscam gastar a todo custo;
Inibe os incentivos à busca da eficiência na utilização de recursos, pois eles chegam “de mão beijada” aos destinatários;
Compromete para sempre uma parcela de recursos em favor de atividades que não serão necessariamente as mais prioritárias no futuro;
Põe em dúvida a capacidade dos futuros legisladores de definir prioridades.
O fato é que todos estes pontos estão baseados em premissas falsas.
Primeiro, as vinculações não aumentam a rigidez do orçamento pela simples razão de que nosso orçamento não é rígido. O que elas fazem é definir prioridades de gasto que, diga-se de passagem, estão corretíssimas se forem as de hoje – educação e saúde – acrescidas de segurança pública.
Para haver alocação adequada é necessário que haja administração adequada, não é o orçamento que irá criar este virtuosismo administrativo.
Então chegamos ao segundo ponto, dizer que desperdício ocorrerá pela vinculação é supor que existe sobra de recursos. Pois sabemos que isto não ocorre; o que existe é desperdício de recursos já insuficientes. A busca da melhora administrativa é uma necessidade, independente da forma que o orçamento é apresentado.
O que inibe a busca de eficiência é a falta de cobrança por ela por parte dos superiores e da sociedade, não a existência dos recursos. No que acredito que o terceiro ponto também é falso.
Quanto aos quarto e quinto pontos, baseiam-se na premissa que uma legislação aprovada hoje torna se pétrea. Mas sabemos que nenhuma lei é imutável, mesmo as que estão alojadas dentro da constituição, como a própria sociedade não é.
A medida que mudarem as necessidades mudar-se-ão as vinculações e cada período dará aos legisladores a chance de legislar e aprovar orçamentos adequados ou não – o que é muito mais comum – à sua época.
A capacidade dos atuais congressistas é realmente bastante questionável porém não há como dizer que a dos futuros será maior.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Só abre a boca pra falar m...

Em um de seus mais do que dispensáveis discursos, ainda fora do país e um pouco antes de decidir que não se deveria fazer uso eleitoral da guerra que ocorreu em São Paulo no princípio desta semana, Lula falou que se deve construir mais escola e menos presídio.
Eu poderia dizer que ele está um pouco mal informado, talvez até mal formado, mas acho que não. Fui apenas mais uma merda que ele falou mesmo, mal intencionada ou não.
Para que se deve construir mais escolas se as crianças já estão todas lá, frequentando-as ou pelo menos com as vaga garantidas, e a tendência demográfica é que se necessite cada vez menos vagas por simples falta de crianças?
Será que não seria melhor garantir a estas crianças uma educação de qualidade, coisa que o orçamento que seu governo defende faz crer que só acontecerá no nível terciário (que, prevê-se, receberá 75% das verbas).
Será que o ilustre presidente não percebe que o nível educacional da população nada têm a ver com este incremento da marginalidade e que fossem estes os bandidos mais educados talvez ganhássemos apenas um crime mais organizado e, portanto, ainda mais perigoso - vide a cobertura do noticiário político?
Será que ele não percebe que os índices educacionais hoje são muito melhores do que no passado e que isto não se transformou em melhoria na segurança pública?
Será que ele não tem espelho em casa e não sabe que não possuir educação formal não predispõe ninguém ao crime?
Ou será que ele tem e sabe muito bem o que está dizendo?

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Endurecer

Esta é a tática que a opinião pública está pedindo para as Polícias depois dos dias de terror no estado de São Paulo desta semana.
Aparentemente isto significa atira, mata e depois vê se acertou a pessoa certa.
Só que o certo seria justamente endurecer com as Polícias. E não só com elas; com o Congresso, com a justiça, com o Ministério Público, etc...
Esta mais do provado, o homem e as instituições que ele forma só funcionam adequadamente se tiverem fiscalização externa. E são estas fiscalizações múltiplas que ruíram em nosso país, criando condições para toda esta bandalheira.
Devido a falta de cobrança de resultados por parte da sociedade, leis inaplicáveis são promulgadas, policiais passam por crimes flagrantes e não agem, quando um delito é comunicado à Polícia não é investigado.
Ou seja, a sociedade não está pressionando as instituições para que estas cumpram suas funções.
Abrir mão das amarras que os policiais têm para não se transformar em máquinas assassinas é o pior dos caminhos. Aumentar a fiscalização sobre todos os servidores públicos para que estes cumpram seus papéis, honestamente, é a única forma de encontrarmos uma paz social duradoura.

terça-feira, 16 de maio de 2006

Bandido bom é bandido morto

Atentem, não estou dizendo que bandido tem que morrer – se estivesse meu “ibope” subiria muito com certa parcela da população -, estou apenas dizendo que bandido, se esperto for, não gosta de aparecer.

Finge-se de morto, pra pegar o coveiro; em uma expressão que ouvi muito na minha adolescência. E só assim se perpetua no poder ou em suas ações, muito alvoroço e muito tiro é sinal de falta de poder, em outro dito popular: quem grita perde a razão.

Desta forma, digo uma coisa da qual eu provavelmente me arrependerei mais tarde. O PCC está acabado, ao menos sobre o comando da atual “direção”.

Mesmo desorganizado como é, o Estado ainda tem muito mais força de coerção do que qualquer PCC, e quem não a utilizar para afrontar a organização criminosa. Após tamanha humilhação pública dos governantes e das polícias, os líderes da facção criminosa pagarão caro por isso, assim como seus asseclas.

De fato alguns já estão pagando; o número de mortos em confronto com a polícia nesta madrugada foi bastante alto e acredito que não irá retroceder tão cedo.

Provavelmente haverá também um endurecimento do sistema penal; muitos dos chamados líderes do PCC passarão a Copa do Mundo assistindo às paredes no Regime Penal Diferenciado.

Creio até que o tal “Marcola” vai sentir saudades do tempo em que era apenas um ilustre desconhecido, se fingindo de morto como criminoso e tento um comportamento exemplar na cadeia. Só que agora já foi, usou o período eleitoral para manifestar desejos descabidos, que arque com as conseqüências.

Nós já sofremos; e a pressão sobre os maus-tratos sobre presos e contra policiais violentos vai ter um nível apenas basal nos próximos meses.

A população quer e terá sangue, pois é assim que agem governantes; desde a época anterior ao pão e circo romano.

Impondo o terror

Não, não estou pra começar um texto sobre o PCC, e sim um sobre a seleção brasileira.
Na véspera da final da Copa Coréia/Japão tive uma conversa que era mais ou menos assim:
- E aí Gian, tá preocupado com a final?
- Não, acho que vai ser fácil.
- Mas como?
- Explico; qual é considerado o melhor zagueiro do campeonato alemão hoje?
- O Lúcio?
- Não, o Bordon, aquele que é considerado um grosso e nunca sequer foi cogitado para a seleção. E você sabe quem é o artilheiro de lá?
- É o Élber?
- Não, é aquele cara que jogou no Grêmio, Adílson, se não me engano?
- Puta, nem sei quem é?
- Pois, é, nem sei o nome, pra falar a verdade não tenho certeza que ele jogou no Grêmio. Mas é o artilheiro de lá. E o melhor jogador, sabe quem é?
- O Balack?
- Antes fosse, o melhor jogador de lá segundo a imprensa alemã é o Zé Roberto. E este tal de Balack nem vai jogar.
- É, se os melhores jogadores deles não servem pra jogar na nossa seleção, como podemos nos preocupar com este time?
- É o que eu penso.
No final das contas a final foi até mais disputada do que eu pensei que seria, só que a Copa já estava ganha de véspera, era só não perdê-la.
Quatro anos depois a situação sé se agravou para as demais seleções. Isto não quer dizer que iremos ganhar a Copa com um pé atrás, mas significa que já entramos em campo com um décimo-segundo jogador, o Medo do adversário.
Se não colocarmos Presunção - conhecido pela alcunha Salto Alto - em campo, o título é nosso.

domingo, 14 de maio de 2006

Assino embaixo

Como sabem sou preguiçoso; então deixo somente um link para um texto que, tirando as digressões e considerações pessoais sobre a sanidade, assino embaixo.
Pega aí: http://www.primeiraleitura.com.br/auto/entenda.php?id=7525 .
E se discordarem desta vez mandem os impropérios para o Reinaldo Azevedo.

sábado, 13 de maio de 2006

É impressão minha...

ou os integrantes da "esquerda" sulamericana estão sofrendo de distúrbios de personalidade?
Num dia dizem uma coisa, no outro dizem o contrário, alguns não sabem se o que dizem é fantasia ou ficção; vejam só, a realidade é que nunca é.
E o coitado do Acre, o estadinho desvalorizado. Foi segundo o líder sindical que virou presidente deles comprado pelo Brasil por um cavalo. E aquele troquinho de 2 milhões de libras esterlinas, eram o quê?
Mas como diria a música do Casseta: se o líder sindical que virou presidente daqui é assim, imagine o da Jamaica? O da Bolívia não precisa imaginar, é só ligar o noticiário.
Mas para esperar esta onda "esquerdista" passar podemos encher os copos de uísque escocês do Paraguai daqui, ou mesmo da Jamica, já que a dor de cabeça é certa mesmo, que tenhamos ao menos a euforia pré-porre.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Herança maldita

Não importa quem seja o próximo presidente da república – que pode até ser o mesmo (Deus no livre) -, ele terá a verdadeira herança maldita para combater.
E ao contrário daquela que os antigos petistas diziam receber, esta não poderá ser usada com outro nome e a mesma fórmula.
A trama que liga as instituições deste país está tão esgarçada que será necessário uma refundação da nossa democracia.
Ou será que aceitaremos outra rainha da Inglaterra em nossa presidência (aquele senhor que nada faz, nada sabe e nada manda) discursando que “nunca na história deste país”?
Creio que não, se estamos em um presidencialismo é para que tenhamos um presidente, de fato e de direito. Que este aja como um e seja responsável por seu governo.
E quanto ao Legislativo?
Criado basicamente para fiscalizar e balizar o poder executivo, não está fazendo nada disso. E nem a sua outra função – ser a casa onde a voz das ruas encontra eco e se transforma em leis e atos – está sendo exercida. Fica a pergunta; pra que serve então?
E quanto ao Judiciário?
Um dos mais politizados e ineficientes do mundo.
Não pense aqui que estou colocando o peso de cinco séculos de construção de “tudo isto que está aí” nas costas do sr. Inácio, mas ele conseguiu tudo que estava errado e piorar; com o mensalão e a desmoralização do escândalo, sabendo ele ou não das coisas.

terça-feira, 9 de maio de 2006

Como é possível?

Não se passa um dia sem que um deputado inexpressivo (que eu traduzo como um do qual eu nunca ouvi falar) seja pilhado em uma atitude indecorosa.
E ainda sou parlamentarista.

Vale tudo

Em ano eleitoral a regra para os governos é não entrar em confronto.
Os agricultores estão fazendo a festa com isso. Existem estradas que estão paradas há semanas e nada de se tomar alguma atitude.
E o pior de tudo é que os nossos nobres representantes dos agronegócios não terão seus pleitos atendidos simplesmente por impossível que é fazê-lo.
O que eles querem é socializar seus prejuízos, pois se acham uma categoria mais importante para o progresso do país do que as demais. Sei que isto já foi pisado e repisado, mas quando o dólar estava valendo quatro reais ninguém veio me oferecer socialização dos lucros da venda de soja.
Todos os agricultores que estão hoje endividados são maiores de idade e sabiam que corriam riscos quando assinaram seus contratos. A vida é assim; quem quer ganhar muito tem que arriscar muito. Quem arrisca mais do que pode, perde mais do que quer.
O pior é que eles foram ao longo de décadas acostumados a só ganhar e deixar as perdas no colo do Tesouro, já passou da hora de serem responsáveis por seus atos e contratos.
O Brasil é pobre para ficar subsidiando exportadores de grãos ou o que quer que seja; se é para subsidiar alguém, que seja a agricultura familiar – e não com dinheiro, mas com conhecimento para que tenham discernimento para que não sejam os próximos a pedir prorrogação de dívidas.

domingo, 7 de maio de 2006

Land Rover

Poderia tecer muitos comentários sobre a entrevista do Silvinho Land Rover, mas isso não vale a pena.
É tudo coisa velha, da qual todos já sabiam ou desconfiavam.
A novidade é que o PT deu ao seu antigo secretário-geral o status de louco.
Este é o partido que está no poder (diga-se de passagem nós o merecemos, pois não há nenhum movimento para tirá-lo de lá). O secretário-geral era louco, o tesoureiro desligado, o presidente inocente e o presidente de honra néscio e apedeuta - forma que os críticos usam para evitar tolo e ignorante, devem ser uns velhinhos.

sábado, 6 de maio de 2006

Que justiça?

“Não acredito mais nessa Justiça do nosso país. Estou com vergonha de morar no Brasil. Essa Justiça é uma porcaria, é por isso que o país está desse jeito”.
Estas foram as palavras que proferiu João Florentino Gomide, o pai de Sandra Gomide – cujo assassino confesso Pimenta Neves depois de julgado e condenado recorrerá em liberdade.
Mas poderiam ter sido proferidas por qualquer um que esteja acompanhando o noticiário nacional.
Como não ficar indignado ao ouvir de membros do Supremo que os acusados do mensalão só serão julgados em dois anos, se tudo correr bem, após a infinidade de provas recolhidas neste período por Ministério Público e CPMIs?
E que a agora notória Suzane e os irmão Cravinhos, grupo de assassinos confessos também, foram libertados e depois encarcerados novamente pela singela razão de que nossa justiça não conseguiu cumprir o prazo de julgá-los; o que devido ao fato de serem réus confessos é quase uma formalidade.
E a necessidade de se julgar o Juiz Lalau às pressas para evitar que seu crime prescrevesse; julgamento que só aconteceu devido à pressão da Imprensa.
E as ações de politicagem que alguns membros dos tribunais mais altos se utilizaram no decorrer da crise sem fim que o mandato Lula se transformou.
E...
Tudo mostra que preocupado com o seu próprio umbigo o poder judiciário se recusou a cumprir com suas obrigações. Dar igualdade de direitos e de deveres aos cidadãos brasileiros. E se ele não faz isso, não serve para nada.
Desde que comecei a escrever este blog fico batendo na tecla de que precisamos fortalecer as instituições; vez ou outra me pergunto se as instituições que nós temos merecem ser fortalecidas.

sexta-feira, 5 de maio de 2006

E por falar em Deus e...

em provérbios, um que cabe perfeitamente à situação na Bolívia:
Quem empresta aos pobres dá adeus.
Ou será quem dá aos pobres empresta a Deus?
Sei lá.
Só sei que fica sem, ainda mais se o pobre for hermanito.

Ao Deus dará

Das duas, uma.
Ou está faltando oração ou houve um divórcio entre o divino e os poíticos evangélicos do Rio.
Enquanto Garotinho está morre não morre, diz o médico que o está atendendo, Bispo Rodrigues está vendo o sol mais reto do que o normal.
Isto só prova uma coisa: quanto mais se reza, mais assombração aparece.

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Chantagem

É, no ponto de vista de quem utilizou o Exército na expropriação de bens alheios, o anúncio de que a Petrobrás não investirá nenhum tostão na Bolívia.
No lado de cá a maioria pode classificar isto como bom-senso.

Parece que...

O Pai dos pobres e de todas as metáforas já sabe como lidar com a crise de gases.
Mandou os auxiliares falar grosso, enquanto não fazem nada.
Já sabemos que não investiremos mais nem um centavo lá nos Andes e que não aceitaremos aumento nos preços ou interrupção do fornecimento.
O que faremos caso, por um infortúnio, aconteça algo assim? Só Deus sabe.
Enquanto isso a Veja informa que José "sai já daí" Dirceu anda oferecendo negócios milionários com o companheiro bolivariano Chávez ao empresariado brasileiro.
Que posso dizer?
Vão fundo, é negócio garantido. Lulinha (não o Paz e Amor) deve estar preparando as malas para fechar negócio, já que tem um faro para ganhar dinheiro incrível.

terça-feira, 2 de maio de 2006

Negócios em família

Em vista dos acontecimentos de ontem meus textos sobre energia perdem muito de sua validade, pois alguns consumidores podem sim sofrer crise de oferta.
Mas de qualquer modo fica a lição. Negócios em família sempre criam atritos, entre hermanos é desastre certo.