quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Faltando

Por falta de tempo e de vontade não houve atualização ontem, por falta de assunto e de vontade não haverá hoje.
Grato pela atenção.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

As conseqüências

Quando o Brasil decidiu-se pelo automóvel no desenvolvimento do país, apenas para alegrar as empresas automobilísticas e criar alguns empregos industriais, não se sabia o que isso acarretaria de males aos brasileiros de hoje.
Achava-se que o casamento seria só flores, mas hoje se observa que nada mais falso.
Antes do desenvolvimento das empresas automobilísticas já havia uma rede ferroviária relativamente desenvolvida, que no caso de São Paulo é responsável pela criação da maioria das cidades e da pujança do interior, e enormes potencialidades hidro e aeroviárias. Tudo foi relegado a segundo plano para o desenvolvimento rodoviário. Nem o exemplo das cidades onde havia mais carros foi seguido. As potências da época (Londres, Nova Iorque, Paris, etc...) contavam já com uma vasta rede de linhas de metrô, com extensão que ainda hoje São Paulo e Rio de Janeiro não conseguem nem sonhar alcançar.
As conseqüências no bolso são claras, um carro popular novo têm custo - entre o aparente e o oculto – de cerca de dois mil reais, retirando renda da já castigada classe média e impedindo que se crie um mercado consumidor de serviços mais forte e, conseqüentemente, impedindo o crescimento do número de empregos. Tudo isso porque é temerário confiar no sistema público de transportes, precaríssimo.
Além do mal no bolso, há a perda da qualidade de vida e até de vidas mesmo. Uma pesquisa divulgada parcialmente na Revista Pesquisa Fapesp deste mês afirma que as cidades de Santiago, São Paulo e México terão custos ligados a poluição de cerca de 165 bilhões de dólares nos próximos vinte anos. Observe que este valor é maior que os programas de transferência de renda que os paises onde estas cidades estão situadas tanto alardeiam aos quatro ventos.
E o grosso desta poluição é mesmo fornecida pelos motores de combustão interna dos veículos, que no caso dos combustíveis fósseis é agravado pelas impurezas que eles carregam, principalmente enxofre.
Portanto está mais do que na hora de tentar reverter este grave caso de miopia em que estamos metidos a cerca de meio século. Temos que deixar de ser “automotivos” e começar a investir seriamente em outras formas de locomoção nas cidades brasileiras.
Caminhar ou andar de bicicleta, ônibus ou metrô pode aparentar uma perda de qualidade de vida imediata, mas é o futuro da boa qualidade de vida nas cidades brasileiras. Os trajetos curtos em especial devem ser cobertos a pé. Você ganhará alguns gramas de músculo a mais e as cidades algumas toneladas de poluentes a menos.
O mais importante talvez seja pensar melhor na hora de votar nos nossos prefeitos e governadores e favorecer aqueles que têm bons programas para o transporte público.
Todos saem ganhando; até o seu bolso, se o benefício na saúde não for o suficiente para você.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Sucinto

O governo anunciou que vai liberar alguns bilhõezinhos do FGTS para financiar a casa própria da população de baixa renda a fundo perdido.
As perguntas são: o FGTS é do governo ou dos trabalhadores que o depositam? É legal, no sentido jurídico, jogar o dinheiro dos outros no lixo?
E ainda diziam que o Milton Friedman não sabia do que estava falando.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Big Brother Detran

A notícia de que os carros brasileiros serão monitorados por telemetria compulsória mostra que a privacidade não é um valor caro aos nossos legisladores, principalmente a alheia.
As razões para a aplicação da nova norma são as “boas” intenções de sempre: coibir furtos e roubos, assim como infrações de trânsito. Os efeitos colaterais serão os de sempre: aumento de arrecadação com multas e com a cobrança de IPVA e irritação dos condutores com a coerção.
Particularmente acredito que nada mudará em relação aos furtos e roubos. Já há hoje tecnologias para acompanhamento em tempo real da localização de veículos com precisão e estas não impedem a ação de meliantes. Esta só será coibida quando o mercado paralelo que absorve os frutos de crime for extinto, ou ao menos bastante diminuído.
Mas o ponto central aqui é a invasão de privacidade dos motoristas.
Ao contrário da fiscalização fotográfica que flagra infrações de trânsito, a telemetria registrará além disso a passagem de todos os carros por determinada antena, podendo acompanhar os hábitos de deslocamento de determinados motorista pela cidade e os seus horários. Imaginem o poder que os Detrans passarão a te com estas informações em mãos.
Muitas empresas fariam questão de monitorar os veículos que lhe prestam serviços, assim também poderiam proceder cônjuges desconfiados e pais preocupados.
Ótimo, diriam os vigilantes; péssimo, os vigiados.
Não vejo que vantagem pode ter a população com este poder em mãos de governos competentes. Só vejo desvantagens com este nas mãos do governo brasileiro.
É mais um tiro nas liberdades individuais do brasileiro, com se não tivéssemos problemas suficientes sem isso.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Quem não sabe, não sabe.

Como vimos os juros caíram mais um pouquinho; mas nem sei a razão.
Se nesta mesma semana o presidente do banco central afirmou na Austrália que a política de juros do país estava correta e que o aumento do consumo mostrava isso.
Então há algo de esquizofrênico na nossa direção econômica; está correta, porém mudamos.
A verdade é que não está correta, e por isso mudamos, mas em uma velocidade tão baixa, que nem percebemos.
Os juros não estão altos porque impedem o consumo, o consumo aqui é tão baixo e tão represado que a população aproveita todas as formas de satisfazer suas necessidades, seja através dos trocados recebidos pela assistência oficial seja pagando juros abusivos dos crediários pessoais que tantos estão prosperando nestes dias.
Eles estão altos porque impedem o investimento produtivo.
Qualquer pessoa que entenda um pouco de matemática não pedirá dinheiro aos juros brasileiros para investir em qualquer coisa produtiva que não renda mais do que os 10% livre de risco que o governo paga anualmente. Como são poucas as atividades que oferecem esta remuneração, o investimento produtivo fica travado.
E o pior de tudo é que isso provocará inflação futura certamente, se não pela escassez de produtos nacionais, pelo excesso de produtos importados, que influenciarão negativamente no câmbio.
Enquanto isso o governo faz pose de competente, enquanto o mundo desaba em volta dele.
Depois vai dizer que não sabia.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Apagão nascente

Se vocês tiverem a chance de ler a Exame que está nas bancas esta quinzena, verão que o apagão - nos moldes do que se convencionou chamar a escassez de energia elétrica - já está acontecendo.
Os grandes consumidores industriais já não estão conseguindo fechar contratos de longa duração e tudo leva a crer que as tarifas terão aumentos explosivos nos próximos anos.
E o governo se finge de morto, e quando toca no assunto é para dizer que todos os problemas legados pela gestão FHC (que eles chamam de herança maldita) foram equacionados e não há risco de apagão.
Só falta combinar com o inimigo, que no caso é o setor industrial. Se ele resolvesse crescer o tanto que Lula quer que o Brasil cresça, os problemas de escassez já estariam presentes, e estaríamos vivenciando dois apagões simultâneos. É claro que o governo não teria nada a ver com isso, seria tudo culpa da herança maldita de 500 anos de administração das “odiosas elites que sentem asco do povo e que por isso não desejam que o país se desenvolva”.
E vai contrariar.

E administração minguante

Se há algo realmente odioso no Estado brasileiro é a mania de cobrar e não entregar o serviço.
Os problemas que os supostos passageiros – já que muitos nem embarcam para fazer jus ao nome – é um exemplo claro disso.
Sendo o burro de carga que carrega uma das mais altas taxas aeroportuárias do planeta, o passageiro brasileiro deveria ser tratado como um rei e ter instalações e serviços de primeiríssimo mundo nos aeroportos do país. Mas é claro que ele não encontra isso, seria pedir muito.
Ele encontra apenas aeroportos mal-aparelhados, controladores de vôo trabalhando além do que deveriam e agência reguladora despreparada e politizada. Tudo isso apesar de que o serviço é usado majoritariamente pelas “elites”, de modo que a esquerda que está no poder no momento nem pode dizer que isso é mais uma mostra do descaso das classes dominantes com o povo brasileiro.
O mais engraçado da situação é que a culpa está sendo jogada na classe trabalhadora pelos chefes da “sindicracia” que nos tomou de assalto.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Alternativas

No domingo os cadernos de economia dos grandes jornais paulistanos foram marcados por análises a respeito do biodiesel devido à inauguração por parte do presidente da República de uma nova planta industrial de produção do combustível.
Quem acompanha meus textos a mais tempo sabe que sou um entusiasta da biomassa e dos demais meios “alternativos”, e que toda a publicidade para estes meios me satisfaz, mas há um pequeno detalhe.
O problema é que se está formando um falso dilema entre a utilização ou não de soja como fonte de óleo.
Já se falou de tudo a respeito disso: que o rendimento energético da soja é muito baixo, que ela amplia a concentração agrária, que o programa de biodiesel perde sua função social.
Tudo isso é besteira na medida que não leva em conta que estamos em um país com livre mercado e que não é função de um programa de segurança energética fazer inclusão. Caso o faça, será um ganho colateral e bem vindo.
O grande ponto central do sistema energético nacional deve ser a interligação física das redes de distribuição de energia e a diversificação de fontes energéticas; de modo que as regiões consumidoras e produtoras, assim como as maneiras de se obter a energia a ser distribuída sejam complementares e dessazonalizadas.
Por exemplo, poderemos ter um sistema que se construa para que nos meses de estiagem se tenha mais participação da coleta de energia solar enquanto nos meses de cheia dos rios se utilize mais a hidroeletricidade.
Quanto a utilização de soja ou de outra matriz para a obtenção de óleo, o que precisa ser analisado primeiramente é a disponibilidade imediata do produto. Mesmo que tenha um rendimento energético maior, não faz sentido que se transporte óleo de uma região para a outra, se o intuito for basicamente o de transformá-lo depois em biodiesel. No caso específico da soja, produto basicamente para a exportação, é importante salientar que o óleo é um subproduto e que muitas vezes o peso deste é um empecilho para o transporte.
Neste contexto utilizar o óleo de soja como combustível é muito mais econômica do que qualquer alternativa que se possa apresentar, pois evita o transporte do diesel fóssil até as regiões produtoras, diminui a massa e o volume do produto efetivamente exportável e movimenta a economia local na prensagem e manipulação química do biodiesel.
Caso este princípio seja utilizado em todas as regiões, se economizará um grande volume de combustível que é gasto apenas para deslocar combustível das zonas produtoras para as zonas consumidoras, algo que ecologicamente é totalmente ilógica e insustentável.
O país não deve ter uma matriz rígida e nacional para a energia, deve aproveitar as potencialidades regionais e ser uma colcha de retalhos de matrizes e matizes energéticas diferentes.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Povo x Estado

Clóvis Rossi, na Folha de ontem, fez um pequeno artigo sobre o modo como o brasileiro encara a faixa de pedestres e como o europeu faz a mesma coisa.
Ele diz que o brasileiro age como se o carro tivesse a primazia para o uso da rua e a faixa fosse um simples enfeite - ao contrário do que diz a lei, que afirma que na faixa de pedestre o mesmo tem total preferência sobre os automóveis, que devem ceder a passagem SEMPRE – enquanto na Europa o povo age em conformidade com a lei brasileira.
Não sei se é verdade que o europeu age assim, mas fica a pergunta: se as leis são a parte escrita dos códigos morais que rezam uma sociedade, elas não deveriam estar condizentes com o que pensa esta sociedade?
Creio que deveriam, e o fato de haver tantas leis como esta no Brasil (da categoria das que não pegam) faz com que nosso país seja esta bagunça que aqui está.
È muito provável que a lei de como se proceder na faixa de pedestres tenha sido totalmente importada de algum país europeu com um povo que pensa o contrário do brasileiro.
Se uma lei é o exato oposto da a ação natural de uma sociedade na qual ela se encontra, tratá-se de um convite a transgressão. E toda a pequena transgressão é a porta de entrada de uma outra maior.
O acúmulo destas pequenas transgressões faz com que todo o brasileiro seja um verdadeiro fora-da-lei na prática e cria uma guerra entre o cidadão e o Estado, cada um querendo impor a sua visão de mundo ao outro.
Nenhum Estado em guerra com o seu povo pode se declarar democrático ou prosperar. Como é isso que estamos vendo no Brasil, a prosperidade nunca nos alcançará, a menos que esta guerra cesse.
Como nem ao menos um armistício parece se avizinhar, continuaremos patinando como estamos agora. E sobre a ditadura de muitos Estados estrangeiros.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Pseudo-enriquecimento

Em seu caderno de economia de ontem, se você quiser ainda pode encontrá-lo nas bancas enquanto eu escrevo estas linhas, há uma reportagem que afirma que a “classe E” está em processo de extinção no país.
É claro que isso não é verdade, uma vez que em um processo de estratificação por renda sempre haverá esta classe (e a própria matéria diz isso, apontando que há um erro de metodologia), mas há um dado assustador. O brasileiro está empobrecendo a olhos vistos, a se acreditar na pesquisa feita pelo PNAD.
Ela mostra que a soma das faixas E, D e C passou de 67,64% para 70,8%, o que por si só já mostra um empobrecimento da população como um todo. O fato de que agora 39,4% das famílias se concentram na faixa C até seria um fator positivo (está faixa quase dobrou, era de 20,54% em 2002), só que isso é totalmente enganoso; enquanto a classe C com 20,54% das famílias consumiam 25,77% do total em 2002, hoje consome apenas 27,3%. Ou seja, as famílias estão mais pobres, comparativamente.
A mágica disto é que a estratificação é feita por posse de bens ditos “de conforto”, e não por renda propriamente dita.
Então se a família tem 3 televisores velhos, receberá mais pontos do que se tiver um ultra-moderno televisor de plasma de 100 polegadas e o mesmo valendo para carros, banheiros e etc. Valem pontos também nível de escolaridade e outras coisas, que com a massificação do ensino básico empurram as famílias para os estratos superiores na classificação sem mudar a qualidade de vida das mesmas.
O porém é que a queda proporcional do consumo da “classe C” demonstra de modo cabal que o que está acontecendo é uma melhoria enganosa devido ao fortalecimento do real, que barateia os itens de consumo intercambiáveis entre países para a população brasileira, mas -tirante este consumismo fugaz- não melhora as condições de vida do povo em longo prazo.
Lula foi reeleito em grande parte devido ao consumismo provocado pelo câmbio favorável, porém com o empobrecimento constante da população não há como fazer um país melhor.
Que Lula tem simpatia por Fidel Casto, todos nós sabíamos. Que ele quer transformar o Brasil em uma imensa Cuba, eu acho que a maioria desconhece. Se ele não quer, está fazendo um péssimo trabalho, pois está indo naquela direção, e muito rápido.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Sobre a pena de morte

Sempre que ocorre um crime hediondo (e a definição do que é um muda muito, e em questão de dias) aventa-se a pena de morte como solução para o caso. Mas pergunto, sinceramente, ao leitor destas linhas: ela é a solução?
Atrás de cada crime há um criminoso, e atrás deste há uma motivação muito específica, porém acredito que podemos dividi-los em dois grandes grupos: os que cometem o crime por razões racionais e os que o fazem por impulso.
O primeiro grupo tende a pesar os prós e contras de cada ação e sempre levará em conta a possibilidade de ser apanhado e cumprir a uma pena. E será coagido a seguir a lei se a possibilidade de que seja apanhado for muito maior do que a de que desfrutará dos frutos do crime.
Contra estes criminosos o que vale portanto é a ação investigatória da polícia e não a pena máxima a que está sujeito.
O segundo grupo cometerá o crime de qualquer forma e a coação policial afetará, no máximo, a freqüência com que age e o “modus operandi”. A possibilidade de ser pego não o demove de sua compulsão. Os integrantes desse devem receber tratamento médico e, em alguns casos, ser retirados do convívio social, por serem perigosos demais aos demais.
Como vemos, nos dois casos a utilização da pena capital não interfere na ação criminosa, sendo que serve apenas como uma forma de “compensação” da vítima ou de seus familiares por parte da sociedade. “Compensação” esta até mesmo perigosa, no meu ponto de vista, por transformar aos bebeficiários em cúmplices de um assassinato socialmente aceito, que pode gerar mais traumas psicológicos do que curar.
Do ponto da execução em si da pena de morte surge a questão do erro de julgamento no Estado de direito. Neste o conceito de justiça prevê que se tente compensar os erros praticados pelo sistema judiciário.
A pena de morte inviabiliza qualquer compensação após o erro ser cometido, o que faz com que todo o julgamento que possa levar a ela tenha custos astronômicos e leve no mínimo décadas para ter um final. Os custos legais medidos em julgamentos deste tipo nos Estados Unidos, que salvo engano meu, são o único estado de direito onde ocorre a pena capital nunca são inferiores a casa dos milhões de dólares.
Tudo isso deve ser pesado na hora de se tentar que a possibilidade da aplicação da pena de morte seja agregada ao nosso código penal.
Eu sou contrário a possibilidade por considerar que os riscos e problemas que ela gera para a sociedade não compensam os possíveis benefícios que somente alguns poucos indivíduos teriam ao se sentir vingados, já que não previne e não simplifica nada.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Ecoegoístas

Há muito defendo que a concepção de ecologista é mais do que querer salvar a espécie A ou B. No meu ponto de vista a ecologia é o próximo passo da economia, já que a primeira visa entender equilíbrio dos recursos em um ambiente e a segunda o uso mais eficiente de recursos escassos (é uma das definições de um velho dicionário de economia que tenho aqui em casa). Entender e poupar são complementares e ser sustentável no mundo é o desejo de qualquer ser vivente.
E finalmente o povão está começando a entender isso; e quando o povão entende, os que deveriam liderá-los vão atrás com uma celeridade impressionante.
Ao que parece sofreremos efeitos cada vez mais violentos das barbaridades que já cometemos e que ainda estamos cometendo contra a biosfera, mas a boa notícia é que com a tomada de consciência poderemos deixar de agravar a situação muito em breve, em questão de poucos anos (no cenário mais otimista). E em poucas décadas poderemos estar em uma nova era na qual o ser humano tenha alcançado o equilíbrio ecológico.
Na verdade isso é muito menos difícil do que parece do ponto de vista tecnológico, porém acarretará em mudanças muito profundas nos modos de vida da maioria da população mundial e troca da relação de poder entre as nações e as corporações. E é nisso que ocorrerá o grande desafio, vencer as posições contrárias às mudanças tecnológicas poupadoras de energia.
Existem exemplos simples de tecnologias que já estão completamente maduras e que poupam energia e que estão sendo combatidas pelas indústrias estabelecidas.
A transferência de arquivos por Internet é uma delas. Cada arquivo transferido é um pouco de petróleo poupado, tanto na mídia em que ele seria impresso de alguma maneira (um cd, por exemplo) e no deslocamento físico, que hoje é feito prioritariamente por veículos automotores.
O teletrabalho age da mesma forma, impedindo os deslocamentos e utilização de carros.
Da mesma forma agirá a utilização de formas de energia que hoje são chamadas de alternativas, poupando petróleo e distribuindo poder para todas as nações onde haja a possibilidade de utilizá-las (praticamente todas, na verdade) e retirando-o das nações exportadoras de petróleos e das empresas gigantes que controlam o comércio mundial.
Portando esta crise anunciada é uma oportunidade e tanto para que o mundo seja mais justo e rico, cortando os desperdícios que tem aos montes, só que para que isso ocorra é necessário que sejamos mais do que ecochatos, precisamos ser ecoegoístas.
Temos que pensar em nós mesmos e deixar de apoiar as iniciativas que são contrárias à implementação de medidas energeticamente corretas.
O resto é perfumaria.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Se querem que eu tire da Globo, que apresentem as alternativas

É isso aí, voltei. Só que vou ir devagar, para não ter uma overdose.
Há de haver uma periodização, diz a máxima do treinamento.
Portanto hoje só um breve comentário sobre a nossa imprensa; é uma vergonha.
Bando de marias-vai-com-as-outras, que não pode ver um relatoriozinho entregue por alguém ou uma coletivazinha e já se dá por satisfeita em repercutir isso pelo resto da semana.
E depois um e outro ficam reclamando da concentração de poder nas mãos da rede Globo, como se houvesse alguma diferença entre o noticiário desta e o os demais fornecidos por outras empresas jornalísticas.
Se é tudo a mesma coisa mesmo, fiquemos com a que apresenta melhores novelas, que ao menos são nacionais e com a temática mais próxima à nossa.
Ou não concordam comigo?