sexta-feira, 16 de março de 2007

Mais uma chance

Como já disse há pouco, não considero os biocombustíveis uma solução para a dependência de petróleo caso se mantenha o uso indiscriminado dos motores de combustão interna, mas eles podem ser uma excelente solução para outros problemas que assolam o mundo.
A começar pelos males provocados pelos subsídios que alguns países (ricos) dão aos seus produtores rurais. Ao valorizar os produtos da terra, os biocombustíveis aumentam o lucro dos produtores rurais e permitem que fazendeiros do terceiro mundo deslocados pelos do primeiro possam comercializar suas culturas sem a concorrência estrangeira.
Também podem interromper algumas correntes migratórias provocadas pela fome. Sabemos que há alimento suficiente para todos os habitantes do planeta, mas existe uma grande deficiência na distribuição de renda que possibilitaria que todos se alimentassem. Pois as localidades onde a fome mais ataca são as marcadamente agrícolas que não podem competir com preços de alimentos subsidiados pelos países ricos e não têm condições de gerar renda com outras atividades.
Pode diminuir também a necessidade por divisas que leva alguns países a dar prioridade por produtos de exportação em sua agricultura em detrimentos àqueles de uso tradicional local.
Em suma, pode criar um mundo menos injusto.
O porém é que isto é um mar de potencialidades, e de boas intenções o inferno e o purgatório estão cheios. Tudo dependerá de como a coisa será implantada, e temos todos os motivos para acreditar que a coisa não será bem feita, já que nada neste campo de relações internacionais e geopolítica está sendo bem feito neste século.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Novo Ministério

Nosso presidente dizendo aos quatro cantos que não incluiria os ministérios da saúde e da educação na reforma ministerial, já que eles são um caso sério e não permitem brincadeira.
Disse algo assim: se você brincar com a saúde é morte, se brincar com a educação é analfabeto.
Tá aí uma coisa em que eu concordo com ele, não dá para brincar com coisa séria, mas e quanto aos demais trinta e tantos ministérios (são tantos que nem sei o número exato, e desconfio que ele também não)? Permitem brincadeiras? Não são sérios?
Talvez fosse o caso de reformular o ministério e encaixar os seguintes nomes :
Minas e Energia - Chaves;
Cultura - Tiririca (florentina, florentina ...);
Trabalho - Seu Madruga.
Se é para fazer graça, que coloquem os profissionais no comando, eles já foram provados e aprovados. E se quiser preencher todos os cargos com profissionais, garanto que o governo não terá dificuldade para encontrar palhaços aptos.
Afinal, depois de quatro anos e pouco de governo, não é mesmo tempo de ficar fazendo experiências.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Produtividade em alta

Realmente não dá para entender porque toda a mídia apóia aqueles que são favoráveis à desvalorização cambial.
Dizer que isso favoreceria o emprego no setor industrial não é uma boa justificativa, uma vez que isso coloca sobre o setor secundário um peso que ele não tem.
Ele representa, se muito, 25% do PIB e muito menos do que esta porcentagem no número de empregos. Por qual razão deve a sociedade subsidiar esta parcela da economia?
Ser uma economia de transformação não é mais nobre do que ser uma de extrativismo ou de serviços pois a nobreza de uma economia consiste em gerar condições de que a grande maioria da população do país tenha boas condições de vida.
Pela minha visão, o Brasil só alcançará esta nobreza através de uma matriz econômica fortemente baseada no setor de serviços, que é aquele capaz de incorporar grandes massas de trabalhadores não-especializados.
Só que para que o setor de serviços se desenvolva é necessário que ocorra um aumento da renda per capita da população, o que equivale a liberar renda antes gasto em itens essenciais. A valorização do real faz justamente isso e, portanto, é extremamente benéfica para o país.
O problema é que a Fiesp e sobre-representada na mídia nacional e não importa para ela o que é bom ou ruim para o país e sim o que é bom para os industriais, e a parcela exportadora quer dólar nas alturas.
Nesta toada, o real segue tomando lambadas, mas vai resistindo. Ainda bem.
Com isso nossa produtividade segue em alta e nosso país tem chances reais de desenvolvimento.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Desculpem o transtorno

Mudança na grade dos meus horários, até a normalização não haverá periodicidade nos textos.

sábado, 10 de março de 2007

Baixo teor de enxofre no ar

A se acreditas em Hugo Chávez, deve estar o maior cheiro de enxofre no percurso feito por George W. Bush. Só que a idéia, entre outras, é justamente o contrário: baixar o teor de enxofre liberado no ar pelos combustíveis.
Como? Trocando os fósseis por biocombustíveis, que são geralmente livres deste elemento.
Só que não venhamos a cair na conversa lulática de que o álcool e o biodiesel são as únicas soluções. Provavelmente não são nem as melhores, mas apenas as mais baratas no momento.
Não podem ser as melhores soluções porque ainda são pensadas como uma continuação de uma tecnologia muito pouco eficiente, diria quase pré-histórica, que é a do carro com motor de combustão interna.
Os carros a gasolina conseguem aproveitar cerca de 20% (lembrando que os motores a diesel têm um aproveitamento energético melhor, mas ainda baixo) da energia contida no combustível que o faz andar, desperdício puro. Só prosperaram porque substituíram tecnologias muito pouco práticas e usam um subproduto do petróleo que não tinha nenhum valor comercial.
A verdade é que qualquer solução que mantiver o uso destes motores indefinidamente não pode ser chamada por este nome, será apenas uma protelação. Então o que precisamos realmente é de uma mudança tecnológica profunda que acabe com o uso destes motores pouco eficientes e adote outros que utilizem melhor a energia disponível, que não é o que a mudança para os motores a álcool faz.
Ademais, o que está sendo comemorado como a grande chance para a nossa agricultura, a decisão política dos Estados Unidos de diminuir o consumo gasolina em 20% até 2017 tendo como base o gasto corrente hoje, não é automática como alguns tentam demonstrar. Eles podem conseguir isto com sobras apenas melhorando a eficiência dos veículos e aumentando o transporte coletivo.
Um exemplo de como aditivar a eficiência é a tecnologia do carro híbrido, que a dobra. O porém é que ela ainda é muito cara se comparada com o carro comum e poucos consumidores estão dispostos a pagar a diferença. Se fosse aplicada em todos os veículos disponíveis, o consumo de gasolina seria cortado pela metade hoje.
Então não nos jactemos como salvadores das pátrias. Os biocombustíveis são uma alternativa, mas não a única.
É uma alternativa que pode ajudar até a diminuir atritos entre países e criar uma onda de prosperidade aos produtores agrícolas mundo afora, só que não são panacéia para nada e o Brasil não é o rei da cocada preta por dominar a tecnologia mais avançada no momento a respeito deles.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Apenas para reflexão

Da mesma maneira que o mundo subdimensionou o potencial do alcóol combustível como parte da matriz energética, não está superdimensionando agora?
Pensem, voltamos ao assunto mais tarde, quando São Paulo estiver menos engarrafada.

quinta-feira, 8 de março de 2007

De igual para igual

Sem querer nos diminuir, sempre achei que um país que deve para o Brasil não pode ser levado a sério. Desta maneira nada de novo acontecerá hoje.
Será apenas mais uma visita de um Chefe de Estado de uma república bananeira, daquelas que não são sérias. Digamos, uma visita de irmão.
É ou não é coisa de país bananeiro altos funcionários do governo revelar a identidade de um agente secreto para se vingar do cônjuge contrário às maluquices do presidente?
E por falar nisso, é compatível com um país sério o presidente ser propenso a maluquices? Ainda mais no campo da guerra?
Como vocês podem ver, trata-se de uma visita na qual não há superioridade “moral” de nenhum país envolvido.
Espero que os mandatários se contentem apenas com os apertos de mão e os sorrisinhos regulamentares.
Nem quero imaginar o que pode acontecer se Lula e Bush resolverem trocar algumas idéias.

A propósito das palavras

O que aconteceu com o velho álcool combustível? Deve estar de férias, só se fala de um tal de etanol.
Está certo que se trata do mesmo sujeito, mas para que a mudança de nome de repente? Ele está foragido?
Pode ser preguiça nas traduções do que se fala lá fora do nosso combustível “verde”. Ou pode ser pedantismo mesmo, para parecer mais culto.
De qualquer forma não há uma boa explicação.

terça-feira, 6 de março de 2007

Lembram dos textos que recomendei ontem?

Vou comentar rapidamente um hoje.
Claudio de Moura Castro comenta que as corporações estão querendo fazer uso de reserva de mercado ao tentar impedir a abertura de cursos superiores (no caso direito e medicina).
Concordo plenamente, mas vou um pouco além. Acho que há uma redundância extrema aí.
Ou não deveria haver os cursos profissionalizantes controlados pelo MEC ou não deveriam existir as corporações respaldadas pela lei. Se um órgão público declara que uma pessoa é conhecedora das técnicas necessárias à profissão, por que uma corporação tem o direito de dizer o contrário?
No caso há duas reservas de mercado e a sociedade paga uma conta dupla, diminuição de profissionais no mercado de trabalho e custos de manutenção das máquinas existentes para manter as corporações e os órgãos fiscalizadores.
Coisas do Brasil.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Confissão

Depois do Carnaval, no qual vi muitos de meus amigos comentando sobre o Big Brother, resolvi dar uma olhada na coisa com mais atenção.
Na minha estréia em ver um capítulo inteiro, desta edição, gostei do que vi. Um puta quebra-pau, nada de cínicos sorrisinhos para a tela.
O fato é que vez ou outra estou assistindo flashes do que está ocorrendo por lá e ontem eu vi a votação para saber os oponentes na próxima eliminação.
O programa é sem-importância, puro passa-tempo para as massas, só que vez ou outra mostra o estágio em que estamos neste país.
O que me marcou do programa de ontem foi o seguinte: a justificativa de um dos participantes – o queridinho da audiência, diga-se de passagem – para ter votado em outro deles foi que o seu escolhido “pensava muito antes de falar”.
Então veja a que ponto chegamos, pensar antes de falar virou defeito passível de eliminação na nossa sociedade. E o pior é que as nossas escolhas políticas demonstram que isso é a concepção que prevalece no Brasil.
Portanto premiaremos com um milhão o camarada que não pensa antes de falar, que não gosta que não gostem dele por ele ser de difícil convivência e autoritário (é o que pensa a maioria dos que estão confinados) e que acha que as regras não escritas só valem para os demais (reclama de que há combinação de voto no lado adversário, apesar de ter combinado nas duas semanas em que eu maiôs ou menos assisti ao programa).
Então eu confesso duas coisas: assisto ao BBB e temo que este Alemão vire um político de muito, muito sucesso.

Muito útil

A leitura dos textos relativos à educação na revista Veja desta semana.
Alguns mitos alimentados pela politicagem e o corporativismo que viceja por aqui são demonstrados.
Recomendo.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Juros

Quando comentam a ligação dos juros altos com a falta de investimentos não-financeiros, os analistas geralmente ligam esta a falta de linhas de crédito barato.
Não acho que resida aí o problema, mesmo porque elas existem.
O fator principal para a falta de investimento não-financeiro ao meu ver é que os investimentos financeiros, puxados pelo piso da taxa Selic, rendem mais e de maneira mais segura do que os demais.
Tomemos como exemplo um sujeito com 100 mil para aplicar e que pode optar entre emprestar para o governo a juros e comprar um apartamento. Supondo que o indivíduo esteja precisando de uma residência.
Supondo que escolha a compra, deverá separar no mínimo 10% para os custos de corretagem e transferência da escritura; ou seja, só poderá comprar um apartamento com valor máximo de 90 mil.
Depois de ficar dono, ganharia uma desvalorização de, digamos, 5% ao ano pela depreciação do capital. E se fosse previdente, faria um seguro contra sinistros pagando algo como 0,5% do valor do seu lar.
Ao final de um ano teria um apartamento no valor de 85,500 reais e teria gastado 450 em seguro.
Se optasse pelo empréstimo ao governo teria ao final de um ano 113250 reais, que descontada a depreciação da inflação, valeriam algo como 109 mil.
Contando-se que o sujeito tivesse alugado um imóvel semelhante ao que compraria, pagando a média de 0,5% de aluguel (450 reais), arcaria com um total de 9,9 mil, ficando no final com pouca coisa menos do que o poder de compra inicial.
Eu sei que um economista ou contador pode afirmar que estas contas que fiz são toscas, imprecisas e cobrem uma situação muito específica. É verdade, mas o quadro geral não é muito diferente.
Qualquer um que invista em algo não-financeiro no Brasil ou é dotado de uma fé imensa no negócio que está fazendo, ou está tentando se manter no negócio para evitar perdas maiores ou é insano.
Como insanos são poucos e está difícil ter fé em algo no Brasil, o investimento produtivo é praticamente todo em reposição.
Não é assim que caminha a humanidade, mas aqui – onde se plantando tudo dá – é assim que fazemos.
E viva o povo brasileiro.

Não canso de repetir.

Já que ninguém ouve mesmo, palavras soltas ao vento.
A parte nobre da economia não está em produzir e sim consumir.
Neste ponto a alta que observou no PIB, puxada pelo consumo das famílias e pelo aumento bruto de capital das empresas é um grande alento.
Aproveito os espirros da Bolsa de Xangai para lembrá-los que não há crescimento continuado em longo prazo (para não usar sustentável, que adquire cada vez mais um sentido ecológico) quando este se baseia apenas no mercado externo, como querer os que pretendem bombardear o dólar.
O Brasil já viu este filme e a China e a Índia verão cedo ou tarde.
Com base nesta idéia, continuarei louvando o aumento de valor do Real como um sinal de vitalidade da nossa economia e não como um sinal de fraqueza.
E não adianta vir com aquele papo de “doença holandesa”. Se a “doença” fizer por nós o mesmo que fez pelos holandeses, que venha rápido.
Mas o fato é que, mesmo com todas as dificuldades cambiais, a produção industrial ainda está crescendo e muitos dos setores que se dizem entre os mais prejudicados estão vendo recorde após recorde de vendas.
E se para os setores intensivos em mão-de-obra há dificuldades, fiquem certos de que a culpa não é do câmbio. Ela é de uma política tributária que taxa enormemente o trabalho, encarecendo-o em relação aos países competidores, para não falar nos investimentos produtivos e no giro de caixa.
Fora o câmbio culpado, os países europeus não exportariam absolutamente nada, muito menos os produtos de alta tecnologia e de design que de lá mandam para o mundo inteiro. E a Inglaterra, coitada, importaria tudo o que consome, até pudim de rim.
Querer persistir em ser uma economia exportadora só pelo status não é uma atitude inteligente. Gozemos o fato de que estamos entrando nos eixos e passemos a consumir o que os outros têm de bom para vender, como eles fazem com os nossos produtos; mas sejamos conscientes, que a ecologia também não pode sofrer.

Fábio Feldmann

“Subestimei a indignação do cidadão com o Estado que, ao mesmo tempo que restringe sua ação, se mostra incapaz de oferecer alternativas, como um transporte público barato e eficiente. Aprendi com o rodízio que falar em ética e em direito das futuras gerações não é uma forma de assegurar sustentabilidade política em curto prazo”.
Este trecho foi retirado da entrevista de Fábio Feldmann à revisa veja desta semana. Ela mostra a perfeição algo que falei ontem, sobre o desenraizamento das leis.
O rodízio foi imposta à população paulistana como uma solução para o problema da poluição do ar, com base principalmente da experiência da Cidade do México. O problema é que mesmo lá já se mostrava equivocada, pois muitos proprietários de carros modernos e pouco poluentes passaram a utilizar um segundo carro muito menos eficiente para os dias de rodízio.
Apesar disso, implantou-se o rodízio como ato de vontade e poder e a base de pesadas multas.
Nada da política inicial se mantém, mas o rodízio segue firme e forte, baseado nas multas até hoje. Ele existe para tentar diluir um pouco da ineficácia do Estado em suprir o transporte público barato e eficiente a que se refere Feldmann, e sua justificativa hoje é de que ele diminui os engarrafamentos.
Só que em democracias é assim que funciona; projetos desenraizados (e, portanto, injustos aos olhos dos eleitores) têm custo alto para os políticos que os implantam.
O rodízio segue, Feldmann nunca mais se elegeu.

quinta-feira, 1 de março de 2007

A raiz dos problemas

Considero como os três grandes problemas brasileiros da atualidade, na ordem direta de urgência e inversa de importância, os juros altos pagos aos poupadores, a ineficácia dos governos e o desenraizamento das leis.
Então falemos do mias importante.
Sabemos que no Brasil existem as leis que pegam e as que não. Por que isso ocorre?
Pelo motivo mais óbvio, elas não pegam quando tentam se impor ao arrepio do que pensa a sociedade e pegam quando são a expressão de seus desejos.
Uma pessoa só obedece a uma lei por duas razões: ou acha que ela é justa ou é obrigada a isso por coerção.
A grande maioria das leis brasileiras são inspiradas em outras sociedade, ou simplesmente transplantadas delas, buscando-se algo que deu certo nos Estados Unidos ou na Alemanha, por exemplo. Isto já faz com que ao ser aplicada à nossa sociedade perca o sentimento de justiça e a primeira razão para ser obedecida.
A segunda razão é sempre menos eficiente, pois necessita um grande aparato de comando e controle por parte dos governos. Aí então o segundo problema mais importante também age; um governo ineficaz não consegue aplicar a coerção necessária para que o controle exista.
Isto cria o ciclo vicioso de descrédito no qual mesmos as leis mais justas e aceitas pela sociedade passam a ser contestadas.
Cria-se um quadro de anarquia ou, pior, anomia.
Muito mais grave quando s grupos dirigentes se comportam como “gangs” e Ministros de Estado “esquecem-se“ de denunciar crimes que presenciaram ou dos quais foram vítimas.
Tanto pior para o país.

A polícia que nós temos

É no mínimo ridícula a cena que está sendo mostrada na Bandnews.
A policial civil Marta Vargas dando voz de prisão ao representante de uma companhia de telefonia celular.
Motivo? O representante não queria a entrada da imprensa nas dependências da empresa, ou seja, estava calcado plenamente em seus direitos. Como tentou barrar os repórteres, recebeu voz de prisão por obstrução das investigações. Resta saber como a entrada de repórteres auxiliaria o trabalho investigativo da Delegada Vargas.
Só neste país mesmo a investigação é auxiliada quando o trabalho de aquisição de provas é fotografado, filmado e narrado maciçamente pela imprensa.
E só aqui abuso de autoridade é mostrado na tv e não gera protestos de ninguém.
Podemos dizer que, com certeza, virou Brasil.