terça-feira, 30 de junho de 2009

Financial Times prova: MJ vale mais morto que vivo

Deem uma olhada nos números, providos pela Financial Times online. O pobre ex-milionário Michael Jackson transformou-se novamente em uma mina de ouro, após morto.
Vendeu, em 24 horas, mas do que na década anterior, fazendo a combalida indústria dos cds imprimir a todo vapor.
Neverland poderá ser, possivelmente, a próxima Graceland, que sustenta os Presley confortavelmente desde a morte de Elvis - aliás primeiro lugar, há anos, da lista de artistas falecidos que melhor proveem seus herdeiros.
Deve ser triste, e perigoso, valer mais morto que vivo, mas ao menos as famílias dos artistas pop não precisam se preocupar com dinheiro, dando um alento aos que formaram o patrimônio.
Literalmente, é questão de paz de espírito.


Ps: como andam dizendo por aí, keep moonwalking

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Golpe paradoxal

Caso clássico de golpe de Estado, a destituição do governo hondurenho mostrou-se também uma ação em defesa das instituições, ao contrário do que ocorre normalmente.
José Manuel Zelaya (na foto, curiosamente retirada do site Liberal Internacional, do quel seu partido é membro) estava propondo mudanças de legislação em seus país inspirados no processo "revolucionário" bolivariano, de seu amigo, e defensor incondicional, Hugo Chávez.
Honduras nunca teve muito sorte com seus governantes. Com esse não estava sendo diferente. Elegeu-se pela direita e logo de cara bandeou-se para o campo "chavista", traindo aqueles que haviam votado nele (como o nosso aqui, que fez o caminho contrário). Estava seguindo a nova cartilha do golpe "democrático", com plebiscitos para ir destituindo as instituições. Mas, ao contrário de seus colegas de ALBA, não teve sucesso no intento. Quem foi deposto foi ele, após enfrentar todas as instituições do país, não conseguindo transformá-lo em, como diria Lula, "democrático até demais".
Cria-se, agora, uma situação em que todos estão errados; são golpistas. Temos um mártir em degredo que, caso pudesse, estaria agora degredando o seus algozes.
A vida, como dizia o artista, anda mesmo tão complicada.

sábado, 27 de junho de 2009

Cá está a prova, ahh, morta



Muitas vezes é dito que alta renda não é sinal de saúde financeira. Que mais vale gastar equilibradamente do que ganhar rios de dinheiro.
Pois havia uma caso - ou case, como gostam de dizer os administradores -para provar a veracidade da assertiva, Michael Jackson.
Foi o artista mais bem pago da história, mas seu patrimônio era negativo.
No vídeo que vai acima, retirado de Brewster´s Millions (creio que foi chamado aqui de Chuva de Milhões), de 1985, o personagem de Richard Pryor é instado a gastar 1 milhão de dólares por dia, em um mês, sem conseguir nenhum patrimônio, para levar o grande prêmio, 300 milhões. Teve que ser muito criativo para consegui-lo.
Jackson deve ter assistido ao filme, e se imposto desafio similar. Calculo que gastou uma média de 200 mil dólares diários desde que estourou em carreira solo, em 1979, com o disco Off the Wall, cinco vezes menos que Pryor, mas por um período 360 vezes maior. Venceu o desafio, aparentemente muito infeliz no processo.
Pense nisso quando for fazer sua próxima hora extra. Ganhar dinheiro é bom, gastar melhor ainda.
Mas o equilíbrio parece ser a fonte da tranquilidade e, consequentemente, da felicidade.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Caso exemplar

Notem os acontecimentos narrados na crônica de Augusto Nunes.
Um indivíduo é flagrado em malfeitoria em São Paulo e o diretor da Polícia Federal liga para o Ministro da Justiça porque o indivíduo seria, supostamente, ligado ao governo de plantão. Até o Presidente é acionado.
Seria ridículo, não fosse trágico.
Esse povo todo não trabalha não?

Celso de Mello está errado

No Brasil não há o uso da "coisa pública", como diz o Ministro do Supremo, pois a "coisa pública" não existe.
Nesse país há a "coisa privada" paga por dinheiro privado e a "coisa privada" paga por dinheiro estatal.
Essa última é a de preferência de políticos bastante conhecidos, em especial alguns na cabeça dos poderes.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

E uma era que se recusa a morrer

Certa está a Lucia Hippolito, a cada dia uma nova irregularidade vem a tona no Senado.
Qualquer parlamentar de um país sério já teria deixado a vida pública, para preservar a biografia. Não aqui, finca o pé e permanece, a despeito de tudo.
Que fique então, é melhor que mais sujeira vá aparecendo, é uma família que perde poder político.
Esperneando.

Morre uma era



O cara era doente, no pior acepção da palavra, mas também era muito bom.
Mesmo sendo, provavelmente, culpado de "comportamento impróprio" com adolescentes, representava uma era do pop em existia a inocência, mesmo com letras de mensagens picantes, como o golpe da barriga do qual quer se livrar o personagens da canção do vídeo acima, evitava o estilo um tanto vulgar e explícito dominante na cena pós-Madonna, mesmo possuindo um quadril quase tão nervoso quanto o de Elvis.
Animou muitos bailinhos na minha adolescência.
Utilizando a terminologia boleira, não o quereria para casar com a minha filha, ou para ser babá dela, mas o escalaria no time, certamente.
Dos maiores artistas do século passado, com ele o pop autêntico despede-se.
Michael Jackson, descance em paz.

Vou fazer

É só o que se houve depois de cada malfeitoria encontrada no Legislativo Federal, particularmente no Senado, como esta última.
Não seria o caso de alguém fazer antes e anunciar depois?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Diga-me com quem andas

E lhe direis cria vergonha nesta cara, rapaz.
É só isso que posso falar se, depois do papelão de Max Mosley, as escuderias ainda permitirem que este sujeito dê as cartas na F1.
E, parece, deixarão.
Tem gente que não se dá ao respeito, mesmo.

Pode até não parecer

Mas a justiça eleitoral está agindo com mais rapidez.
Hoje, por exemplo, a deputada carioca suspeitíssima Carminha Jerominho perdeu o mandato.
Logo, logo, poderemos dizer que há justiça neste país, se as coisas não desandarem, como sói acontecer.

Bons ventos nos levem

Acho que já falei isto por aqui, mas, caso não, convém dizer.
O Brasil deveria estar se dedicando menos ao sonho do pré-sal e procurando desenvolver a indústria de energia eólica no país.
Devido ao processo histórico da construção de usinas hidrelétricas por aqui, estamos muito bem posicionados para tornarmo-nos uma das regiões livres de termoelétricas fósseis no mundo. Podemos aproveitar o amplo potencial eólico de nossas costas e plataforma continental para ser a principal fonte e utilizar as hidrelétricas para prover os momentos de pico e de falta de vento. Energia para tanto os ventos possuem (e aqui).
Sujar a nossa matriz, como o planejamento atual está tentando fazer é um risco que não deveríamos correr. Fatores ecológicos, estratégicos e de prestígio do país assim o indicam. Como de hábito, entretanto, os lobbies errados estão prosperando, e a nação irá sair perdendo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Responsáveis pela Crise


Chega a ser disparatada a campanha para responsabilizar o capitalismo pela crise que hora enfrentamos no mundo.
Capitalismo, aliás, é classificado em meu velho dicionário de economia como o sistema em que há "separação entre os trabalhadores juridicamente livres, que dispõem apenas da força de trabalho e a vendem em troca de salários, e capitalistas, que são proprietários dos meios de produção, e contratam os trabalhadores para produzir mercadorias (bem dirigidos para o mercado) visando a obtenção de lucros".
A crise não é, assim, de responsabilidade do capitalismo - mesmo porque não é possível que um sistema seja culpado por nada, as decisões são tomadas por pessoas em cargos chaves, cujos resultados influenciam-se mutuamente - embora muitos considerem que ele seja inerentemente propenso a episódios do tipo, mas foi amplificada por suas qualidades, tanto as negativas quanto as positivas.
Existindo indivíduos por trás das decisões, somos levados a conclusão que as consequências, portanto, têm seus culpados, sim. Mas, certamente, eles não são "o sistema"; são figuras de carne e osso instaladas em posições chaves.
Há múltiplas personalidades, entidades ou grupos com parcelas menores ou maiores de responsabilidade, mas, é claro, estes querem se livrar da peja. Transferem-na a outros ou, quando isso não é possível, coletivizam-na. Como escrevi recentemente, não há melhor estratagema para eximir-se das responsabilidades do que as diluir em um grande contingente de pessoas.
A comunidade especializada já repercutiu uma série de idéias sobre as razões que formaram as bolhas sucessivas que estouraram nas duas últimas décadas, chamadas respectivamente de crises da Ásia, das ponto.coms, das commodities (incluindo aumento muito grande dos preços da energia, que alguns disseram ter uma dinâmica própria e apelidaram de 3ª crise do petróleo), do subprime e, finalmente, grande financeira, a atual. O que todas tiveram em comum foi um incremento no nível de liquidez dos mercados de capital e a facilidade de transferência de recursos de uma aplicação para outra.
A procura pelos culpados deveria se concentrar, então, nestes dois fatores. O segundo, facilidade de mobilização dos recursos, é, na verdade, apontado com grande vilão mundial por uma grande quantidade de economistas, principalmente os ligados a governos despóticos. O controle de fluxos financeiros dá, a quem os possui, um poder discricionário bastante acentuado. Não por outra razão que os neoditadores, como Hugo Chávez, controlam o câmbio assim que assumem as rédeas de um governo. Esse controle, entretanto, não impede que as consequências das crises cheguem a esses países, o que o inocenta automaticamente.
O excesso de liquidez é o culpado então. Mas de onde surge esse facínora? Qual recurso excedente no mundo que está liberando dinheiro antes utilizado? A resposta é trabalho barato chinês. Expropriado pelos governantes e transformado em títulos do Tesouro dos Estados Unidos da América e daí redistribuído para as diversas modalidades financeiros através dos gastos dos cidadãos e governos desse país.
A raiz da crise não está, então, nem no capitalismo e nem nos capitalistas; está na manipulação de uma massa de trabalhadores por um governo despótico autodenominado comunista. É preciso desenhar para que os defensores do Estado forte percebam a barca furada na qual estão embarcando?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Rodrigo Constantino explica porque a Petrobrás é deles



Já disse as mesmas coisas com outras palavras, mas é sempre bom reforçar uma idéia que está sendo negligenciada por uma grande parcela da população brasileira.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ou sem juízou ou sem razão


Esse povo todo aí ao lado, provavelmente, não estará no pódio da Fórmula 1, no ano que vem.
Há brigas no comando, que desceram ao vil nível de barraco pré-judicial.
As ameaças da FIA à FOTA e à Ferrari, em especial, são coisa de mafiosos.
Se havia todos esses delitos e eram de conhecimento da FIA, era obrigação desta denunciar antes.
Agora que romperam relações, ameaçar levantar o tapete é apenas mostra de era conivente com o ilícito. E, atualmente, chantagista.
Se está apenas tentando impedir a cisão por meio de discurso, é leviana, como uma Federação internacional não deveria ser.
Não importa qual seja o desfecho, sairá mal na fita.
Melancólico este final de carreira, senhor Mosley.

Atualização: E a coisa só piora. Agora não disse o que havia dito antes.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Teerã avisa

Nada de terrorista querendo sabotar as eleições aqui.
Deixem que nós mesmos fazemos o serviço.

Com a ressalva de que acredito que com ou sem fraude a chance de Ahmadinejad vencer seriam muito grandes. Populistas geralmente ganham as eleições, apesar de tudo.

Mais sobre diplomas

Mendes deixa bem claro o que o Estado pode fazer: a Constituição é clara ao estabelecer que o Estado só pode regular atividades profissionais que exijam saber científico.
O jornalismo já foi; radialismo e muitos outros estão na fila, mas o bicho vai pegar quando o direito for enquadrado.
O país dos bacharéis vai tremer.
Já têm muito "doutor" perdendo o sono.

Trocam-se os indivíduos; o padrão de conduta permanece o mesmo

Já temos um novo senador.
A novidade?
É completo, Já vem com os opcionais, como processo pendente.
Aqueçam as turbinas do Conselho de Ética.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Estamos na boa e velha Passárgada

Para este homem, sempre coerente, tortura não é crime político, e quem o comete deve ser punido. Concordo com a tese. Só que roubo é? E sequestro? E homicídio?
O entendimento de crime político do senhor Genro é no mínimo míope, para não dizer dirigido.
Parece-me que tentar imputar apenas aos torturadores revendo a jurisprudência sobre a Lei de Anistia é apenas revanchismo dos agora no poder.
Devem eles lembrar que os dois lados foram beneficiados pela lei. Ou se revoga para todos ou a deixe como está. Qualquer outra solução é autoritarismo dos amigos do rei.

Excelente notícia

O fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo é das melhores coisas que poderiam acontecer pela função, embora possa prejudicar alguns dos pobres comunicadores que se acham melhores por ter feita tal curso.
Somado ao fim da lei de imprensa, acaba-se com o arsenal que o governo militar utilizou para tentar conter a imprensa livre nos anos de chumbo.
Para o mundo ficar perfeito, basta acabar com a obrigatoriedade de todos os outros diplomas para o exercício profissional,
Talvez em um século ou dois cheguemos lá.

Com inimigos como estes, quem precisa de amigos



Como eu já escrevi aqui, não interessa ao governo protelar o início dos trabalhos da CPI da Petrobrás. A ficha já caiu.
Previ também que a oposição iria acabar cedendo a relatoria da CPI das ONGs. E ela cederá, em troca de nada.
Pagarão para fazer um favor ao governo.
Com opositores como esses, não me admira que a popularidade de Lula ainda esteja nas alturas. Estranho seria o contrário.

Os dois lados

A imprensa, nos países governados por ditadura, tem duas vertentes.
Uma é a governista, sempre a favor do mandatário, não importa o que aconteça. Outra é a estrangeira, que mostra o possível, pois tem que conviver com todo tipo de restrição ao seu trabalho.
Depois da eleição iraniana, a estrangeira perdeu seu "direito" de atuar naquele país.
O que vocês pensam a respeito deste indício?
Já na vizinha Venezuela, mais um canal de TV oposicionista corre o risco de ser fechado. Alguma opinião sobre o assunto?
Para nosso presidente o que ocorre no Irã é briga de torcida e os venezuelanos vivem em um país em que há democracia "até demais".
E depois reclamam quando eu digo que ele só abre a boca para falar m...

Estamos preparados para a arrecadação à Obama?

Você emprestaria o seu cartão para os nossos políticos?



Os milhões que os marketeiros de Obama conseguiram arrancar do estadunidenses fez os tesoureiros do Brasil abrirem os olhos para a internet como veículo de suas campanhas.
Segundo Raymundo Costa, em Valor Econômico, a minirreforma política que nossos políticos querem aprovar até setembro incluirá a nova forma de comunicação aberta pela web. Liberdade para a utilização de sites e, vejam vocês, arrecadação pela rede.
Diz ele: "Mas os deputados discutem seriamente permitir a captação de recursos via doação pela internet. Atualmente é permitido o DOC, ou seja, a tranferência eletrônica. Mas os deputados querem é que o internauta possa fazer doações partir de sua casa como se estivesse fazendo uma compra em loja virtual como a Submarino (www.submarino.com.br) ou na Amazon (www.amazon.com).
Pelo projeto, o internauta entra no sítio determinado(partido, Justiça Eleitoral ou do próprio candidato), passa o cartão de crédito e faz a doação on-line.
"
Nas, ainda raras, vezes em que faço operações deste tipo pela internet, fico muito, mais muito mesmo, com o pé atrás. Não consigo me tranqüilizar mesmo ao relacionar-me com empresas idôneas, acima de qualquer suspeita. Devido a isso, não imagino ninguém passando seu número para os partidos políticos ou candidatos, os mesmo que fazem de nosso Congresso a vergonha que tem sido.
Os milhões de Obama vieram pela credibilidade, merecida ou não, do candidato. Se os tupiniquins querem mimetizar o que fez o fenômeno eleitoral ianque, devem primeiro adquirir a confiança e respeitabilidade.
Do meu ponto de vista, demorará muito, inclusive pelas ações atuais, completamente divergentes do que seria a meta.
As contribuições, no atual quadro, não pagariam o esforço arrecadatório.

Indignei-me mas não comentei

Deixo que figuras mais competentes repercutam outra asneira - ou ato falho, quem saberá - do nosso presidente.
Haveriam figuras acima da lei neste país?

Atualização: para quem não sabe de qual asneira estava falando, afinal são muitas, aqui está.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ele, ainda por cima, usa fardão


Leia aqui o novo texto do imortal.
Resta saber: é ficção ou não?

É melhor ler isso do que ser cego

Prestem atenção ao trecho retirado da reportagem de Leandro Colon e Rosa Costa, de O Estado de S. Paulo, e reflitam sobre o assunto:

"Em outro caso, de 2 de dezembro passado, o Senado publicou a exoneração de Antônio José Costa Guimarães, acusado pelo Ministério Público Federal no escândalo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que envolveu também o hoje deputado Jader Barbalho (PMDB-PA).

Guimarães estava lotado na liderança do PMDB como secretário parlamentar, com um salário de R$ 7,6 mil. Mas um ato secreto, de 15 de janeiro passado, anulou a demissão. Até hoje uma nova exoneração não apareceu no levantamento dos atos secretos feito pela comissão de sindicância do Senado. Na verdade, Guimarães trabalha na Câmara. É uma espécie de secretário particular de Jader, ex-presidente do Senado."

À minha mente não vem nada que não vergonha de nosso Congresso. É claro que o tal Guimarães pode ser inocente, que tudo pode não ter passado de um grande mal entendido, mas exonerar e depois, secretamente, anular o ato anterior é baixo até para os padrões de nossos políticos.

Quer bancar um aliado, faça, arque, porém, com as conseqüências.

E tais figuras tratam-se como nobres nos palanques da vida. É mole?

Aumentará minha desconfiança

Como diria o ex-presidente corinthiano, Vicente Mateus, tecnologia é uma faca de dois legumes. Tê-la é ótimo, mas não sabendo usar, é melhor ficar sem. Os riscos são menores.
Acredito que os riscos de voar aumentam muito quando novas tecnologias são implantadas, ao menos durante a fase de adaptação. E essas fases são particularmente longas no Brasil.
O detalhe é que, segundo o El País, nosso controle aéreo mudará brevemente. Digam-me, se o controle de vôo no Brasil tem dificuldades para usar o rádio, como vai se virar com o GPS?
Não quero ser catastrófista, porém não me convidem para voar durante pelo menos uns dois anos depois que este GBAS for implantado.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Falta de romantismo?

Ou é de dinheiro mesmo?
Não tenho nenhuma simpatia por estas datas comerciais. Dias dos namorados, pais, mães, secretárias e assemelhados são apenas uma forma de fazer o desavisado gastar mais do que deveria, mas não deixa de ser triste quando este pobre desavisado não consegue tornar o seu desejo realidade.
Foi o que ocorreu na última data "festiva".
Daí a pergunta que dá título à postagem, será que o cupido está de férias ou foi demitido devido à marolinha?
Eu tenho minha aposta, e vocês?

domingo, 14 de junho de 2009

Ditadura teocrático-populista

Se havia alguma dúvida de que estamos presenciando o endurecimento da ditadura iraniana, não há mais.
Até acredito que o atual presidente tenha vencido a eleição, afinal é um populista e, em um comparecimento às urnas de cerca de 90%, os demagogos tendem a levar vantagem, porém nada justifica a prisão dos adversários, ainda mais por negar-se a acreditar em pessoas que não são confiáveis.
Nada inesperado, amigos de ditadores têm, normalmente, a coerência de usarem os mesmos métodos sempre que possível.
Chávez, Morales e Lula querem ser amigos de infância de Ahmadinejad. Será que isso diz algo a respeito deles?

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cavalo de Tróia


Proposta de Simon visa tirar do senador individual o ônus das maracutáias descobertas.
À primeira vista parece algo sensato, à segunda me lembra a psicologia das massas. Onde há multidões, são feitas as piores atrocidades sem que haja culpados.
Se o Senado já é propenso aos disparates com os senadores podendo ser responsabilizados individualmente, o que ocorrerá quando eles não puderem?

Para não variar, visão deturpada de Dirceu

José Dirceu faz a sua defesa do blog Fatos e Dados, mas, como não podia deixar de ser, a coisa toma a forma de um ataque à grande imprensa.
Já começa com uma mentira deslavada: "A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) elaborou uma nota de repúdio a iniciativa da PETROBRAS de divulgar no seu blog todas as informações pedidas pelos jornalistas e jornais a respeito da empresa."
A dita associação repudiou o fato da empresa utilizar as perguntas enviadas por seus jornalistas. Caso quisesse se mostrar totalmente aberta, melhor faria a Petrobrás abrindo todas as informações, antes que fossem pedidas por qualquer órgão de imprensa. Não utilizaria, então, as idéias alheias, nem tentaria "furar" os repórteres.
No decorrer do texto, faz uma longa dissertação sobre os meios ilegítimos pelo qual a "mídia" procuraria boicotar os blogs, esquecendo-se, talvez, que grande parte dos blogs, incluindo aquele em que está cometendo este homicídio da lógica, são patrocinados pelas mesmas empresas que denuncia.
E termina com outra mentira, bem ao gosto petista: "Aliás, é o que já vêm fazendo, a pretexto de defender a cultura nacional e o controle da mídia por brasileiros natos. O que não fizeram antes, nunca. Lembrem-se, não defenderam esse controle para nenhum setor de nossa economia. A começar pela Petrobras que todos pretendiam privatizada - PSDB, DEM, era FHC, e mídia à frente."
Como já escrevi aqui, infelizmente nenhum dos citados defende a privatização da Petrobrás. Mas se Dirceu defende que a "mídia" seja apenas mais uma indústria, e que estrangeiros - cidadãos, empresas e instituições - possam controlá-la ao bel prazer, apoiá-lo-ei.
Todos têm seu momento de lucidez, até mesmo os petistas, acho.

Amanhã os Estados Unidos acordarão um pouco melhor

Milhões acordarão sem acesso à TV aberta. Estática, como a figura ao lado, telas azuis ou negras virarão uma epidemia naquele país.
Pelo menos durante um curto espaço de tempo haverá incentivo para a leitura, a conversa e as atividades ao ar livre. Ou outras mais íntimas.
Que os demógrafos preparem suas pranchetas. Vejamos se haverá um surto de nascimentos dentro de nove meses.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Podem chamar-me antiquado

Mas iniciativas como esta me incomodam.
Se somos todos iguais perante a lei, porque há de existir ambulatórios para determinadas orientações sexuais, delegacias especializadas para determinado gênero e varas, no sistema judiciário, especiais para crianças e idosos?
Alguém pode me explicar?

Cafeteira explicou, mas

Esqueceu de um detalhezinho.
Disse isso ontem,deixando de lado o fato de ter contratado a mãe do garoto para a vaga do mesmo.
A gratidão não é uma virtude bonita?

Gol de placa, contra

Se essa é a grande sacada do PT paulista, ganhamos todos.
O Ceará, que perderá um representante desbocado, São Paulo, que verá o petismo ainda mais reduzido, e a Pillar, com o marido mais presente em casa.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Tudo bem explicadinho, nos seus míiiiinims detalhes



Se eu dissesse a Sarney que ia contratar o seu neto, talvez ele ficasse contra, já que esse neto nem frequenta a casa dele. Resolvi contratá-lo porque estava devendo favores ao Fernando (filho de Sarney) que havia me ajudado na reconciliação com Sarney. Quis retribuir e ofereci o cargo - justificou Cafeteira
A justificativa acima está no Blog do Noblat para explicar porque um parente do senador Sarney, o bigodudo mais mal informado do mundo, foi contratado secretamente.
Notem que não foi pelas qualidades do garoto, e sim por dívidas com o Fernando.
E o senador Cafeteira, o assustado da foto, acha que está bem explicado.
Definitivamente, virou Brasil aquela casa.

Felicidade e os tempos atuais

Estava lendo um texto em um blog de filosofia, chamado Crítica, e deparei-me com o seguinte trecho de John Stuart Mill, figura que teve uma vida de novela:
Só são felizes (pensei) aqueles que fixam a sua mente num objecto que não a sua própria felicidade, como a felicidade dos outros, o aperfeiçoamento da humanidade ou mesmo alguma arte ou actividade, procurando-o não como meio, mas como fim ideal em si. Tendo outra coisa em vista, encontram a felicidade pelo caminho. […] Pergunte a si próprio se é feliz e deixará de o ser. A única hipótese é tratar, não a felicidade, mas outro fim que lhe seja exterior, como propósito da vida.

Refletindo sobre o tema, sou levado a concordar com o filósofo. Será possível ser feliz tendo a obrigação de sê-lo? Creio que não, pois tudo que é feito por obrigação não é prazeroso.
E o pior é que nossa sociedade deu para colocar como meta ser feliz. Não temos mais que ser bons pais, funcionários, empreendedores ou qualquer função. Temos apenas que ser felizes, a todo custo.
Não me admira que as vendas de prozac estejam tão altas, querem que façamos o impossível. O que deveria ser um trabalho para um Super-Homem, que no filmes, lembrem-se, era bastante deprimido, ou, mais na moda no momento, um Obama, virou a tarefa do homem comum.
E agora, quem poderá me defender? Chapolim Colorado está disponível?

terça-feira, 9 de junho de 2009

O 28º estado



O título deste posto tomei emprestado de um livro que não recomendo, O Estado dos Imigrantes - o 28º estado brasileiro um mercado de US$ 60 bilhões, mas traz uma idéia interessante e pouco explorada pela nossa literatura, a grandeza dos números que envolvem a diáspora brasileira.
Existem mais brasileiros vivendo nos Estados Unidos do que em Acre, Roraima e, talvez, Rondônia.
Há, também, um número crescente de brasileiros deslocando-se ao exterior para trabalhar, estudar ou, mesmo, livrar-se do país. É a consequência que se paga ao assumir o peso internacional que uma nação com economia, território e população entre as dez maiores deveria ter; deslocamento maior de nacionais, expatriados pelos mais diferentes motivos.
Neste sentido é útil abrir negociações para que estes cidadãos brasileiros tenham maior representação política, compatível com os benefícios culturais e econômicos que nos trazem.
O vídeo trata da conferência que reuniu expoentes de diversas comunidades brazucas ao redor do mundo e de representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
É bom que tenhamos começado a discutir o tema, nosso país só tem a ganhar.

Esquerda com discurso ultrapassado

Não, não estamos falando do Brasil, embora pudéssemos.
É na Europa.
Mas, ao contrário daqui, eles sabem o que fazer com os anacrônicos. Mandam para casa, não para os palácios.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Modo republicano de governar

Primeiro ficamos sabendo que quebraram os Estados Unidos inteiro, agora vem à tona que também o maior estado governado por eles faz água.
Vai ver é por isso que os próceres do governo petista tanto afirmavam que estavam fazendo uma gestão republicana.
Faz sentido.

Parasitas

O parasitismo estatal não foi identificado recentemente. Há muito pensadores iluminados apontam-no. Na América Latina, entretanto, os Estados estão chegando às raias do absurdo sendo batidos neste campeonato mórbido de exploração do povo apenas pela psicótica ditadura norte-coreana.
Onde mais supostas economias de mercado pretendem ser monopolistas, ou impostos são tão altos devolvendo tão pouco aos pagadores.
Se forem escrutinar meu blog à procura de um pedido para a redução da carga tributária, nada encontrarão. Não porque não a ache necessária, mas por não acreditar que seja possível. Nenhum governo abre mão de tributos ao menos em situação de emergência, como considerou a administração Lula ser o caso durante as primeiras ondas da "marolinha".
Tampouco bradei contra o engessamento fiscal, com os impostos direcionados, pois não confio que o governo fará opções corretas. O direcionamento ao menos dificulta que áreas essenciais, como saúde e educação, sejam preteridas no confronto com obras públicas de maior visibilidade, ao modo do que seria o PAC, caso existisse.
Já contra as estatais, estrilei diversas vezes. Sobre a mentira de serem patrimônio público, estas instituições não passam de hospedeiros de parasitas nos mais diversos níveis. O quadro é realmente vergonhoso. Precisamos, nas palavras de Reinaldo Azevedo, desprivatizar a empresa, ou melhor, a presa dos diversos grupos de pressão formada pelos que dela se locupletam, a começar por grande parte dos funcionários.
Haveria razão para uma empresa estratora de petróleo ter um dos maiores quadros de profissionais de comunicação do mundo e uma das maiores bancas de advogados do país? E motivos para, mesmo com tantos funcionários específicos fora de seu escopo operacional, ainda recorrer a assessorias externas nas duas áreas? Ou é indicação de incompetência dos que estão lá ou de que há gente recebendo sem trabalhar.
Se ela é parte do meu patrimônio, quero vender já, enquanto ainda sobra alguma coisa, pois desta forma como vem sendo administrada, não sobrará muito . Mas são justamente os funcionários da empresa os mais combativos contra a idéia. Será que é porque não querem perder mamatas?
De certo temos apenas a utilização política da empresa. Hoje, véspera do anúncio oficial da recessão de nossa economia, diminuem o preço do diesel.
Alguns dormirão felizes, independente do que vem acontecendo. Bom para eles.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Torcida única. Solução?

Muito já foi discutido sobre a melhor maneira de se evitar o confronto de torcidas, mal que levou a um número muito além do tolerável. A última possibilidade aventada é a torcida única. Será essa uma solução?
Não acredito, mas apoio a idéia.
Em geral, os frustrados que se apresentam como torcedores e provocam as confusões nos dias de clássico não precisam de motivos para brigar, apenas de oportunidades. Quando não brigam, ou tentam , contra a torcida de outro clube, fazem-lo entre si ou contra qualquer aglomerado que encontrem pelo caminho, como no vídeo abaixo:



Assim, não haverá uma melhora da segurança pública enquanto não se criar uma punição para os agressores, pois todo o resto é um sintoma do problema, que é deixar marginais agirem inpunimente.
Não devemos, entretanto, deixar que os sintomas sejam negligenciados. Minimizar as possibilidades de confronto é uma atitude inteligente, enquanto o principal não é resolvido, e os baderneiros pressionem mais ainda a superlotação carcerária.
A norma de disponibilizar uma quantidade pré-determinada de ingressos para o visitante é, ao meu ver, anacrônica em todos os sentidos. Por que, raios, a outra equipe tem que, necessariamente, ser acolhida por uma parcela de seus torcedores. Parece-me um resquício do passado.
Que cada agremiação utilize os jogos nos quais é mandante para fazer seus seguidores felizes. E, de preferência, com bons programas para fidelizá-los, tratando-os como consumidores, não como empecilhos.
Com o passar dos tempos, e a limpeza dos bárbaros do ambiente, as arenas esportivas serão novamente palco das famílias, e os torcedores adversários poderão freqüentar juntos, como em todos os locais civilizados.
Neste dia, defesas de torcida única, como a do promotor, não serão mais necessárias.

Tal e qual o mestre

Jobim brincando de G.I. Joe, retirado do site do Josias de Souza











Não apenas o presidente tem um, aparentemente, incontrolável desejo para falar impropriedades. Seus subordinados também o têm.
O Jobim das Selvas o faz como ninguém.
Anunciou que não havia dúvidas quanto ao avião, que a mancha de óleo demonstrava não ter havido explosão, que os destroços já haviam sido localizados e que corpos bóiam conforme a integridade de seus abdômens, mas estes poderiam não ser achados pela equipe de resgate, afinal há muitos tubarões ao largo da costa pernambucana. Já devia até estar pensando em escrever um roteiro para o CSI Fernando de Noronha.
Antes do início das filmagens, porém, o que vem à tona não é o que se esperava, mas a verdade.
Não se encontrou nada do avião ainda. O ministro estava falando sobro o que não entende, só pelo prazer de falar.
Era de esperar-se esse comportamento do blogueiro que lhes fala, talvez do Zé das Couve, mas de um ex-presidente do Supremo? Será que a situação não é suficientemente séria para ele?
Nunca na história deste país, sem dúvida, vivemos em tal ambiente degradado de compostura.

Populismo é ...

... isso aqui.
Presidente e Ministro do Meio Ambiente de um país aderindo ao abaixo-assinado de um movimento social ambientalista.
Não fariam melhor tomando medidas concretas para evitar que as assinaturas fossem necessárias?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Impasse nas CPIs, quem perde?

Não sou nenhum especialista nos jogos regimentais do Congresso, mas é fácil perceber que o esperneio dos governistas pela relatoria da comissão parlamentar de inquérito das ONGs é um forte indicativo de que as oposições não devem ceder.
Mesmo porque é de interesse da oposição mandar a CPI da Petrobrás cada vez mais próxima da eleição de 2010, quando as possíveis, melhor dizer prováveis, irregularidades encontradas terão maior potencial para prejudicar o governo. Não custa lembrar que Dilma Rousseff é a presidente do Conselho da empresa e Gabrielli pretende concorrer a um cargo eletivo na Bahia.
Todos sabemos que uma vez lida, a CPI será instalada, postergar o início dos trabalhos enquanto as ONGs são esquadrinhadas pela oposição apenas torna um martírio agudo em crônico. O PT sabe disso, o PSDB sabe disso, o DEM sabe e, principalmente, o PMDB está carecade saber.
Estando com a faca e o queijo na mão, e o relógio pressionando, é natural que os vencedores de todas as brigas dentro da base aliada, os verdadeiros profissionais, queiram fazer de tudo para aumentar seu cacife. É isso que Jucá deseja.
Resta saber se a oposição vai saber jogar ou cederá. Pelas últimas decisões do grupo, a segunda alternativa parece mais próxima.
Esperemos as próximas rodadas.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Exemplo de geoengenharia

Perverso, mas exemplo.

Extremo mal gosto

Quase sádica.
É assim que se está comportando a imprensa na cobertura da tragédia humana representada pela possível queda da aeronave da Air France.
Listar nomes das vítimas, sem a confirmação ao menos de que são realmente vítimas, só serve para inflar a desolação de parentes e amigos.
Ademais, para que serve a informação de que um, hipoteticamente, engenheiro neozelandes ou um cozinheiro árabe estavam no vôo. Pode-se afirmar que são informações de interesse público?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Se havia alguma dúvida sobre as prioridades

Entre governar e "candidatar", o governo Lula fez definitivamente sua escolha.
Enquanto o batuque na cozinha segue firma, nossa ministra da Casa Civil, da qual eu defendo o afastamento para tratar-se, vai diminuir o ritmo, mas apenas do trabalho mais importante, o interno, típico de sua função governamental.
Alencar debilitado, Lula em El Salvador.
E o Brasil, sem comando, indo para o buraco.