quinta-feira, 30 de julho de 2009

Alta tecnologia no Planalto Central



Confira o seguinte, retirado do Blog do Noblat, a explicação de Sarney para mais um pecadilho encontrado nos seus atos:

"Com relação à matéria publicada hoje no jornal O Estado de São Paulo, intitulada "Gabinete emprega filha de auxiliar como fantasma", esclarecemos que a servidora do Senado Federal, Gabriela Aragão Guimarães Mendes, lotada no gabinete do senador José Sarney, tomou posse em 16 de janeiro de 2007 e foi imediatamente cedida ao Conselho Editorial do Senado Federal onde exerce as suas atribuições. Seu horário de trabalho - 7h às 13h -, é cumprido com assiduidade. Nomeada Assistente Parlamentar, ela recebe salário bruto mensal de R$ 1.247,48. Gabriela faz ainda estágio obrigatório na Caixa Econômica Federal (onde almoça), em horário compatível com suas atividades no Senado, conforme declaração da CEF, em arquivo anexo".

A assessoria de imprensa anexou à nota uma declaração da Caixa Econômica Federal e uma da empresa responsável pelo contrato de estágio, que comprovam o vínculo de Gabriela com a Caixa.

Um dos documentos mostra ainda que o contrato dela na Caixa é para trabalhar das 13h às 18h. E que ela ganha R$ 581.

Perceberam?
Parece que a não é só na Enterprise que se consegue fazer viagens instantaneamente. Sai do Senado às 13hs e entra na Caixa às 13hs. É o eficiente método de transporte de Brasília, o Teletransporte de massa, que deveria ser exportado para todo o país.
Pessoas tão regiamente pagas como os assessores parlamentares e a assessoria de imprensa do banco estatal deveriam pensar melhor na desculpas que dão. É verdade que somos um país de bananas, mas não exagerem na chacota, as vezes o evidente é, bem, evidenciado.
Cadê o Roberto Jefferson que não aparece para dar uns conselhos para o ex-presidente. Sai daí Sarney, antes que leve com você alguém inocente, diria o presidente do PDT naqueles tempos revoltos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Será que é a água?

Ou atraímos esse tipo de gente para o país por algum magnetismo?
O fato é que as duas garotas inglesas foram pegas prestando informações erradas à Polícia.
Agora a mãe de uma delas pede leniência de nossa justiça. Pode ficar tranquila, não há justiça mais leniente que a nossa. Vide Pimenta Neves.
Mas é questão de investigar o que faz com que seja tão difícil prestar informações corretas em depoimentos por aqui. Há quem mude o seu meia dúzia de vezes.

O fim do computador pessoal

Pode até parecer mentira, mas houve um tempo em que não existiam computadores pessoais. E, por incrível que pareça, as tendências mostram que dentro em pouco eles voltarão a desaparecer.
Computadores são ferramentas, mas, por um período de tempo, foram tratados como outra coisa. Como um definidor de estilo de vida, o que diferenciava os integrados e os pré-históricos.
Os pingos, entretanto, estão voltando para os is. As tarefas antes desempenhadas apenas pelos computadores pessoais estão sendo distribuídas para outros aparelhos e, paradoxalmente, o processamento está cada vez mais centralizado em empresas dedicadas a isso, longe dos olhos do usuário final.
Esse processo aconteceu em todas as grandes indústrias. Antes todos tinham um martelo em casa, pois era necessário para tarefas do dia-a-dia; hoje poucos têm, muito do que se fazia com ele foi terceirizado. O transporte é um bom exemplo. Passou-se de um sistema do cada um por si, antes do advento dos coletivos (bonde e trem) para o individual (carros, principalmente) e há agora um renascimento do apelo da coletivização do transporte, que faz muito mais sentido econômico e socialmente.
É a internet a responsável pela morte anunciada do PC. Muitos, incluindo eu, os possui sem entender nada de programação. A máquina serve apenas para acessar à WEB e, raramente, jogar algum vídeo-game. Ou seja, espingarda para matar baratas, pode até funcionar, mas não é o mais indicado.
A rede está cada vez mais sendo acessada por dispositivos móveis. No último trimestre, a despeito da crise econômica, houve um crescimento mundial de 30% nesta forma de interação. Tudo porque aparelhos portáteis, não importando a nomenclatura, estão ficando melhores e mais confiáveis. E a onipresença faz com que seja até mais útil a informação contida nos sites. Para os games é sempre melhor um aparelho dedicado, sem as terríveis instalações e configurações, propensas a deixar qualquer leigo maluco.
Resumindo, acredito que, dentro em breve, não teremos um aparelho chamado computador. Tudo que ele faz continuará existindo em outros dispositivos, mas provavelmente nem perceberemos que há ali processamento de dados, só funcionalidade.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Colômbia um pouquinho melhor

A Venezuela declarou que cortou relações com a Colômbia e vai retirar seu embaixador.
Temos, então, o seguinte: um defensor das tiranias a menos em Bogotá.
Motivo da melhora? Chávez não tem como explicar as armas que vendeu para as Farc, portanto ataca o vizinho.
Se não faz sentido, isso é bolivarianismo.

Aposta em Dilma?

O veterano jornalista Villas Bôas-Correa afirma que Lula aposta todas as fichas em Dilma, mas até as pedras do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília sabem que o candidato de Lula para qualquer coisa é Lula. Todas as suas escolhas têm sua matriz no fato de só pensar no futuro imediato, 2010, ou próximo, 2014.
Escolher técnicos como sucessores é comum entre políticos personalistas. Quem é de São Paulo lembra-se de Celso Pitta, escolhido por Maluf para substitui-lo na Prefeitura na última vez que esse ocupou o cargo, 12 anos atrás, mas muitos outros exemplos há. É mais seguro criar um "fantoche" que um herdeiro político quando seu maior ativo é o carisma e não idéias, pois, no segundo caso, muitas vezes a criatura pode acabar por dividir o patrimônio eleitoral.
A opção por José Alencar para vice já era uma mostra de que não pretendia investir em um verdadeiro sucessor. Um obscuro, fora de Minas Gerais, senador já na oitava década de vida e com problemas de saúde com pouco a agregar eleitoralmente. A negociação foi pecuniária.
Tampouco tentou fortalecer o partido no poder. Instarou um inédito regime de compra de apoio, com cargos e, a acreditar no Procurador Geral da República, dinheiro vivo. Fortaleceu sim a patota sindical, agraciada com cargos em todos os níveis do governo federal, entregando a administração aos que menos interessa sua eficiência. Para o PT em si, ficou o humilhante papel de enquadrado.
Dilma foi um balão de ensaio utilizado para mostrar que, aos que dependem das benesses desta administração, restava apoiar Lula "de novo". Como não prosperou o caminho bolivariano, sobrou a Lula tentar fazer a sua sucessora, pois, como já vimos no pouco que se conseguiu apurar, o governo não resistiria a uma auditoria séria. Os vinte anos no poder vislumbrado por José Dirceu como uma meta tornaram-se uma necessidade, ou até a cadeia pode resultar sendo a morada de alguns próceres da república.
A ministra já não é uma aposta, é a tábua de salvação da casta que hoje está no poder.

O vídeo a seguir fala mais do absurdo que vemos hoje no Senado, mas a mensagem final dos historiadores é de que as eleições do ano que vém serão as mais sujas do período republicano. Vendo o tipo de gente que se dedica à liderança política na atualidade, é fácil concordar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Keynesianos de ocasião

Estava lendo este texto, Será que os déficits governamentais salvaram o mundo?, e veio-me à cabeça uma questão. Se os gastos governamentais são a solução para tudo, como os Estados Unidos da América teriam entrado em recessão com duas guerras externas em curso e déficits públicos crescentes (você devem se lembrar que faz pouco o problema era a existência dos chamados déficits gêmeos)?
A resposta é óbvia, não são. Porém é mais óbvio ainda que não se necessita de boas razões para fazer o que se deseja, basta um indício de motivo.
Os estatistas querem aumentar o gasto porque desejam mais Estado em qualquer lugar que ele possa ocupar uma fresta. Qualquer desculpa é excelente para fazer isso, ainda mais quando ela recebe o suporte de uma teoria econômica. Mesmo que esta esteja errada.

sábado, 25 de julho de 2009

É impossível

Sarney, como dizia o Biquini Cavadão, é impossível esquecer você.
A cada enxadada uma minhoca, deve ter batido o recorde mundial de notícia ruim.
Agora é a Folha ( assinante acessem aqui) com relatos nada auspiciosos, confesso que vi alguns capítulos da novela das oito, afinal há nela a Juliana Paes (muito vestida para o meu gosto). Trata-se de 17 ações fiscais contra empresas do grupo do patriarca bigodudo e outras investigações criminais, incluindo o onipresente caixa-dois, desta vez na campanha que levou Roseana Sarney, no tapetão, ao governo do Maranhão.
Enquanto isso, Lula segue dando força ao velho senador. Acha-o especial demais para sofrer dessa forma e acredita que o PMDB é a chave para a eleição de Dima no próximo ano.
Já escrevi aqui, o PMDB estará do lado vencedor, não importa o que Sarney ou Renan pensem do indivíduo que sentar no trono do Palácio do Planalto. O que está pegando agora é que há muitos podres a aflorarem da atual administração, tantos que ela transformou em ponto vital a não investigação qualquer coisa, especialmente a Petrobrás, da qual a candidata, como presidente do Conselho, é responsável por qualquer macroirregularidade.
Teremos que engolir, então, o bigode por tanto tempo quanto for palatável ao Planalto, o que, aparente e felizmente, não será tão longo assim.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Para salvar seu coração, você pode estar prejudicando o intestino

Bem, pode não ser tão edificante quanto eu desejava, mas vale uma reflexão.
Pense muito bem antes de comer aquela margarina rica em gordura poliinsaturada. Ela pode estar prejudicando suas vísceras.
É apenas um indício, mas indícios científicos estão nos levando a mudanças alimentares a todo o momento na contemporaneidade. A possibilidade de que acometidos da doença de Creutzfeldt-Jakob a tivessem adquirido via ingestão de carne bovina, no episódio do Mal da Vaca Louca quase dizimou a indústria pecuária do Reino Unido e é, ainda, uma ameaça considerável economicamente falando.
Por incrível que pareça, há poucas certezas científicas no campo da fisiologia humana. Deixar que a publicidade use algumas descobertas nessa área para dirigir suas ações pode não ser ruim apenas para o seu bolso, pode interferir em outraspartes menos sensíveis de sua anatomia.

Liguei agora o computador para tentar escrever algo construtivo...

Mas a única coisa que me vem a mente é a saga da família Sarney, e isso não me parece nada edificante, portanto esperarei a vontade de falar neles passar e tentarei arranjar outro assunto.
Caso não consiga, até amanhã, que, como dizia Scarlett O´Hara, é outro dia.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Preparem as chupetas

Antiga canção do grupo Casseta e Planeta, fazendo comparação entre subdesenvolvidos, dizia:

Se o cinema nacional daqui é assim, imagine na Jamaica
Se a meningite daqui é assim, imagine na Jamaica
Se os Argentinos daqui são assim, imagine os da Jamaica
Se o Botafogo daqui é assim, imagine o da Jamaica

Faço uma comparação entre a matriz e a filial renegada.
Se os abrigos de menores de lá são assim, imagine os do Brasil.
Deve faltar espaço para tanto bebê.

O homem

O passado já demonstra que ele é a pessoa adequada para sair como candidato em uma chapa apoiada por Lula.
Ciro é o Homem.

A falha pode ter sido minha

Nunca fui atrás do tema, nem tinha curiosidade a respeito, mas o noticiário sobre a UNE chapa-branca fez-me lembrar de um fato: nos muitos anos em que frequentei duas universidades diferentes de São Paulo, nunca tive notícia de eleição para a entidade, por indireta que fosse.
Só isso mostra que as coisas não eram divulgadas junto à massa dos alunos, ficando uma patotinha como dona da mística dos estudantes, sem nem ao menos ouvi-los.
Diz muito sobre como a União Nacional dos Estudantes virou isso aí.

Evolução da espécie



O vídeo mostra as diferenças cranianas entre nossos antepassados e o que somos hoje.
Mais impressionante do que o aumento do espaço craniano destinado ao cérebro é, na minha opinião, a redução dos ossos de suporte para os músculos maxilares, responsáveis pela mastigação.

Negócio de família

Algum tempo atrás li uma reportagem que mostrava uma maior longevidade dos negócio familiares do que nas sociedades por ações.
Os Sarney são uma prova viva disso. Décadas depois de um Sarney célebre colocar o Zézinho na política, prosperam a olhos vistos.
A reportagem do Estadão deixa-nos vislumbrar o modus operandi da família, preocupada que é com o bem-estar de todos os seus membros. Dessa forma, teremos por um longo tempo Sarneys em Brasília, cada vez mais prósperos.
Já o Brasil, e o Maranhão, ...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Cobiçando a do vizinho

Mas não é a mulher, embora uma das mais belas mulheres que já vi fosse uruguaia, e sim a ideia.
Enquanto os menos tropicais hermanitos procuram utilizar a energia solar para baratear custos, nós do ensolarado Brasil tentamos utilizar mais a energia térmica a carvão.
Vai entender.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Sábio Fernando

Ao dizer que Lula era o chefe de um bando de delinquentes, Collor fazia constatações ou premonições?
Não sei, mas a verdade é que hoje recebe ordens do homem.

Recomendo este texto

Que tipo de liberdade deseja?

Satiagraha: caso encerrado

Essa foi a afirmação de Lula um ano atrás. De lá para cá houve uma série de acontecimentos, mas a operação nunca foi de fato encerrada.
Está na verdade cada vez mais viva, trazendo preocupações, e complicações, para a cúpula governista.
Como dizem os de língua espanhola: "cría cuervos y te sacarán los ojos."
Tem muita gente ficando cega no Planalto Central.

sábado, 18 de julho de 2009

Quem cede a chantagistas, não merece o cargo que ocupa

Se o preço da probidade pública é o bloco na rua, que ele venha, então.
O que não pode acontecer é uma sociedade civil acovardada perante os baderneiros profissionais a serviço do bolivarianismo tupiniquim.

Só vê o que quer, claro


Ildo Sauer vive insinuando ter havido improbidade na gestão anterior a sua na Petrobrás, mas não me consta que tenha denunciado ninguém à Justiça por qualquer motivo, o que corresponderia a crime de responsabilidade, parece-me.
Mas agora está ficando claro que o homem é um verdadeiro Magoo, não enxerga um palmo à frente, como demonstra e-mail exposto pelo blog Esquerda, direita e centro.
Daí percebe-se que, acreditando-se no professor da Usp, a ministra menti deliberadamente até para os seus parceiros de governo e que ele não consegue reconhecer um picareta quando está defronte de um.
ponto contra nossa política, nosso sistema de controle nas empresas de economia mista e nosso sistema de ensino.
Ruim, não?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Levaram pra casa

Mas depois se arrependeram.
E como resultado 150 mil invasoras soltas nos pântanos dos EUA.
Será que também ficarão com penas delas.

Gosto muito da The Economist

Mas dizer que esse índice Big Mac indica a sobrevalorização cambial brasileira é desconhecer o significado da marca de lanchonetes por aqui.
Enquanto nos países "centrais" os sanduíches da empresa são a opção mais barata e lojas espalham-se pelos bairros carentes, aqui eles ainda são símbolo de status, com lojas nas melhores localizações possíveis.
Ou seja, muito disso aí é mark up, não valorização cambial.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Leva pra casa


Os colombianos estão com peninha dos hipopótamos de Pablo Escobar. Que resolvam o problema colocando-os em zoológicos. O que não pode é deixar que este matador de seres humanos integre-se à fauna da América do Sul.
Espécies invasoras são um problema em qualquer local, independente do porte, mas deixar um monstrengo destes escapar seria demais.
Já temos que nos preocupar com guerrilhas, narcotráfico e ditadores, só faltaria essa para virarmos África de vez.

Crianças de 17 anos, já pra casa

Primeiro instituíram o toque de recolher, agora estão tentando criminalizar o sexo. Que será que proibirão aos jovens na próxima semana?
Depois reclamam da imaturidade dos adultos. Como esperar que decidam se suas opções estão cada dia mais limitadas?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Foi apenas um capricho

E olha o resultado.

Ele sabe o que diz, ou não

Lula diz que a oposição é pizzaiola; Mercadante, o senador pelo Palácio do Planalto, diz que Lula não pensa o que falou.
Mercadante deve saber o que diz, não faz muito demonstrou por A mais B que não pensa por si mesmo, é apenas uma extensão mais bigoduda do barbudinho bravateiro.
Sendo assim, já deve estar entendo melhor o que se passa na cabeça que lhe manda do que a boca mais próxima, que sempre foi um tanto quanto descontrolada mesmo.

Para que serve o Senado

Segue aí o capítulo da Constituição Federal que trata sobre o senado, como muitos querem fechá-lo, simplesmente, é bom saber o que poderemos perder, ou ganhar, com isso.

Seção IV
DO SENADO FEDERAL

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade e os Ministros de Estado nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)

II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;

II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;

c) Governador de Território;

d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da República;

f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;

IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;

XII - elaborar seu regimento interno;

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Produtos de luxo e sonegação

Tomando com verdade que a Polícia Federal está fazendo a coisas certa nesta vez, surge mais uma operação com o intuito de demonizar a importação de artigos de luxo.
Não quero aqui polemizar sobre a moralidade de utilizar produtos caros em um país pobre, ou classe média, como o nosso, mas faz sentido aumentar tanto os impostos sobre um certo tipo de produto a ponto de tornar lucrativo o contrabando.
Impostos diminuem o tamanho do mercado, não importa o quão pequeno sejam, e quanto maior sejam, menor será a propensão ao consumo. Por isso, e por afetar uma parcela menor da população votante, governos preferem taxar pesadamente produtos de luxo, menos afetados pelo fator preço na hora da decisão de compra, e muitas vezes são afetados positivamente, ou seja, quanto mais caros mais vendem. O porém é que os impostos já são, em geral, escorchantes no país, imaginem então como o são nos produtos mais taxados, importados de luxo.
Será que não seria mais produtivo apenas igualar as taxas de importação para todos os produtos e deixar que o mercado decida o que é justo ou não como preço, ou, em outras palavras, o que é luxo ou não?
Só teríamos a ganhar se esse contingente de policiais usados atualmente como auditores fiscais fossem desviados para a função de combate ao crime contra a vida, maior flagelo atual brasileiro, e os consumidores passassem a decidir se foie gras é ou não essencial para eles.
Mesmo os caixas dos governos iriam ficar mais polpudos.

Como queriamos demonstrar

A CPI da Petrobrás será um problema maior para o governo no ano que vem do que nesse, como já havia dito anteriormente.
Juro que não entendo como políticos tão sem visão de futuro, dos dois lados da disputa, conseguem se eleger no Brasil. Diz muito da capacidade dos eleitores.

Interessante história

Muito é falado dos benefícios dos transplantes, mas pouco dos malefícios dos imunossupressores, que fazem a expectativa de vida média dos transplantados ser muito baixa.
A adolescente galesa é a prova viva de que um coração infantil tem capacidade de recuperar-se de algumas deficiências caso seja lhe dado tempo para tal.
E, para mim, demonstra que mais pesquisa em mecanismos temporários, biológicos ou artificiais, para aliviar a carga de fisiologias debilitadas é necessária.
Prova de amor ou não, os transplantes são um subterfúgio de último recurso essencial no momento, mas deve ser uma meta da medicina acabar com a necessidade deles. Primeiro porque as filas demonstram que a quantidade de doadores é muito menor do que a demanda, com tendência de agravamento pela evolução demográfica, e segundo pelas limitações da qualidade de vida que impõem aos receptores após o procedimento.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Vai entender esses bolivianos

Pretendem fechar as fronteiras com o Brasil.
Por quê?
Porque uma empresa indiana pretende contratar os bolivianos errados.
E o Brasil com isso?
Bem, em época de Lula, bater no Brasil é garantia de sucesso, então eles devem achar que esse grand hermano imperialista pode resolver com os indianos também.
E vai ver têm razão.

Cá está uma guerra que apóio

Com ataque e contra-ataque.
Só temos a ganhar.

Explicação plausível

Robert Nozick tem uma explicação para o porquê de os intelectuais serem,majoritariamente, anticapitalistas.
Baseia a resposta em um sistema escolar que premia desproporcionalmente, em relação à sociedade mais ampla, os alunos que virão a tornar-se intelectuais, fazendo-os sentir-se desconfortáveis com o sistema de mérito posteriormente aplicado no mundo real.
Em suas palavras: "O intelectual quer que a totalidade da sociedade seja uma extensão da escola, para que seja como o entorno que lhe foi tão bom e onde ele foi tão apreciado. Ao incorporar critérios de recompensa que são diferentes dos próprios da sociedade global, as escolas garantem que alguns venham a experimentar posteriormente uma queda na escala social. Os que estão na ponta mais alta da hierarquia escolar se considerarão com direito a uma posição de primeira, não só naquela microssociedade, mas na mais ampla, uma sociedade cujo sistema os incomodará quando não os tratar de acordo com suas necessidades e direitos auto-adjudicados. O sistema escolar cria, portanto, um sentimento anticapitalista entre os intelectuais. Mais precisamente, cria um sentimento anticapitalista entre os intelectuais da palavra."
Parece-me uma boa tese. Consonante, inclusive, com minha experiência empírica.
Sendo um dos que ele considera um intelectual, sou,entretanto, fã do capitalismo. Não fui, porém, "vítima" da premiação desproporcional, pois aluno medíocre durante os anos de formação escolar.
Cabe observar melhor como a tese envelhecerá.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Não é por falta de merecimento

Mostrei recentemente que a crise atual tem suas raízes no governo chinês.
Agora o economista John H. Makin demonstra que o governo dos Estados Unidos, e não os mercados, é corresponsável pela bolha do mercado imobiliário.
Mas não tenho dúvida, a grande parte dos brasileiros continuará pedindo por mais intervenção governamental, a tal de vontade política.
Merecem isso tudo que está aí.

La garantia soy yo

Camisas da seleção velha ou velhas camisas da seleção?
Não importa no que, sempre há algo errado com os atos deste governo.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Uso compartilhado

Os japoneses voltaram a fazer, mas os velhos economistas devem ficar de cabelo em pé quando ouvem falar de coisas como essas.
Na era da procura do aumento do PIB e da obsolescência programada, dividir é quase um pecado. Mas mais e mais pessoas estão pecando. Há campanhas de carona solidária, o famoso Velib de Paris (vídeo abaixo) e muitas outros exemplos pipocando aqui e ali.

Entre um aumento do produto e do bem estar, e eles não são sinônimos, apesar alguns insistirem que sim, a população sempre preferirá o segundo.
Muito pouco de racional há na compra de certos produtos. O carro é um exemplo. Por um paga-se, normalmente, de um a dois anos de salário e utiliza-se por uma ou duas horas diárias. Ou seja, se você mantiver o carro por oito anos, para cada hora de uso, sem contar a manutenção e o combustível - e o stress -, você paga no mínimo um dia de trabalho.
Desta forma é muito mais negócio, se for fazer o cálculo racional, fazer o compartilhamento, de modo a um produto tomar menos do patrimônio individual. Por esse motivo países desenvolvidos têm muito melhores sistemas compartilhados, como lavanderias coletivas e transporte público do que os não-desenvolvidos.
Mas nosso governo quer massificar os produtos de consumo, símbolos de status, como carros e lavadoras, reduzindo o IPI, enquanto sufoca as empresas com tributação escorchante de investimentos e salários. Calcula que terá maior retorno eleitoral dessa maneira.
E, se tiver razão, merecemos o subdesenvolvimento. Quem gosta de jogar dinheiro fora deve ver qualidades naquele que o toma e desperdiça.

Ainda em relação às mudanças na legislação eleitoral

Para quem pensa que voto distrital é a solução, duas perguntas.
Vocês levam em conta que a votação para o Senado é feita em um distrito, o estado?
Se sim, acham que estamos mandando bons senadores para Brasília?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Contra essa reforma eleitoral

Marcos Cintra, aquele do imposto único, e Maria Celina D'Araujo, especialista no sistema político da Era Vargas, assinam um artigo, no Valor Econômico de hoje, defendendo o reforma política nos moldes do que está sendo proposto no Congresso.
Para eles, o projeto tenta atingir três objetivos:atribuir diretamente aos partidos a responsabilidade depa qualidade dos candidatos apresentados, permitir maior correlação entre a vontade do eleitor e a resultante Parlamentar e a ajustar a representação parlamentar às características da população. Seriam alçançadas com os seguintes meios:
  1. financiamento de campanha exclusivamente público;
  2. votação em listas partidárias fechadas;
  3. obrigatoriedade de cotas na representação em termos de gênero e de etnias e,
  4. proibição de coligações nas eleições parlamentares.
Sou radicalmente contra os três primeiros e relutante quanto ao quarto. Tentarei explicar os porquês.
Primeiro o financiamento público. Eles alegam que haveria, pelo conjunto das medidas, uma diminuição das cifras envolvidas no convencimento do eleitor, o que é provável, e que um instrumento de ação dos lobbies econômicos, da corrupção e do tráfico de influência seria perdido. Mas sabemos que a corrupção e outras maracutaias não são exclusivas do período eleitoral, nem da vontade de se eleger. E os eleitores perderiam uma fonte de pressão sofre os eleitos, já que estes teriam seus gastos de campanha bancados pelo Estado.
Para as listas fechadas, eles apontam como vantagem o fato de o nome dos candidatos e dos possíveis suplentes estarem claros na lista. Mas a suposição de que isso ajudaria na melhora da representação baseia-se na crença de que teriamos eleitores mais conscientes. Não seriam automaticamente, caso contrário não seria necessária a mudança do sistema, pois já votamos em lista hoje, e os nomes não são secretos. E a capacidade de intervenção individual é maior, pois só recebem votos quem tem identificação com a população.
A necessidade de adoção de cotas seria mais um motivo para evitar-se as listas fechadas. Obrigar ao eleitor a engolir alguém no qual ele não quer votar mostra que o sistema é valho, uma vez que indicaria que ou as lideranças partidárias ou os votantes não seriam contemplados e deveriam ser substituidos. Mais uma vez a lei mostra-se pautada por um estado ideal diferente do nosso.
A proibição das coligações acredito ser uma medida aceitável. Mas tenho restrições por ser antiliberal ao cercear a livre associação. Se um comunista quer se juntar a um anarquista é problema deles. É claro que a junção me causaria estranheza, porém não posso julgar o que os move, nem tenho pretensão de fazê-lo. Como diz-se muito por aí, gosto não se discute, lamenta-se.
Em suma, muito mais importante do que mudar a legislação eleitoral é esclarecer os eleitores. Isso só ocorrerá com a evolução da educação no país. Conforme for ocorrendo o esclarecimento do votante, menos aberrações aparecerão no processo. E isso ocorre com regras estáveis.
Não houve na história pós-ditadura militar brasileira uma eleição na qual as regras fossem as mesmas da anterior. Só depois de várias tentativas poderemos realmente dizer quais mudanças são necessárias. Tentemos ao menos uma vez, então.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Fórmula genial

Deixe-me ver se entendi. O jeito encontrado pelo Ministério da Saúde para conter o surto, de descoberta, de novos casos da gripe suína foi parar de testar a população?
Assim o número de novos casos despenca, e poderemos voltar a preocupar-nos com doenças mais prosaicas e comuns por essas paragens, como febre amarela e dengue.
Sistema de saúde realmente quase perfeito. Na cabeça de Lula.
Será que ele o usa?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Especial para o Twitter

#pazmundial é uma campanha estúpida.
Provavelmente o humorista Danilo Gentile (ou @danilogentili ) tinha boas intenções ao criá-la - digo provavelmente porque nunca se sabe a real intenção de um humorista ao fazer algo - , mas um mundo sem violência/conflito é um mundo opressivo, no qual todos teriamos que obedecer às ordens do mestre da vez.
Se eu não for este mestre, estou fora, pois tenho certeza que construiria um mundo maravilhoso, para mim.
Toda utopia é muito bonita no papel, porém acaba tornando-se uma realidade ainda pior do que a que tentava subverter, vide o comunismo/socialismo real.
É bom pensarmos muito bem no que pedimos, nunca custa dizer, elas podem realmente acontecer.
E #forasarney .

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O verdadeiro Show de Truman


Privacidade é um valor bastante depreciado nas sociedades modernas. Há exploração da vida privada das celebridades, as onipresentes câmaras de vigilância, os celulares com gps, toda sorte de traquitanas tecnológicas e etc.
O tema foi abordado magistralmente em "O Show de Truman", apesar do careteiro Carey, contando a história de um indivíduo seguido pelas câmeras do início de sua vida até a descoberta da farsa em que fora metido. O filme é muito bom, mas traz uma série de dilemas éticos. E cabe discuti-los agora, pois os cientistas estão copiando a arte e criando seus showzinhos.
Deb Roy, do MIT, por exemplo, utilizou a própria família, em especial o filho, em um experimento de acompanhamento de como a fala humana desenvolve-se.
O primeiro dilema é quanto a utilização de desavisados para experimentos. Quem tem o direito de decidir pela participação de outro em algo como o acompanhamento proposto por Roy? É lícito observar atentamente crianças para fins científicos? O bem da humanidade ou da ciência está acima da privacidade dos incapazes (no sentido jurídico, de quem não podem decidir por si)?
O segundo é quanto a possibilidade de ocorrer prejuízo à interação social. Não agimos da mesma forma ao sabermos ser filmados e ao imaginarmos que não. Os envolvidos em tais experimentos serão moldados em um ambiente artificial, com consequencias desconhecidas.
Por último, a segurança dos dados. Ter a existência toda documentada é um perigo para quem ama a liberdade. Não é por acaso que os regimes totalitários esmiuçam as vidas de sua população. Informação é poder, e acesso a todas as informações de um indivíduo significa poder total sobre ele.
Será que teremos que seremos obrigados a sermos atores da nossa vida, no mal sentido?
Que acham?

Excelente ponto do Not Tupy

Obama é inimputável.
Por tudo, mas principalmente sua cor de pele, o novo presidente dos Estados Unidos da América tem imunidade legal na prática, como os déspotas do passado.
Espero que esteja errado, mas isso não tende a acabar bem.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Visionários, sobretudo

Pode-se acusar nossa classe política de tudo, menos de não pensar no futuro.
Virgílio mostrou que é da categoria, disse que pagará por verba utilizada por seu assessor enquanto não trabalhava. Sempre o futuro.
O passado não importa muito. Enquanto fustigava Sarney e Agaciel não comentava de seus erros também. Para ele e a grande maioria de seus pares, o melhor seria que o pretérito não existisse.
Mas ele está aí, assombrando a todos.
Quando será que teremos o presente como foco?

Observação: há uma grande exceção à regra. Lula "nunca antes neste país" tem olhos voltados para trás. Tudo é comparação com seu antecessor. Como vemos, o equilíbrio é algo que realmente não existe aqui.