sábado, 30 de outubro de 2010

"Não é a toa que os macacos se parecem tanto com os homens"

"Só dizem bobagens."
Essas, entre outras, são frases que podem levar ao veto do livro Caçadas do Pedrinho nas escolas públicas.
Que mais dizer, prova irrefutável de preconceito do autor.
Só me estranha de onde saiu a denúncia, pois deveria ter vindo da Sociedade Protetora de Animais. Todos sabem que que macacos não falam, quanto mais bobagens, portanto não poderiam ser comparados a esses tais de homens. É uma comparação muito pejorativa.
Pelo menos algo de bom certamente sairá dessa confusão. O título passará a ser um dos mais procurados nos sebos e, quiça, poderá ser reeditado para que novas gerações não digam tantas besteiras no futuro.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

E por falar em samba

Há dez anos, por volta desta época, eram feitos os preparativos para a viagem de formatura da turma de 1997 do Esporte-USP.

Novas mentiras com pernas longas

Versão samba.



Mas, em mentiras do samba, acho que essa cairia melhor aos que apóiam Dilma.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Atrasado, mas citado

Já citada em outrora, demorei para dar-me conta de que foi ontem o aniversário de "De Volta para o Futuro", que é dos hoje filmes de Sessão da Tarde que pude acompanhar quando era de Tela Quente. Assisti, inclusive, aos episódios II e III no cinema.
Tivesse um DeLorean daqueles, poderia sanar minha falta. Não tendo, atrasada, fica aqui minha homenagem à trilogia que nos ofereceu Doc Brown e Marty Calvin Klein.





terça-feira, 26 de outubro de 2010

Erro de definição

Se Augusto Nunes quer classificar a morte de Celso Daniel como um crime político, é uma grave falha de lógica. Políticos são os crimes exercidos por motivações de ganho de poder. Esse, por qualquer ângulo olhado, foi cometido para ganhar, ou permitir que se continuasse ganhando, dinheiro.
Acreditando-se na versão inicial, tentativa de sequestro seguida de assassinato, os criminosos estariam em busca de resgate. Pela nova proposição, que levou ao indiciamento de uma série de integrantes da alta elite empresarial de Santo André e um alto funcionário do Palácio do Planalto, queriam impedir que a fonte de corrupção secasse.
Não é apenas por ser, possivelmente, praticado por políticos que um crime deve levar essa adjetivação. O termo já é judiado demais pelos que o ostentam no Brasil. Não vamos esculhambá-lo ainda mais.
Seja quem tenha puxado o gatilho e a mando de quem for, trata-se de uma cadeia formado apenas por bandidinhos comuns, não importa o montante de recursos, financeiros ou de poder, que consigam manipular. Como para qualquer dos seus companheiros ladrões de galinha, cadeia neles.
O PT estaria, então, corretamente chamando de crime comum. Demonstraria, portanto, que a linha é tênue entre os tipos de criminosos, caso a última versão conhecida prove-se verdade.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

No Brasil, a mentira tem pernas longas

Mentiras viajam ao infinito e além, o que realmente foi dito, nem é citado.
a The Economist acredita que Serra seria:

Não vi ninguém mandando correntes com a opinião verdadeira da revista.
Por que será?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Momento enxaqueca

Bem, nos meus muitos momentos de ranzinzice devo lembrar o garoto no vídeo abaixo.
Esse é um deles. Fico muito incomodado com o uso que o jornalismo anda fazendo do termo suposto. Coisas suposto agressor, suposto meliante e suposto criminoso estão pipocando no noticiário policial, quiça no político. Entendo o medo que os redatores têm de ser processados e conseguirem muita dor de cabeça por esse motivo.
Algo que não entendo é a utilização em orações como essa: Suposto surto de cólera deixa 140 mortos no Haiti. Qual seria o alvo da suposição o surto ou a cólera?
Lendo a matéria, fica claro que há um surto, mas apenas a suspeita de que seja cólera a causa. Por que o maldito suposto aparece ligado ao surto então, raios?
O grande Abelardo Barbosa iria adorar essa manchete. Como diria ele, "eu vim para confundir, não para explicar".


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sobre mentiras e mentiras

Uma vez fiz uma pergunta a um ex-postulante ao governo de São Paulo (via Twitter, claro), mas parece que não é apenas ele que tem problemas com o significado das palavras.
O presidente de honra do PT, que calha de ser o presidente de fato e de direito do Brasil, embora parece que ele não liga tanto para esse cargo, já havia provado que não sabe o que é decoro, mas demonstrou hoje não ter muita noção do que é honra também.
Deve ter visto este vídeo:



E soltou a língua, como de hábito.
Pensemos um pouco, porém. Sendo presidente de honra do partido, Lula deveria ao menos desculpar-se por pessoas ligadas ao PT procurarem fazer barricada contra uma passeata de outra agremiação. Impedir a campanha alheia é uma grande mostra de truculência e intolerância. Causar situação de confronto físico é apenas um agravante.
Jogar objetos em outros é uma violência seja qual for a "arma". Fosse apenas uma bolinha de papel não seria mais bonito por isso. Entretanto não foi.




Será que o presidente de honra ligou para o seu adversário para desculpar-se pelo o que seus correligionários fizeram e, principalmente, pelo que acusou o seu adversário?

Sinceramente não sei se a honra é tanta.

Roupa suja lava-se em casa?

Não para este apresentador de telejornal:




Não é mesmo, Cléber?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vivendo e aprendendo com o Chile

A novela da libertação dos mineiros encarcerados em uma mina no Chile trouxe-nos uma série de ensinamentos, para mim um deles foi linguístico.
A ampla utilização do termo herói para designar os trabalhadores incomodou-me durante um bom tempo. Para mim, só poderia ser considerado um heróis aquele que colocasse sua vida em risco pelo dever ou beneficiando outros, como, digamos, os paramédicos que desceram ao fundo da mina para verificar a saúde dos homens que começaram a ser libertados ontem.
Ocorre que, segundo o Houaiss, é herói também quem suporta exemplarmente uma sorte incomum, e é nesta segunda categoria o emprego que está sendo feito pela imprensa internacional.
Há sempre quem poderia dizer que todos aqueles mineiros poderiam ser categorizados como o primeiro grupo também, afinal trabalhar a 700 metros de profundidade sempre envolve riscos, mas, sejamos francos, a maioria das pessoas que exercem essas profissões de alto risco são mais sem juízo do que com coragem.
Dada minha leve claustrofobia, não enfrentaria a situação nem por falta de juízo, tenho maneiras mais seguras de mostrá-la, nem por excesso de coragem. Seguramente nunca serei chamado de herói por viver situação semelhante.

Demora, mas a verdade aparece

Dêem uma olhada nisso:



Agora leiam o que vem à baila no Blog do Noblat.

Perceberam? Mais uma finta do nosso grande orador.

Será que mentia à época ou mentem agora?

De qualquer forma, só há algo irrefutável. O Bolsa Familia é uma junção de vários programs do governo anterior, mesmo que a petistada envolvida na campanha finja esquecer e queira negar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O "crime" compensou

Meu desejo era que estratégias como a inclusão de celebridades como Tiririca não fossem efetivas, mas, ao menos para os que usaram o simbólico palhaço, parece que essas continuam sendo um sucesso.
Considerando um coeficiente eleitoral de 300 mil votos, os pouco mais de 5oo mil votos alcançados pelos políticos do PR seriam suficientes para uma cadeira na Câmara Federal ou, no máximo, duas, a depender das complicadas equações dos restos eleitorais. Somando-se os 1,4 milhão de Tiririca e outras celebridades conseguiu-se elevar a marca para quatro. Contando-se que o palhaço levou uma, dois ou três "republicanos" foram no bolo, além de mais um ou dois da coligação.
O "crime" compensou.
Como único fator a ser comemorado é que o buraco negro político Tiririca sugou a maioria dos votos que são destinados às celebridades toda eleição e nos livrou de uma série de artistas decadentes como legisladores. Comemorado, mas não celebrado. Longe do Congresso, estrelas do porte de Agnaldo Timóteo e Frank Aguiar voltarão a atentar contra nossos tímpanos.
Não se pode ter tudo na vida, porém algumas escolhas são piores que a de Sofia.