terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um contra todos. Ou: Faltarão fiscais.

Andando pelas ruas hoje dou de cara com uma manchete, acho que do Diário de S. Paulo: "Proibição dos celulares em banco é só no papel". Ou algo assim.
Curiosamente, antes da caminhada, estava no Metrô lendo um texto curto chamado "O que torna as leis efetivas", que pregava que o sistema legal não deve ser uma luta do Estado contra a sociedade.
Lembrei-me de texto meu do passado, também curto, sobre o mesmo assunto.
Vamos, então, a uma citação,
"Não há prisões suficientes, policiais suficientes, tribunais suficientes para impor uma lei que não é apoiada pelo povo". Hubert Humphrey.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O modo brasileiro de fazer as coisas

Enquanto em locais menos do futuros e mais do presente planejam antes de fazer as compras governamentais, no Brasil acontece isso:
Esperam o aparelho chegar no hospital e ocupar espaço preciosos para depois efetuar reformas estruturais necessárias.
Deve ser para não errar nas medidas, não é mesmo?

E a respeito da postagem de ontem

Gostaria de postar um pequeno trecho do livro The Rise and Fall of the Great Powers, de Paul Kennedy, mostrando como mais dinheiro para governos resulta, geralmente, em mais desperdício,em um círculo vicioso. Isso foi o que fizeram com o Tesouro espanhol:

"Only by the desperate measure of confiscating the treasure from the Indies and seizing all specie in Spain could the monies be found to support the war against the Protestant princes. His 1552 campaign at Metz cost 2.5 million ducats alone—about ten times the emperor’s normal income from the Americas at that time. Not surprisingly, he was driven repeatedly to raise fresh loans, but always on worse terms: as the crown’s credit tumbled, the interest rates charged by the bankers spiraled upward, so that much of the ordinary revenue had to be used simply to pay the interest on past debts.24 When Charles abdicated, he bequeathed to Philip II an official Spanish debt of some 20 million ducats. Philip also inherited a state of war with France, but one which was so expensive that in 1557 the Spanish crown had to declare itself bankrupt. At this, great banking houses like the Fuggers were also brought to their knees. It was a poor consolation that France had been forced to admit its own bankruptcy in the same year—the major reason for each side agreeing to negotiate at Cateau-Cambresis in 1559—for Philip had then immediately to meet the powerful Turkish foe. The twenty-year Mediterranean war, the campaign against the Moriscos of Granada, and then the interconnected military effort in the Netherlands, northern France, and the English Channel drove the crown to search for all possible sources of income. Charles V’s revenues had tripled during his reign, but Philip II’s “doubled in the period 1556–73 alone, and more than redoubled by the end of the reign.”His outgoings, however, were far larger. In the Lepanto campaign (1571), it was reckoned that the maintenance of the Christian fleets and soldiers would cost over 4 million ducats annually, although a fair part of this burden was shared by Venice and the papacy. The payments to the Army of Flanders were already enormous by the 1570s, and nearly always overdue: this in turn provoking the revolts of the troops, particularly after Philip’s 1575 suspension of payments of interest to his Genoese bankers."

Será que podemos esperar melhor sorte dos Estados modernos na gestão do público?
Até o momento, nada me leva a crê-lo.

domingo, 28 de agosto de 2011

Mergulhemos no populismo ...

Ou usemos o pouco que nos resta de racionalidade?
Na Europa, principalmente, e nos Estados Unidos, forma-se no ar o espírito de que os ricos devem ser sobretaxados para que os Estados nacionais paguem suas dívidas.
Pergunto-me, devemos tirar patrimônio dos que comprovadamente gerem bem o seu para regar os cofres de quem, por razões políticas (populismo, no português claro), encalacrou-se em uma situação pré-falimentar?
Se os Estados nacionais soubessem usar bem o dinheiro do qual dispõem não estariam na situação na qual se encontram e as vidas de seus cidadãos seriam muito melhores.
Pode pegar bem com os eleitores esse onda redistributiva, mas está pra nascer uma situação entre "roubar" dos ricos para "dar" aos pobres realmente funciona. Robin Hood só é bom na ficção, e mesmo assim lá ele é contra o governo vigente.
Na vida real a "estorinha", e a história assim o demonstra, acaba sempre em pauperização de todos menos uma classe; a política.
Se Warren Buffet, porém, quiser doar toda a sua fortuna para o governo de seu país, que doe. Ele é livre para tal e deve saber o que está fazendo.

Como a coisa já não estava feia o bastante...

Com isso, aparece agora um desses na parada.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Coroação de uma personalidade

Em um mundo em que a pessoa vale pelo que produz, o bom e velho capitalismo, foi extremamente lisonjeira a reação que os mercados tiveram à decisão de Steve Jobs de afastar-se da presidência da Apple. Tanto as ações da companhia tiveram uma forte queda, mais de 5 %, quanto as das efetivas fabricantes de suas engenhocas. Demonstra que os acionistas acreditam que Jobs sozinho vale mais de 20 bilhões de dólares.
Justo. Se até a gigante Google resolveu mimetizar a Apple, e rumores afirmam que a Microsoft seguirá o mesmo passo, o estrategista por trás do avanço da companhia que há uma década e meia estava entre as perdedoras do mundo da tecnologia e hoje consegue figurar entre as Top 3 em valor de mercado deve mesmo ser celebrado.
Com o perdão do péssimo trocadilho, Good Jobs, Steve.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Das páginas da penúltima Foreign Affairs

A respeito da inovação em geração de energias alternativas:
"But overall, the picture is grim. This is true not only for the United States but also for the rest of the world, because the market for clean-energy technologies is global. Whether this shakeout will strengthen or weaken the clean-energy industry will depend on how policymakers, notably in the United States, prepare for it. The root cause of today's troubles is a boom-and-bust cycle of policies that have encouraged investors to flock to clean-energy projects that are quick and easy to build rather than invest in more innovative technologies that could stand a better chance of competing with conventional energy sources over the long haul. Indeed, nearly seven-eighths of all clean-energy investment worldwide now goes to deploying existing technologies, most of which are not competitive without the help of government subsidies. Only a tiny share of the investment focuses on innovation."
Como de costume, o governo não favorece a inovação neste caso, apesar da enorme propaganda em contrário.
Se você for depender do governo para grandes revoluções científicas, morrerá esperando. Ele é, razoavelmente, bom para fomentar mudanças incrementais. Para algo realmente inovador, sinto informar aos anti-mercado, têm que se contar com a iniciativa individual.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pode não ser ilegal

Mas certamente é imoral e engorda, pois não deixa que os ocupantes façam atividade física e atrapalha serviços essenciais de um dos estados mais pobres da União.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lobby da internet

Essa nova lei das Tvs a cabo só pode ser uma forma de obrigar os espectadores para o streming via web. Se os canais 100% têm aquela audiência que todos sabemos agora que geralmente são de graça na grade das operadoras, por que alguém ira pagar para ter que os engolir?

domingo, 7 de agosto de 2011

A que ponto chegamos?

Quando um veículo sabidamente, para ser brando, lambe-botas do petismo publica uma carta como esta, é porque as besteiras cometidas foram grandes demais.
Em breve haverá quem peça por controle da mídia internacional e denunciará uma seção internacional do PIG.

sábado, 6 de agosto de 2011

Pra variar

Uma vez que digo o mesmo faz algum tempo, não posso deixar de recomendar o artigo do Depósito de ... .
Vejam que há, algumas vezes, coisas com a qual concordo mesmo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sobre a microrreorganização tributária

Sobre as medidas de desoneração da folha de algumas indústrias escolhidas, devo dizer que sou favorável a não ser por um importante detalhe, de ter sido feita em apenas algumas indústrias escolhidas.
Sou favorável à tese de que somente nos desenvolveremos de fato quando os consumidores tiverem ampla liberdade de escolha em como usufruírem do produto de seu trabalho. Onerações da folha, sejam por qual motivo forem, suprimem esse direito do trabalhador e minam o livre mercado, inclusive incentivando os empresários a gerar menos empregos.
Como não foi generalizada e seguiu-se à um aumento dos impostos sobre o faturamento das empresas beneficiadas, essa microrreorganização tributária leva um 6,5 na minha avaliação. Nada genial, mas para a média do governo é uma melhora marcante.