quarta-feira, 17 de julho de 2013

Resposta à comentarista

Ontem postei isso no Facebook:

Hoje foi criado um grupo de trabalho para discutir detalhes de como será o programa " Mais médicos". É assim que funciona o planejamento da "grande gestora"; toma-se uma decisão idiota e depois se tenta justificar:

Hoje chegou isso como resposta:

Vc acha que nao precisamos de medicos? Que o que temos e suficiente ? Realmente vc acha que nossa elite medica tem algum interesse rm trabalhar nas areas de periferia e carente?Temos varios problemas em infraestrutura..mas nao temos medicos. Nem qualidade no atentimento ..essa e uma realidade inquestionavel.

Bem, comentarista, acredito que você fez inferências e generalizações um pouco além do que as minhas poucas palavras podem levar a supor, mas, como são escassas as possibilidades de discutir com o público leitor, já que poucos me levam a série e se dignificam a comentar, tentarei responder suas questões ponto por ponto.


  1. Não acho que precisamos de médicos e sim de um atendimento à saúde. Se esse atendimento vai ser fornecido por um médico, um bacharel em Esporte ou um jornalista, o que me importa é que seja feito. O fato é que não há esse atendimento atualmente.
  2. Não tenho a menor ideia se o número de médicos existentes no Brasil é ou não suficiente para o tamanho da população.
  3. Não acredito que a nossa elite médica tenha interesse em trabalhar nas áreas periféricas e carentes, pois eu também não gostaria de fazê-lo caso estivesse na situação deles.


Quanto às suas afirmações.
Se não temos qualidade de atendimento, não temos infraestrutura condizente e nem médicos suficientes, como coloca, o que tem isso a ver com o fato do programa "Mais Médicos" ser uma decisão idiota?
Ele não garante a melhora da qualidade de atendimento, da infraestrutura e, pior, nem tampouco da quantidade de médicos.
Falar que criará faculdades de medicina no interior do país não faz com que tenhamos médicos de qualidade e nem com que os médicos fiquem presos no local onde cursaram sua faculdade.
Aumentar a duração do curso não gera mais médicos no futuro, ao contrário gera menos.
Garantir o acesso dos médicos estrangeiros ao mercado nacional não faz com a qualidade do atendimento e a infraestrutura melhorem tampouco. Eles tenderão a ir para os locais que oferecem melhor condição de trabalho também.
Mas, pera lá, dirá você, eles, pré-médicos nacionais e médicos estrangeiros, serão obrigados a ficar em uma certa localidade. Bem, responderei, sou contrário ao regime servil, por razões morais, e não acredito que alguém obrigado a ficar em um lugar que não deseja fará um atendimento, como diria a Chiquinha, supimpa.

De qualquer modo, verá, ao reler meu comentário, que não estava criticando a situação da saúde nos locais carentes do país, que é, por sinal, muito criticável, mas a ação de marketing que se faz passar por plano governamental.
Como pode observar pelo que comentei anteriormente, não acredito que o programa tenha qualquer futuro na forma como foi divulgado até o momento, tanto é assim que foi criado o grupo de trabalho para tentar criar um projeto de verdade. Lançar uma medida provisória com ações que não se sabe como serão estabelecidas, ou ao menos elaboradas, é só mais uma mostra de autoritarismo ilimitado. Factóide puro.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Como disse há oito anos ...

...Tecnologia reduz os custos médicos, não aumenta.
Vindo da Bélgica, temos mais um exemplo disso.
Resta saber se ela será usada e contribuirá para o progresso da humanidade, pois, como sempre, os "perdedores da rodada" espernearão bastante.