Já disse ser a favor e no Valor Econômico de sexta-feira há reportagem dizendo que os exportadores estão animados com o programa ( para assinantes, aqui), mas não consigo ficar animado exultante com com a desoneração fiscal da folha salarial.
Ela chegou muito tarde, quando seus efeitos serão limitadíssimos, mais amenizando temporariamente tendências estruturais do que resolvendo problemas dos empresários.
Se é fato que o Brasil encontra-se em pleno emprego, medidas como essa podem causar redistribuição dos ganhos de produtividade e não diminuição dos custos efetivos das empresas. Elas acabarão pagando salários maiores e anulando os ganhos fiscais. Isso me parece bom para o trabalhador, porém tende a gerar mais importação ao invés de aumentar competitividade.
E quanto à importação, o aumento de um tributo para "equalizar" a competitividade brasileira e estrangeira vai causar um aumento de preços para o consumidor final.
Deste modo, é mais uma medida que chega quando é menos necessária, mostrando a falta de agilidade dos governos brasileiros.
Mas, convenhamos, é melhor do que nunca.
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