terça-feira, 28 de maio de 2013

Enquanto algums...

... ficam pensando, outros vão fazendo.
Será que nosso governo nunca ouviu falar de coisas simples como o PayPal ou é só desejo de controle mesmo.

Seletividade religiosa

Tempos atrás, assisti na tv a uma reportagem sobre os judeus ultra-ortodoxos em Israel que decidiram usar apenas celulares que não possuíssem acesso à internet, pois essa pode levar aos pensamentos impuros.
Um colega judeu falou-me certa vez da maior sinagoga de São Paulo, na qual o elevador parava em todos os andares para evitar que os ocupantes precisassem apertar o botão, trabalhando durante o Sabah.
Agora vejo a descrição de Paulo Almeida de uma comunidade menonita situada nos Estados Unidos.
Todos têm o direito de usar as tecnologias que melhor os aprouver, mas o discurso religioso por trás desta seletividade é tudo menos totalmente hipócrita. Dizer que a internet é mais maléfica do que o sms, que o uso de gás é menos prejudicial do que o de eletricidade ou que apertar um botão é trabalho enquanto se deslocar até o elevador não, não fazem o menor sentido lógico e, suspeito, teológico.
Quem quer viver no século XVII ou anterior por motivos ideológicos ou religiosos que faça direito e esqueça todas as modernidades da atualidade, se puderem.
Qualquer outra atitude é mimimi.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Potencial novo ministro do Supremo

Uma vez que não poderei opinar, não me importa muito quem é Luís Roberto Barroso, mas algo me incomoda nos processos de decisão do meritissíssimos, a falta de padrão temporal.
Se os demais indicado por Dilma levaram meses para serem escolhidos, por que Teori Savascki surgiu a toque de caixa em pleno julgamento do mensalão?
 Mudanças claras de padrão costumam ser fruto de intencionalidade e, muitas vezes, más intenções.
Até agora, nada mostrou que essa minha pulga atrás da orelha possa ter alguma razão.
Mas ela segue mordendo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Não nos representa?

Boa constatação do Noblat, a auto-desmoralização do Senado, mostra que isso que está aí, e que insistimos em manter, infelizmente, representa-nos à perfeição: muita falação, pouca ação e genuflexão para os mais poderosos.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Decadence avec elegance

Como espera o colunista da "The Economist", talvez as envelhecidas populações dos países ricos podem ter uma mãozinha dos robôs em um futuro próximo:
"Babbage expects Japanese robot-makers to be flooding America and other export markets with cheap, single-purpose caring machines before the decade is out. As far as he and his ageing circle are concerned, they cannot come soon enough"
Aqui não esperemos isso tão cedo, pois o lobby das indústrias vai exigir defesa comercial para as indústrias "nascentes" e ficaremos com algo como isso.
E sans elegance.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Habemos carsharing

Para diminuir o prejuízo, já podemos contar com carsharing, o que, na minha ignorância, não sabia.
O método não é o melhor do qual já ouvi falar (esse, por exemplo, parece muito superior), mas já é um começo.
E, aos poucos, a tecnologia chega também a essas paragens.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Joga fora que não é meu

Pelas contas da ESPN, nele foram gastos 2,4 bilhões, transformando-o em um dos mais caros do mundo. Acredito que a estimativa da emissora é muito conservadora, pois não leva em conta o valor do terreno e o que havia antes no lugar do Maracanã remodelado (algo deve ter sobrado, ou seria reconstruído, não?).
Teco Medina, economista, partindo de uma conta bem mais modesta, acha um absurdo o contrato fechado com os novos administradores do estádio, como vocês podem ouvir no player abaixo, pois remuneraria o estado do Rio com apenas 5 milhões de reais anuais. E, levando-se em conta prováveis investimentos no imóvel, ficaria em algo como 700 milhões



Como todos sabem, o aluguel de um imóvel costuma partir de 0,5% ao mês de seu preço de venda. Utilizando a conta da ESPN, um valor justo seria de 12 milhões POR MÊS. Mais de 5 bilhões no decorrer do período. Pelo valor apresentado pelo governo carioca, e utilizado pelo economista, algo como a metade disso.
Isso mesmo, ainda que se descontasse o valor das obras de investimento nas melhorias do estádio, o consórcio estaria em um lucro econômico entre mais de 4 bilhões, na hipótese moderada da emissora esportiva, e um pouco menos de 2 bilhões, nas contas do governo carioca,.antes de fazer qualquer coisa. Lucro que pode aumentar muito caso uma administração competente crie um giro de caixa descente no antigo monumento do futebol.
Mas, diriam, alguns, e se o consórcio está oferecendo apenas isso porque é o que realmente vale? Aí chegaremos à hipótese de que criou-se um grande elefante branco e jogou-se dinheiro pelo ralo.
Concluindo, ou se gastou mal ao construir, ou se alugou a preço irrisório ou uma mistura dos dois e, portanto, o Estado brasileiro é uma mãe mesmo, pena que não para a população em geral, mas apenas para uma pequena parcela de rentistas influentes.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

terça-feira, 7 de maio de 2013

Servos cubanos?

É normalmente inútil criticar anúncios de governos, pois eles tendem a entrar para a história apenas como isso mesmo, anúncios, mas esse traz tantas questões problemáticas que serei obrigado a comentar.
Começa pela simples derrubada do sistema brasileiro de ensino superior. Não existe, até onde sei, reconhecimento automático de diploma estrangeiro neste país. E, para praticar a medicina, é necessária a posse de um diploma reconhecido pelo Mec (não que eu seja favorável a isso, como já afirmei aqui e aqui e umas tantas outras vezes em todos os meios aos quais tive acesso). Como eles resolverão esse probleminha? E será apenas para os cubanos? É o sistema de ensino de lá reconhecidamente melhor do que no resto do mundo?
Continua com o acerto, entre governos, de um número certo de imigrantes. Não têm os fulanos a possibilidade de negar a vinda. São os médicos cubanos conscritos para não poderem recusar entrar nas roubadas que os brasileiros não querem. São escravos do Estado castrista (sim, seria meu chute).
E, finalmente, uma vez aqui, não lhes será facultada a possibilidade sair da roubada? O reconhecimento do diploma  e o visto serão condicionados à permanência em alguma localidade erma? Estaremos recriando a categoria de servo feudal no século XXI?
Sou favorável a uma maior abertura do mercado de trabalho brasileiro a profissionais qualificados, porém esse casuísmo é injustificado. Se os brasileiros que podem optar não querem ir para aquelas localidades, o ideal seria que as condições delas fossem melhoradas, não que se produza uma gambiarra que fortaleça um regime "amigo".
Mais uma vez, diante de um problema complexo, a solução simples e errada foi sacada do bolso.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

No entanto

Dizem que para cada unidade investida em saneamento básico, quatro são economizadas em despesas de saúde. No TEDTalk aqui em baixo, o palestrante afirma que cada dólar investido em pré-escola retorna três para a comunidade.
No entanto, o Brasil segue sem um ou outro.
O palestrante afirma que grande parte da razão pelos EUA não possuir um sistema universal de pré-escolas é a notória, segundo ele, orientação americana pelo curto prazo. Fico curioso em saber o que pensaria sobre a orientação brasileira.
Na semana em que se discutirá a morte de um notório Matemático, talvez fosse importante fazer algumas contas e perguntar-se se não estamos jogando fora dinheiro demais ao não cobrar nossos representantes eleitos de investimentos bem pensados.
Afinal, dinheiro parece não ser o problema.