quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Fuma, desgraçado

O Hômi não foi parar no UPA, mas no hospital chique de Recife, caso clássico de hipocrisia, mal muito mais crônico, no caso, do que hipertensão.
Dados os motivos normalmente alegados para uma crise de pressão alta, como excesso de trabalho (impossível) e muito stress, só posso acreditar que a causa só pode ser o vício do presidente.
Então o meu conselho é o seguinte: fuma mais, desgraçado, fuma.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Um antes e outro depois

Vídeo bacaninha que antevê a dor de cabeça que sentiremos devido a nossa política "anticíclica".
Preparem a medicação contra ressaca.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dirigindo por São Paulo ...

Durante a chuva de domingo, perguntei-me:
Que fazem os britânicos que ainda não lançaram esse carro por aqui ainda?
Ganhariam fortunas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Resultado de inúmeras revoluções

Nessa semana, ouviu-se muitas elegias ao povo haitiano devido a suas muitas qualidades - criatividade, amabilidade, etc - e, sobretudo, por ter sido o primeiro país onde se concretizou uma revolução social nas Américas, tendo os escravos sobrepujado seus senhores na Revolução Haitiana, que, durante décadas, atemorizou donos de escravos por todo o mundo.
Parasse por aí, tudo bem, haveria nobreza de propósitos e grande número de beneficiados, mas a coisa virou uma revolução permanente, com resultados muito distintos, para não variar, dos esperados pelos teóricos socialistas.
Uma revolução é, tirando prováveis exceções que não me recordo agora, o pior que pode acontecer para um povo. Sempre leva a matanças e anarquia - também chamada de Estado de Natureza ou lei do mais forte -, mesmo que momentâneas.
Tomando emprestadas as palavras de Maílson da Nóbrega:
"No mundo, três transformações radicais sobressaem: (1) a Revolução Gloriosa (1688), que extinguiu o absolutismo inglês e levaria a Inglaterra à Revolução Industrial; (2) a Revolução Americana (1776), da qual surgiria a maior potência no século XIX; e (3) a Revolução Francesa (1789), a profunda mudança que substituiria os privilégios da nobreza, do clero e dos senhores feudais pelos direitos inalienáveis dos cidadãos.
Nada desse porte aconteceu no Brasil, nem agora nem antes. A independência foi declarada por dom Pedro, representante da metrópole. A República nasceu de um golpe de estado dado por Deodoro da Fonseca. A Revolução de 1930, a única que talvez possa ter esse título, promoveu mudanças, mas não daquela magnitude. Aqui não se viram rupturas nem violências. O regime militar findou sob negociação.
"
Essa aversão nacional à revolução, apontada por muitos como conservadorismo excessivo, especialmente pelas correntes esquerdistas, podem ter ajudado a manter os padrões de dominação centenários, porém permitiu uma melhora continuada do padrão de vida desde que aqui nos instalamos. Se a velocidade e a justa distribuição dessa evolução não são como queremos, ao menos não houve recuos, o pior dos mundos.
Ansiar uma revolução para o Brasil é mais um mal que acomete os utopistas, que esperam sempre o melhor mesmo das piores coisas. Qualquer realista teria aprendido com o Haiti as mesmas lições que Roberto Pompeu de Toledo tirou.
É sempre bom pensar bem no que desejamos. Vai que se realiza. O Haiti poderia ser aqui, e poderá.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Duas dentro?

Tem toda a pinta de ser mentira, mas está lá escrito, em uma coluna de celebridades, antigamente chamada de fofocas, do Diário Catarinense, Lula teria um caso com Luiza Brunet. Está correndo a internet.
Sendo verdade, o presidente do nunca antes na história desse país destroça a concorrência de figuras ilustres como Clinton e emparelha com o Sarkozi. Seria a primeira bola dentro da semana, pois, se for para fazer errado, faça com estilo.
A segunda foi o de finalmente passar a tratar os militares mortos no Haiti com o respeito que merecem.
Caracteriza-se um recorde, então, nunca na ... eu elogie nosso primeiro mandatário por dois motivos diferentes na mesma semana.
É claro que o primeiro elogio está sub júdice, esperando confirmação factual, mas já é uma novidade e tanto.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Se até o pescoço não está bom

Tampa o nariz e mergulha.
Isso me faz lembrar outro texto velho, mas agora mais atual do que nunca.

Será que ele realmente acredita nisso...

... ou é apenas populismo barato?
Bem, o Obama quer aumentar impostos sobre os bancos. Seria uma forma de recuperar "cada centavo que o povo americano tem direito".
Tudo certo, justo, mas não o programa de resgate não se deu através de empréstimos?
É só cobrar as dívidas e as coisas estariam resolvidas, dentro da mais absoluta normalidade.
Da forma como apresenta-se essa nova taxação, parece ser um caso de revanche contra os banqueiros malvados. Nos sabemos, entretanto, quem sempre paga a conta dos tributos impostos aos empresários, não?
Sim, o cliente e, no caso de uma indústria tão ampla como a bancária, toda a sociedade dos Estados Unidos.
Começo a me perguntar se é só no lado de baixo do Equador em que não existe pecado.

Atualização de 16/01/10 - Mankiw observa algum sentido na taxação.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A resposta de Reinaldo Azevedo...

... para a pergunta do dia 5:
Porque somos uma república de bananas.
E, como todas as demais republiquetas do tipo, sofreremos durante gerações as agruras provocadas pelas escolhas pessoais de um mandatário.
Mas, ao menos nesse caso, não poderemos reclamar. Foi a maioria que escolheu a cabeça coroada.
O pior com exceção de todos os outros, como dizia Churcill, o sistema democrático nos prega dessas peças.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Fracasso? Infelizmente ainda não

A primeira semana já o indicava, o fracasso de bilheteria mostrava sua cara feia. O Lauro Jardim até apontou, hoje, possíveis razões para ele. Mas o problema é que o que é ruim para os bolsos dos produtores pode não ser para o financiador.
A louvação está feita, como vista no vídeo abaixo, e a falta de dinheiro tende até a acelerar a chegada da obra à TV.
Não ficaria admirado caso a Globo, que aparentemente já comprou os direitos de exibição, venha a exibi-lo uma ou duas semanas antes da eleição deste ano.
Já está provado que não temos um filme "oscarizável". Não temos um blockbuster. Será que teremos uma grande peça de propaganda?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Diversão à Italiana

Assisti, na sexta-feira, um remake da minha comédia preferida, O feitiço do tempo.
Intitulado Hoje é ontem, é algo totalmente inesperado, não é sempre que se refilma um grande sucesso hollywoodano em outro país, ou ao menos não é comum se encontrar essas obras na nossa TV, mesmo que por assinatura.
O enredo é o mesmo, mas as climatizações o fazem, na minha opinião, mais bonito. Sai Punxsutawney e entra Tenerife, o inverno é trocado belo verão e, consequentemente, as latinas mostram mais seus corpos do que as americanas. O homem do tempo vira um apresentador de filmes sobre animais.
A principal diferença é, no entanto, é a forma como Phill (ou Felippo) é apresentado. O italiano é muito mais sacana e seu "aprimoramento" é hedonístico.
Assistir aos dois filmes é educativo sobre como culturas distintas contam a mesma história. Principalmente porque a dita cuja é boa.

Refilmagem


Original

sábado, 9 de janeiro de 2010

Ele ainda chega lá

A corrida para o passado segue muito bem, mas em ritmos diferentes nas diversas áreas.
Se politicamente o governo Chávez espelha Vargas I, o ditatorial, economicamente ele apenas chegou ao de Dutra, com suas bandas cambiais e inflação acelerando.
Com a moeda valendo cada vez menos, é capaz de nosso caudilho conseguir fazer o país de Bolívar chegar ao período de escambo pré-colombiano. seria a concretização do sonho da irmandade bolivariana.
A ver, basta dar tempo ao tempo.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Até quando?



Você confiaria em um sujeito que não sabe bem o que está fazendo para cuidar dos freios do seu carro?
E em outro que sabe mais ou menos tratar de moléstias como seu médico?
Se em coisas pequenas como essa você não confia em quem não sabe bem como atuar, por que o fazer quando se trata de seu governante?
Ser ignorantes e mal-formados não é vergonha até o ponto em que não se teve oportunidade. Continuar sendo ignorante e utilizar desse fato para tirar atributos políticos após anos de vida boa e liderança popular é uma vergonha.
É um dos princípios do direito, aliás, que não se pode alegar ignorância para o descumprimento de uma lei.
Alegar não ter lido decreto que assinou, por qualquer razão que seja, é, simplesmente ridículo, mas segue sendo utilizado pelos próceres da República. Assino sem ler, arque com as consequências.
A questão do tal decreto polêmico é ainda mais grave. A rubrica, caso vivêssemos em um país sério, é motivo de impedimento ( ou impeachment ). Diz a Constituição que pode ser processado por crime de responsabilidade o presidente que comete ato que a atente contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais ou contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Mas não vivemos em um país sério, como já dizia o General francês.
Até quando aguentaremos a apologia da e pela ignorância?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Quanto à postagem de ontem

Perguntando-me sobre como um texto tão marcado de incoerências como o do assessor parlamentar pode causar tanta celeuma, só posso chegar a conclusão de que Alberto Mansuelti está certo: "... pero hay una no pequeña diferencia entre las ideas malas y las buenas: no corren la misma suerte ni obtienen el mismo reconocimiento, como el propio Mises experimentó en sus duros exilios y su azarosa vida profesional y universitaria (y Hayek hasta 1974, cuando obtuvo su medio Nobel). Las ideas malas van a favor de las naturales inclinaciones del hombre hacia el mal. En particular de la tendencia a abusar del poder, a incrementarlo, a robar y a hacer negocios a su amparo sin servicio a los mercados, y a imponer doctrinas desde las magistraturas públicas en lugar de predicarlas desde el llano. Por eso, para las ideas malas la acogida es buena, y porque se disfrazan de buenas. Y la mayor parte de las gentes las adopta con presta credulidad cuando se les ofrece “almuerzo gratis”, y cuando la demagogia halaga su orgullo y vanidad hablando de “las virtudes del pueblo” y nunca de sus defectos y vicios.
Las ideas buenas siempre hallan innumerables obstáculos y muy serias dificultades; y por ello requieren mayores esfuerzos, redoblados en todos los frentes: intelectual, académico, cultural, periodístico, eclesiástico, etc.; y sobre todo político, por el efecto demostración negativo que tiene su ausencia en el ruedo político."
Idéias ruins se propagam a uma velocidade estonteante, fazem sucesso estrondoso nas correntes de e-mail e viram bandeiras de esquerda.
As boas ficam relegadas aos desterro e exílio.

Mais dinheiro no bolso, melhor tratamento dos direito humanos?

A depender do que vemos em Uganda, parece que não.
O que será que os "progressistas" têm a dizer sobre o assunto?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O país não tem mais jeito mesmo

Um jornalista recebe um e-mail com dados supostamente de uma respeitada revista internacional e os publica como a prova "provada" de que o governo Lula é melhor do que o governo FHC, é desmascarado e sai-se com essa pérola, publicada no Blog do Noblat:
"Recebi os dados por e-mail e davam conta que eram da Economist. Realmente não me dei ao trabalho de ir na Economist e checar tudo. Mas, por outro lado, chequei os dados, fui em sites de pesquisa, blogs, no blog da Dilma, e vi que os dados eram verossímeis.
Por isso resolvi publicar o texto, pelo qual assumo toda a responsabilidade. O DIAP não tem nada com o artigo assinado por mim. Sou editor da Agência DIAP, institucionalmente, mas no caso do artigo a opinião é minha, não do DIAP.
Vou esclarecer o assunto, talvez num outro artigo. Vou falar que o mais importante para mim são os dados, que não são questionados. Todos estão questionando só a fonte, que para mim não é o mais importante.
Vou esperar um pouco para isso para não entrar no calor do debate. Vou esperar esfriar. Agora é hora de quem quiser dar sua opinião, concordando ou divergindo."
Um país no qual um sujeito como esse tal Marcos Verlaine, jornalista que publica coisas de ouvir falar sem checar se é verdade, pode declarar-se assessor parlamentar está mesmo perdido. Imaginem o que ele passa aos nossos representantes, coisas tipo - olha deputado, o Zé da Esquina prova por A mais B que a vida da nação piorou porque o pingado da padaria estava frio.
Mas o pior não é isso, é ir ao tal texto, já modificado, aparentemente, e ver as tais 20 comparações que apavorariam os tucanos, os "dados inquestionáveis". Cheguei à conclusão de que se estes dados não foram questionados é simplesmente porque ninguém da hoste inimiga achou-o digno de resposta, por totalmente irrelevante.
Sendo eu, também, um jornalista e analista político irrelevante procurarei demonstrar aqui os erros do artigo utilizando método igual ao de Verlaine, qual seja, de orelhada, tirando dados da minha cabeça.
Vamos lá, no meu primeiro vermelho-e-azul - em homenagem explicita a Reinaldo Azevedo:

Nos tempos de FHC, o Risco Brasil estava em 2.700 pontos. Nos tempos de Lula, 200 pontos.

Ou autor não sabe o que é Risco Brasil ou finge não saber. O tal índice é dinâmico, mostrando a propensão da dívida externa ser paga, demonstrada pelos detentores dos títulos, variando no tempo conforme os cenários políticos e macroeconômicos vão se apresentando. Tanto não existe um valor para os "tempos" FHC ou Lula quanto os pontos apontados erroneamente como síntese dos períodos não retratam uma média. Os 2700 pontos ocorreram quando ficou claro para os mercados que Lula seria eleito e os 200 quando esses se certificaram de que o bicho era feio, porém propagava uma política mais realista, ou "neoliberal", do que a do rei.

O salário mínimo quando Lula assumiu a Presidência da República, em 2003, estava em 64 dólares. Agora, está entre 290 e 300 dólares.


O homem é ruim de conta, o salário mínimo é, hoje, quase 269 dólares ou utilizando-se o câmbio apontado por Verlaine no "dado" seguinte, pouco mais de 261. Isso não é, no entanto, o pior, ele é ruim de lógica, ao querer comparar preços de dados que não são intercambiáveis com outros que são. Salários reais podem ser comparados apenas pelo custo de vida em dados momentos em dada localidade, do contrário trata-se apenas de curiosidade ao estilo Jack Palance.

O dólar que valia R$ 3, agora vale R$ 1,78.


Outra vez o desafortunado autor usa dados dinâmicos como se estáticos fossem. Durante o governo FHC o dólar variou de menos de R$ 1 a quase R$ 4, escolham o momento que mais lhe agradar para comparar.


FHC não pagou a dívida com o FMI. Lula pagou-a em dólar.


Dois fatos incontestáveis apresentados acima. FHC não viu necessidade de saldar uma dívida mais barata do que a interna, enquanto Lula resolveu trocar papéis externos mais baratos por internos mais caros, saldando uma dívida em dólar, a única forma de fazê-lo, diga-se de passagem, já que era essa a moeda em que ela estava escrita.


A indústria naval, tão importante para o desenvolvimento do País, FHC não mexeu. Lula reconstruiu.


Caso conseguisse mexer a indústria naval, FHC deveria candidatar-se a Deus, não a presidente. Caso opta-se em mexer na, escolhendo vencedores, pratica bem ao gosto dos "desenvolvimentistas", desperdiçaria milhões de reais e atrasaria o desenvolvimento da indústria petrolífera, como de fato ocorreu no governo Lula, no qual a curva do aumento da produção de petróleo inflexionou para baixo.


FHC não construiu nenhuma nova universidade. Lula construiu dez novas universidades federais. Quanto às extensões universitárias, no governo do tucanato não houve nenhuma. No governo Lula foram 45.

As escolas técnicas foram esquecidas na era FHC. Ele não construiu uma sequer. Lula construiu 214.


As duas comparações acima demonstram o quão desvinculado do meio educacional o autor é. Apesar de não dispor de dados sobre o número de escolas técnicas e universidades criados por cada um dos governos, sei que nem umas nem outras são construídas como a uma estrada, mas consolidadas com o trabalho de gerações. No caso das universidades esse é ainda mais visível, pois estas possuem autonomia formal e, uma vez criadas, caminham por suas próprias pernas.


No campo da economia, as reservas cambiais no governo FHC foram 185 bilhões de dólares negativos. No governo Lula, 239 bilhões de dólares positivos.


Definitivamente ele não sabe o que é um dado dinâmico e, pior, acredita haver reservas cambiais negativas. Tentando entender o incompreensível, e tomando por fluxos cambiais a ideia do que pretendia expressar Verlaine, ainda assim apresentam-se errados os números.


O crédito para o povo/PIB no governo tucano foi de apenas 14%. No governo Lula, com as políticas anticíclicas, alcançou 34%.


Não sei o que o autor chama de crédito para o povo, mas as políticas anticíclicas, aliás inexistentes, do governo federal não poderia ser responsável por algo que é da alçada privada, pois não há nenhuma ação governamental de emprestimo direto ao cidadão.


Em relação à infraestrutura, FHC não construiu nenhuma estrada de ferro. Pelo contrário, as privatizou. No governo Lula, três estão em andamento.


Até que se prove o contrário, o antônimo de construir não é privatizar ou mesmo vender. Apenas durante o período FHC as ferrovias voltaram, após um longo processo de abandono, a ter alguma importância no transporte de cargas brasileiro. Para isso, contribuiu, e muito, a privatização da Rede Ferroviária Federal.


Quando Lula assumiu o governo, 90% das estradas rodoviárias estavam danificadas. Agora, 70% estão recuperadas.



Dados simplesmente mentirosos, nem um nem outro dos percentuais apresentados conferem com a realidade.


No campo da indústria automobilística, na era FHC, 20% em baixa. Na era Lula, 30% em alta.



Sentença simplesmente ininteligível, alta e baixa em relação a que?


Nos oito anos em que FHC presidiu o País, houve quatro crises internacionais, que arrasaram o Brasil. Na era Lula, foi enfrentada uma grande crise, que o Brasil superou em razão das reservas acumuladas e das políticas anticíclicas empreendidas pelo governo.


O pobre jornalista deveria estar vivendo em outro país durante o governo FHC para imaginar o arrasado. Houve crescimento econômico em todos os anos daquele governo, ao contrário do ocorrido neste.


O cambio no governo FH era fixo, e estourou o Tesouro Nacional. No governo Lula é flutuante, com ligeiras intervenções do Banco Central.



Em nenhum dos dois governos houve câmbio fixo. Em ambos ocorreram tentativas melhor ou pior sucedidas de administrá-lo de intervenções do Banco Central.



A taxa de juros Selic atingiu na era FHC incríveis 27%. No governo Lula chegou ao seu menor percentual desde quando foi criada, em 1983, 8,5%.


Finalmente o autor dá sinais de que sabe que alguns dados são dinâmicos. É inegável que a taxa Selic atingiu patamares mais elevados durante o governo FHC, mas é também inegável, apesar de alguns tentarem, que foi justamente uma maior responsabilidade na condução da economia iniciada naquele governo, sem as famosas invencionices heterodoxas que prmitiram chegarmos aos níveis atuais de juros básicos.



A mobilidade social no governo tucano foi de apenas 2 milhões de pessoas. No governo Lula, 23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza.


Essa tal linha deve ser muito extensa para comportar mais de 23 milhões de pessoas. Ajudaria muito à clareza do texto se o autor informasse para qual lado foi essa mobilidade e de onde retirou tais dados.



FHC criou apenas 780 mil empregos em oito anos. Lula criou 12 milhões.


Mais mentiras puras e simples. Com milhões de jovens chegando ao mercado de trabalho atualmente, qualquer governo que criasse apenas 100 mil empregos por ano causaria descontentamento social incontrolável, que, como sabemos, não ocorreu.



O governo tucano nada investiu em infraestrutura. Com o PAC Lula pretende investir R$ 504 bilhões até 2010.



O Congresso em Foco já demonstrou que essa mentira é mentira.


Por fim, no mercado internacional, o Brasil, no governo FHC não teve crédito. No governo Lula, o País foi reconhecido como investment grade pelas três maiores agências de classificação de risco internacionais. Ou seja, deixamos de ser um país em que o capital externo só entrava para especular para ser um país de investimentos.



Será que ele esqueceu que durante o governo FHC ocorreram, para dizer o mínimo, as compras, por parte de empresas estrangeiras, de milhares de empresas brasileiras. Esse foi um fato que causou comoção entre os esquerdistas saudosos de Vargas, mas que demonstra o quanto o autor está errado.


Confesso que contei várias vezes, mas não encontrei a vigésima comparação. Deve ter ficado com vergonha de sair da mente do autor. Algo ali dentro ainda tem um pouco de bom senso.

Ruínas

Trezentos metros de ponte, chuvas torrenciais e pouca, se alguma, fiscalização quanto o estado das fundações, esses são os ingredientes de mais uma tragédia recorrente no Brasil.
Em 2005, algo muito semelhante ao ocorrido no Rio Grande do Sul fez com que houvesse uma mobilização midiática pela melhora no sistema de manutenção desses importantes eixos de mobilidade. O Ministério Público até propôs ações contra os figurões da época.
Meia década depois, as pontes continuam sendo arrastadas pela enxurrada. As ruínas prevalecem no cenário das estradas.
O Balu está certo, aqui Darwin não pegou. Já Murphy, reina absoluto: tudo que poderia dar errado mostra logo sua arte.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Será que a moratória de pesca ao atum irá funcionar?

A resposta é não, claro.
3 mil reais o quilo é muito incentivo para um pobre mortal.

Por que escolher o melhor e mais barato...

... se há o pior e mais caro a disposição?
Eu não sei a resposta, mas quem estiver interessado em descobrir pode enviar pedido de explicações para o Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília.

Observação: quem está surpreso com a escolha do Gripen pela Aeronáutica não deve estar ciente da longa tradição de aviões suecos, como os abaixo.



*Obs- Tive que substituir o vídeo, pois o antigo já não abria mais.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lula lá? Nem na foto

Enquanto alguns aparecem mal na foto em tragédias como esta, outros não chegam nem perto delas, como bem lembrou Villa Bôas-Côrrea, têm que preservar sua imagem, associada a coisas boas, mesmo que absurdas. Mas, enquanto se escondem, fica a dúvida: de quem é a responsabilidade dos óbitos?
Parece-me que os menos responsáveis são justamente os que colocaram a cara nos noticiários, os governadores. Como disse aqui certo tempo atrás, as enchentes são da alçada federal. A ocupação do solo, porém, é de responsabilidade municipal, tanto nas leis que a autoriza, respeitadas as proibições de esferas superiores - por vezes lenientes -, quando da fiscalização, e o fato de haver milhões de brasileiros vivendo em terrenos irregulares diz muito sobre como essa é feita.
Ocupações irregulares são um cancro antigo nas cidades brasileiras que gera centenas, por vezes milhares, de mortes anualmente. Fechar os olhos para essa realidade faz dos dirigentes políticos que deveriam zelar pelas leis corresponsáveis por todas elas.
"Na lei ou na marra" foi a forma encontrada para solucionar muitas questões difíceis no país, bem ao estilo jeitinho, mas em uma democracia isso não pode ocorrer. Soluções devem ser apenas nas leis, como demonstram as sequelas deixadas pelo modo antigo de lidar com os problemas.
Sempre que o governantes escondem-se e deixam o povo resolver as coisas ao arrepio das regras vigentes, uma ou mais mortes são encomendadas. As chuvas de dezembro foram apenas um lembrete disso.