quarta-feira, 25 de novembro de 2009

E esse é nosso ministro

Parece ser compulsório ao cargo de ministro de estado desse governo falar asneiras por aí.
Tarso Genro vem agora distorcer a verdade, depois de distorcer a lei, para mostrar que estava certo ao conceder asilo político ao assassino condenado Battisti.
Primeiro porque o processo de extradição foi interrompido e retomado após a decisão trapalhona do ministro ter cito cassada e segundo porque não é um juízo político do Executivo cumprir um acordo sancionado pelo Legislativo, e, portanto, dentro de nosso corpo legal, mas um imperativo legal.
Se discorda de um tratado, que o presidente Lula o denuncie. Não cumprir enquanto é vigente é malcaratismo.

sábado, 14 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aproveitando a deixa

Dada pelo InfoMoney, comentando a tese de descolamento das economias mundiais, vou fazer propaganda de textos meus, um tanto quanto velhinhos.
Meu entendimento de globalização consegue ser mais simplista do que o de Thomas Friedman e, portanto, para mim o mundo não é plano. Entretanto há uma aceleração do que entendo como seus efeitos (primeiro aqui e depois aqui), que, de tão evidentes, até os Chairmen dos Bancos Centrais mundo afora começam a perceber.
Então é capaz de eu ter dado uma dentro. Sendo fato raro, convém anunciar. Quem sabe quando terei outra oportunidade de fazê-lo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Para quem tinha dúvidas

Sobre a existência ou não de um apagão no governo anterior, agora pode comparar.
Não dá para dizer nunca na história desse país, mas a mostra diz tudo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ex-presidente bom...

...é, para a grande parte dos governistas do turno, igual cerveja e sogra: gelado e em cima da mesa.
Só isso poderia justificar a reação ao artigo de Fernando Henrique Cardoso no Estadão. Idiotices como as de Emir Sader são apenas as mais vistosas de uma ampla gama de pessoas que querem cassar a legitimidade da liberdade de expressão daqueles com mais capacidade, ao menos em teoria, para se pronunciar a respeito dos assuntos que concernem à nação. Vai do atual presidente ao jornalista do tempo do onça.
Quando comentarista esportivo, Mário Sérgio Pontes de Paiva era anunciado como aquele que conhece porque esteve lá. Já para os ex-mandatários a coisa parece, aos olhos desses que os querem calados, funcionar à maneira inversa, não conhecem porque estiveram lá.
Por minha parte, quero mais é que eles falem. Nosso país seria muito melhor caso esse policiamento não ocorresse. Apesar de não respeitar muitos dos aptos a falar, sou defensor incondicional da liberdade de expressão.
Democracias são fundadas nas discordâncias pacíficas. Enquanto todos estiverem apenas falando, nosso regime não corre perigo e a sociedade pode se depurar, muitas vezes apesar dos políticos.
Se os que estiverem se expressando conseguirem concatenar ideias, melhor.

domingo, 8 de novembro de 2009

O absurdo apenas aumenta

A loira da Uniban foi expulsa. Alguns de seus algozes suspensos.
E a universidade? Nada tem a ver com a história?
Se o comportamento era inadequado e recorrente, por que não foi coibido anteriormente? Se a roupa era claramente inadequada, por que foi permitida a entrada no recinto de quem a portava?
Fora nos Estados Unidos, essa moça poderia se considerar uma nova milionária, pois o processo que moveria contra a empresa de ensino seria favas contadas. Aqui vai ser apenas mais uma presa na lentidão judicial, com indenizações retidas pelas manobras dos advogados da Uniban.
Assim caminha a humanidade. Diz-se que a escola foi a única instituição criada na idade média que continua com suas características básicas imutáveis. Parece que na unidade São Bernardo da prestigiosa instituição de ensino superior nem os alunos evoluíram. A caça as bruxas segue modelo corrente.
Salém não faria melhor.

sábado, 7 de novembro de 2009

Vale dar uma olhada

Se você ainda não sabe o que incoerência significa, aprenda aqui, tentando entender o discurso de nosso presidente.
Quando alguém acostumado a discursar sem parar diz, em tom acusatório, que quem fala o que quer ouve o que não quer, está apenas justificando a quem quer denegrir.
Quem diz, orgulhosamente, ter feito uma vez e meia o que os demais não fizeram ou está querendo enganar o povo com a retórica (fiz muito mais nada que eles) ou se orgulhando de nada fazer. No primeiro caso é apenas mais um político safado, no segundo apenas mais um vagabundo. Sendo o segundo caso, merece minha admiração, pois poucos assumem a condição, mas em qualquer das hipóteses mostra sua inadequação ao cargo que gostaria de ocupar para sempre.
Como diria o Metallica: Sad but true.

domingo, 1 de novembro de 2009

Vergonha nacional

Voltando para casa na quinta-feira, ouvi relatos de colegas que estudaram no interior sobre os trotes extremamente pesados a que eram submetidos os estudantes naquelas paragens. Coisa de gente completamente sem noção.
Não vou aqui bancar o hipócrita e dizer que sou contra os trotes, sejam quais forem. Já participei de muitos, nos dois lados da moeda, e sei que há sempre um componente de humilhação embutido. Tenta-se provar uma suposta superioridade dos mais experientes de curso sobre os novatos. Mas, e talvez mais importante, há o componente de manada, meus amigos estão fazendo, e de tradição burra. Fazem porque sempre foi feito, e esperam que continuem fazendo os que aqui permanecerem quando não estiverem mais presentes.
Na sexta, ouvi por cima comentários sobre a loira da Uniban, sem saber muito bem do que se tratava. Só sabia de uma confusão em uma faculdade. E no sábado vim me interar, aqui na internet, dos fatos. Não consegui. Eles ainda não fazem sentido para mim.
Já trabalhei naquela unidade da Uniban, na academia, de ginástica, que existia no primeiro andar, quando não havia nem biblioteca no prédio. Passada quase uma década, não sei o quanto as coisas mudaram, mais isso informa um pouco sobre as prioridades da instituição naquele tempo. E também algo sobre a suposta motivação dos alunos para o ataque. Estar vestindo algo inadequado não é, nem de longe, razão, pois, mesmo que fosse válida - o que não é -, os alunos estão acostumadas a ver naquele mesmo recinto pessoas muito mais despidas do que aquele vestidinho vermelho permite antever, como em toda a academia ou faculdade paulistana, diga-se de passagem.
Há, portanto, algo muito mal contado nessa história. Os responsáveis pela incitação contra a garota devem ter outras motivações, ainda mais sórdidas do que a defesa de uma moral e bons costumes de meados do século passado, provavelmente uma vingança ou recalque mal dissimulado, e utilizaram uma turba de mentecaptos como massa de manobra. Deram-se mal, transformaram a vítima em uma mártir, com todas as benesses que a mídia traz para esse tipo de celebridade momentânea. Caso estivéssemos nos EUA, certamente a garota seria eleita a rainha do baile e, se for esperta, pode até realmente acabar fazendo programas, de TV. Derrota completa dos acusadores, que, apesar de tudo, não dão o braço a torcer.
O importante de tudo, porém, é que os episódios de trote exacerbado, recorrentes pelo Brasil, e do vestidinho da moça da Uniban demonstram que é muito fácil angariar mentecaptos na nossa juventude universitária. No ambiente no qual deveria prevalecer a racionalidade, a barbárie impera. Se já havia perdido a fé no Brasil, agora se acabaram as esperanças de recuperá-la. Se, acidentalmente, o país der certo, será apesar do povo, não por causa dele. O melhor do Brasil não é, definitivamente, o brasileiro.
Quanto à estudante da Uniban que foi constrangida, está certa em querer retomar sua vida, porém está errada em achar-se culpada pelo incidente. Mostrar as pernas não é razão para ser ameaçada de estupro. Aos que acham o contrário, há várias maneiras de alcançar o paraíso na Terra. O Oriente Médio está sempre precisando de trabalhadores qualificados e empreendedores. E, ao contrário de Cuba e Coréia do Norte, é facultado a todo brasileiro sair do país, a hora em que bem entender.
A vergonha nacional não é o vestido curto, é quem se incomoda com ele.