...é, para a grande parte dos governistas do turno, igual cerveja e sogra: gelado e em cima da mesa.
Só isso poderia justificar a reação ao artigo de Fernando Henrique Cardoso no Estadão. Idiotices como as de Emir Sader são apenas as mais vistosas de uma ampla gama de pessoas que querem cassar a legitimidade da liberdade de expressão daqueles com mais capacidade, ao menos em teoria, para se pronunciar a respeito dos assuntos que concernem à nação. Vai do atual presidente ao jornalista do tempo do onça.
Quando comentarista esportivo, Mário Sérgio Pontes de Paiva era anunciado como aquele que conhece porque esteve lá. Já para os ex-mandatários a coisa parece, aos olhos desses que os querem calados, funcionar à maneira inversa, não conhecem porque estiveram lá.
Por minha parte, quero mais é que eles falem. Nosso país seria muito melhor caso esse policiamento não ocorresse. Apesar de não respeitar muitos dos aptos a falar, sou defensor incondicional da liberdade de expressão.
Democracias são fundadas nas discordâncias pacíficas. Enquanto todos estiverem apenas falando, nosso regime não corre perigo e a sociedade pode se depurar, muitas vezes apesar dos políticos.
Se os que estiverem se expressando conseguirem concatenar ideias, melhor.
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