quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Não viaja

Como diz a blogosfera por aí, o Movimento Passe Livre vai fazer uma passeata no dia 14 contra o governo tucano. Alegam que sem as falcatruas do cartel poder-se-ia ter uma tarifa de 90 centavos.
De onde eles tiraram esse número?
Segundo a divulgação feita pela imprensa dos números retirados de documentos "secretos", os desvios foram entre 226 e 450 milhões de reais. O governo do Estado diz que o desconto de 20 centavos na tarifa custar-lhe-á 200 milhões ao ano, no que não foi desmentido até o momento.
Regra de três simples mostra que o desconto total com tarifa a 90 centavos seria de 2,3 bilhões, ao ano.
Então, meu conselho: reivindica, mas não viaja.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Resposta à comentarista

Ontem postei isso no Facebook:

Hoje foi criado um grupo de trabalho para discutir detalhes de como será o programa " Mais médicos". É assim que funciona o planejamento da "grande gestora"; toma-se uma decisão idiota e depois se tenta justificar:

Hoje chegou isso como resposta:

Vc acha que nao precisamos de medicos? Que o que temos e suficiente ? Realmente vc acha que nossa elite medica tem algum interesse rm trabalhar nas areas de periferia e carente?Temos varios problemas em infraestrutura..mas nao temos medicos. Nem qualidade no atentimento ..essa e uma realidade inquestionavel.

Bem, comentarista, acredito que você fez inferências e generalizações um pouco além do que as minhas poucas palavras podem levar a supor, mas, como são escassas as possibilidades de discutir com o público leitor, já que poucos me levam a série e se dignificam a comentar, tentarei responder suas questões ponto por ponto.


  1. Não acho que precisamos de médicos e sim de um atendimento à saúde. Se esse atendimento vai ser fornecido por um médico, um bacharel em Esporte ou um jornalista, o que me importa é que seja feito. O fato é que não há esse atendimento atualmente.
  2. Não tenho a menor ideia se o número de médicos existentes no Brasil é ou não suficiente para o tamanho da população.
  3. Não acredito que a nossa elite médica tenha interesse em trabalhar nas áreas periféricas e carentes, pois eu também não gostaria de fazê-lo caso estivesse na situação deles.


Quanto às suas afirmações.
Se não temos qualidade de atendimento, não temos infraestrutura condizente e nem médicos suficientes, como coloca, o que tem isso a ver com o fato do programa "Mais Médicos" ser uma decisão idiota?
Ele não garante a melhora da qualidade de atendimento, da infraestrutura e, pior, nem tampouco da quantidade de médicos.
Falar que criará faculdades de medicina no interior do país não faz com que tenhamos médicos de qualidade e nem com que os médicos fiquem presos no local onde cursaram sua faculdade.
Aumentar a duração do curso não gera mais médicos no futuro, ao contrário gera menos.
Garantir o acesso dos médicos estrangeiros ao mercado nacional não faz com a qualidade do atendimento e a infraestrutura melhorem tampouco. Eles tenderão a ir para os locais que oferecem melhor condição de trabalho também.
Mas, pera lá, dirá você, eles, pré-médicos nacionais e médicos estrangeiros, serão obrigados a ficar em uma certa localidade. Bem, responderei, sou contrário ao regime servil, por razões morais, e não acredito que alguém obrigado a ficar em um lugar que não deseja fará um atendimento, como diria a Chiquinha, supimpa.

De qualquer modo, verá, ao reler meu comentário, que não estava criticando a situação da saúde nos locais carentes do país, que é, por sinal, muito criticável, mas a ação de marketing que se faz passar por plano governamental.
Como pode observar pelo que comentei anteriormente, não acredito que o programa tenha qualquer futuro na forma como foi divulgado até o momento, tanto é assim que foi criado o grupo de trabalho para tentar criar um projeto de verdade. Lançar uma medida provisória com ações que não se sabe como serão estabelecidas, ou ao menos elaboradas, é só mais uma mostra de autoritarismo ilimitado. Factóide puro.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Como disse há oito anos ...

...Tecnologia reduz os custos médicos, não aumenta.
Vindo da Bélgica, temos mais um exemplo disso.
Resta saber se ela será usada e contribuirá para o progresso da humanidade, pois, como sempre, os "perdedores da rodada" espernearão bastante.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

E, por falar no ...

... tema de ontem, um texto que precisa ser citado sobre o legado da Copa do Mundo.
Hoje, um ano antes da Copa e três antes das Olimpíadas, posso afirmar com certeza que foi desperdício de recursos públicos.
Na melhor das hipóteses, não passaremos vergonha durante os eventos, mas já ficou bem claro que os benefícios ao país não serão compatíveis com os custos.
Resta-nos aprender com os erros e imaginar que, daqui para frente, tudo vai ser diferentes. Veremos.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Assim fica difícil

Gosto do serviço Netflix, mas tentei encontrar esses filmes lá e, de vinte, só há dois.
Pelo jeito eles não curtem muito os clientes nerds.

Pacaembú é de todos II

Como já disse anteriormente, o Pacaembú deveria ter sido privatizado quando se teve chance.
Chega agora um novo prefeito e pensa em fazer o óbvio, livrar-se do elefante branco. Mas é possível neste momento?
Não há como ser pior a hora escolhida. No momento que todas as equipes de futebol dignas de nota do município de São Paulo têm, ou estão construindo, estádio próprio, o risco de termos um imenso museu tombado no bairro do Pacaembú é enorme. E as regras para o uso do espaço são, como sabemos, draconiana, o que já afastou uma série de eventos.
Mas, como diz o ditado popular, antes tarde do que nunca.
Só fico com uma dúvida, será que o mico vai sobrar para o me Peixe?

terça-feira, 28 de maio de 2013

Enquanto algums...

... ficam pensando, outros vão fazendo.
Será que nosso governo nunca ouviu falar de coisas simples como o PayPal ou é só desejo de controle mesmo.

Seletividade religiosa

Tempos atrás, assisti na tv a uma reportagem sobre os judeus ultra-ortodoxos em Israel que decidiram usar apenas celulares que não possuíssem acesso à internet, pois essa pode levar aos pensamentos impuros.
Um colega judeu falou-me certa vez da maior sinagoga de São Paulo, na qual o elevador parava em todos os andares para evitar que os ocupantes precisassem apertar o botão, trabalhando durante o Sabah.
Agora vejo a descrição de Paulo Almeida de uma comunidade menonita situada nos Estados Unidos.
Todos têm o direito de usar as tecnologias que melhor os aprouver, mas o discurso religioso por trás desta seletividade é tudo menos totalmente hipócrita. Dizer que a internet é mais maléfica do que o sms, que o uso de gás é menos prejudicial do que o de eletricidade ou que apertar um botão é trabalho enquanto se deslocar até o elevador não, não fazem o menor sentido lógico e, suspeito, teológico.
Quem quer viver no século XVII ou anterior por motivos ideológicos ou religiosos que faça direito e esqueça todas as modernidades da atualidade, se puderem.
Qualquer outra atitude é mimimi.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Potencial novo ministro do Supremo

Uma vez que não poderei opinar, não me importa muito quem é Luís Roberto Barroso, mas algo me incomoda nos processos de decisão do meritissíssimos, a falta de padrão temporal.
Se os demais indicado por Dilma levaram meses para serem escolhidos, por que Teori Savascki surgiu a toque de caixa em pleno julgamento do mensalão?
 Mudanças claras de padrão costumam ser fruto de intencionalidade e, muitas vezes, más intenções.
Até agora, nada mostrou que essa minha pulga atrás da orelha possa ter alguma razão.
Mas ela segue mordendo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Não nos representa?

Boa constatação do Noblat, a auto-desmoralização do Senado, mostra que isso que está aí, e que insistimos em manter, infelizmente, representa-nos à perfeição: muita falação, pouca ação e genuflexão para os mais poderosos.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Decadence avec elegance

Como espera o colunista da "The Economist", talvez as envelhecidas populações dos países ricos podem ter uma mãozinha dos robôs em um futuro próximo:
"Babbage expects Japanese robot-makers to be flooding America and other export markets with cheap, single-purpose caring machines before the decade is out. As far as he and his ageing circle are concerned, they cannot come soon enough"
Aqui não esperemos isso tão cedo, pois o lobby das indústrias vai exigir defesa comercial para as indústrias "nascentes" e ficaremos com algo como isso.
E sans elegance.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Habemos carsharing

Para diminuir o prejuízo, já podemos contar com carsharing, o que, na minha ignorância, não sabia.
O método não é o melhor do qual já ouvi falar (esse, por exemplo, parece muito superior), mas já é um começo.
E, aos poucos, a tecnologia chega também a essas paragens.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Joga fora que não é meu

Pelas contas da ESPN, nele foram gastos 2,4 bilhões, transformando-o em um dos mais caros do mundo. Acredito que a estimativa da emissora é muito conservadora, pois não leva em conta o valor do terreno e o que havia antes no lugar do Maracanã remodelado (algo deve ter sobrado, ou seria reconstruído, não?).
Teco Medina, economista, partindo de uma conta bem mais modesta, acha um absurdo o contrato fechado com os novos administradores do estádio, como vocês podem ouvir no player abaixo, pois remuneraria o estado do Rio com apenas 5 milhões de reais anuais. E, levando-se em conta prováveis investimentos no imóvel, ficaria em algo como 700 milhões



Como todos sabem, o aluguel de um imóvel costuma partir de 0,5% ao mês de seu preço de venda. Utilizando a conta da ESPN, um valor justo seria de 12 milhões POR MÊS. Mais de 5 bilhões no decorrer do período. Pelo valor apresentado pelo governo carioca, e utilizado pelo economista, algo como a metade disso.
Isso mesmo, ainda que se descontasse o valor das obras de investimento nas melhorias do estádio, o consórcio estaria em um lucro econômico entre mais de 4 bilhões, na hipótese moderada da emissora esportiva, e um pouco menos de 2 bilhões, nas contas do governo carioca,.antes de fazer qualquer coisa. Lucro que pode aumentar muito caso uma administração competente crie um giro de caixa descente no antigo monumento do futebol.
Mas, diriam, alguns, e se o consórcio está oferecendo apenas isso porque é o que realmente vale? Aí chegaremos à hipótese de que criou-se um grande elefante branco e jogou-se dinheiro pelo ralo.
Concluindo, ou se gastou mal ao construir, ou se alugou a preço irrisório ou uma mistura dos dois e, portanto, o Estado brasileiro é uma mãe mesmo, pena que não para a população em geral, mas apenas para uma pequena parcela de rentistas influentes.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

terça-feira, 7 de maio de 2013

Servos cubanos?

É normalmente inútil criticar anúncios de governos, pois eles tendem a entrar para a história apenas como isso mesmo, anúncios, mas esse traz tantas questões problemáticas que serei obrigado a comentar.
Começa pela simples derrubada do sistema brasileiro de ensino superior. Não existe, até onde sei, reconhecimento automático de diploma estrangeiro neste país. E, para praticar a medicina, é necessária a posse de um diploma reconhecido pelo Mec (não que eu seja favorável a isso, como já afirmei aqui e aqui e umas tantas outras vezes em todos os meios aos quais tive acesso). Como eles resolverão esse probleminha? E será apenas para os cubanos? É o sistema de ensino de lá reconhecidamente melhor do que no resto do mundo?
Continua com o acerto, entre governos, de um número certo de imigrantes. Não têm os fulanos a possibilidade de negar a vinda. São os médicos cubanos conscritos para não poderem recusar entrar nas roubadas que os brasileiros não querem. São escravos do Estado castrista (sim, seria meu chute).
E, finalmente, uma vez aqui, não lhes será facultada a possibilidade sair da roubada? O reconhecimento do diploma  e o visto serão condicionados à permanência em alguma localidade erma? Estaremos recriando a categoria de servo feudal no século XXI?
Sou favorável a uma maior abertura do mercado de trabalho brasileiro a profissionais qualificados, porém esse casuísmo é injustificado. Se os brasileiros que podem optar não querem ir para aquelas localidades, o ideal seria que as condições delas fossem melhoradas, não que se produza uma gambiarra que fortaleça um regime "amigo".
Mais uma vez, diante de um problema complexo, a solução simples e errada foi sacada do bolso.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

No entanto

Dizem que para cada unidade investida em saneamento básico, quatro são economizadas em despesas de saúde. No TEDTalk aqui em baixo, o palestrante afirma que cada dólar investido em pré-escola retorna três para a comunidade.
No entanto, o Brasil segue sem um ou outro.
O palestrante afirma que grande parte da razão pelos EUA não possuir um sistema universal de pré-escolas é a notória, segundo ele, orientação americana pelo curto prazo. Fico curioso em saber o que pensaria sobre a orientação brasileira.
Na semana em que se discutirá a morte de um notório Matemático, talvez fosse importante fazer algumas contas e perguntar-se se não estamos jogando fora dinheiro demais ao não cobrar nossos representantes eleitos de investimentos bem pensados.
Afinal, dinheiro parece não ser o problema.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Bem viva

E, como previsto em Tecnologia Natimorta, Netflix está detonando:

Energia

Interessante visão do palestrante, acredito que esteja correto no mérito, embora pense que a revolução chegará muito mais rápido do que ele próprio imagina.
Ele traz no vídeo a planificação para uma mudança ordenada, coisa que normalmente não ocorre.
Como observamos nas regiões de fronteira aqui mesmo no Brasil, as tecnologias de mais baixo custo e, principalmente, mais simples uso impõem-se. Fosse utilizada a lógica apenas do custo, provavelmente o Brasil seria a terra dos motores compatíveis com óleos vegetais e da geração solar. Como sabemos que isso não corresponde a realidade, vemos que as limitações técnicas são bastante importantes.
Porém, as mudanças necessárias para a implantação de uma economia com baixo índice de consumo de combustíveis fósseis não precisará de grandes mudanças de infraestrutura física e sim da institucional. No Brasil, por exemplo, já é mais caro o uso da energia da rede elétrica do que o custo estimado da energia solar. Dadas condições corretas de financiamento e marcos legais (que, aliás, já mudaram, permitindo a microcogeração), seria mas vantajoso colocar um painel solar no telhado do que utilizar a rede elétrica.
Acredito que as mudanças ocorrerão muito rapidamente, pois nos países mais desenvolvidos já há a vontade de facilitar a transição e nos demais não será preciso fazê-la, porque ainda não existe a infraestrutura que precisaria ser substituída, pulando uma etapa.
Resta saber se a força da mudança conseguirá sobrepujar as da inércia do status quo no tempo previsto pelo especialista ou mais rápido, como acredito.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Aconteceu de novo

Demorou, mas concordei novamente com Míriam Leitão (a primeira vez foi aqui), a política de campeões nacionais falhou, mas ela deixou de adjetivar, pateticamente.
O mais triste é que não é só nesse tópico que estamos mimetizando os anos de chumbo. Toda as ações pensadas pelo governo federal nos campos da economia e da infraestrutura são variações requentadas do que fizeram os militares.
Não precisa de muita imaginação para prever os resultados. Precisa?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vitória da fraude

E isso é o melhor que poderia ter acontecido à oposição venezuelana.
Não sei se houve fraude na eleição venezuelana, mas o cidadão que a venceu é uma fraude. Quando não era vice-presidente, pois o mandado de Chávez já havia expirado e ele não assumiu para conduzi-lo à vice-presidência, conforme a legislação mandava, arrogou para si esse título. Quando quis disputar a eleição, e o cargo de vice-presidente o impedia, fez valer uma resolução dizendo que ele não era vice-presidente de direito e, portanto, podia disputar a eleição.
O resultado foi proclamado e Maduro vai assumir a presidência daquele país que está em frangalhos. Sorte da oposição. Se fosse governar agora, a bomba explodiria na mão dela e esta ficaria com a pecha de "destruidora" da Venezuela e aumentaria a aura de um governo que surfou nas graças da economia mundial.
Como os criadores do problema vão ter que tentar resolvê-lo, o povo venezuelano sofrerá da mesma forma, mas ideias que não tiveram nada a ver com o desastre não sairão desgastadas.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Poder de investigação

Péssima ideia, a PEC 37 é daquelas que têm tudo para prosperar. Afinal, em um congresso no qual grande parte dos próceres é envolvido com a Justiça, na função de indiciado, quanto menos investigação, melhor.
Acabaria a competição administrativa para as Polícias Civis e Federal e, com quase toda a certeza, uma acomodação destas.
E o ridículo da coisa é que estamos tentando limitar o poder de investigação de um órgão em um cenário no qual já não são esclarecidos a maioria dos crimes. Se com mais órgãos investigando é assim, imagina com menos.
Como pode um conjunto policial tão incompetente na resolução de crimes, e hoje ele ainda é o responsável pelo grosso da investigação, clamar pela exclusividade? Não sei, só a extrema cara-de-pau explica.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Parque dos Dinossauros IV

Se eu achava que o preservacionismo não era a contrapartida inteligente à destruição do meio-ambiente (ver Os elementais ), tampouco acredito que a dessextinção pode vir a ser.
Ficar brincando de Mãe Natureza nuca foi o forte da humanidade, costuma errar quando faz de propósito e quando faz sem querer. Por que seria diferente agora?
Há o porém, entretanto, de que a Lei de Murphy sempre prevalece e, breve, teremos animais dessextintos livres e desimpedidos por aí. Da minha parte, espero nunca encontrar com uma ave do terror ao sair para trabalhar, mas já não dá para garantir 100%.    

segunda-feira, 11 de março de 2013

Sofisma

Impostos são regressivos no Brasil.
O Tesouro é financiado por impostos.
Quanto mais rico, mais você usa energia elétrica
As distribuidoras de energia serão financiadas pelo Tesouro.
Logo os mais pobres estão sendo beneficiados por essa situação toda.

segunda-feira, 4 de março de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

Já se mostra superior ao anterior

Pelo menos no suporte às vítimas de acidentes.
Como já comentei anteriormente, tem gente que não gosta de aparecer em tragédia, o que não foi o caso desta vez.
Na tragédia de Santa Maria, a Presidente da República não se escondeu na Cúpula que está ocorrendo no Chile e logo pronunciou-se e mostrou consideração para com o povo que governa.
Tenho muitos senões à atual administração, mas a administradora ganhou um pouco do meu respeito.
Felizmente, entre as muitas más inovações, como o aumento da ingerência estatal nas empresas, aparece uma boa.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Os números, é claro, são feitos para confundir.

O doutor em Direito Penal usou as páginas de O Globo (aqui no site do Noblat) para dizer que o Brasil está errado em  encarcerar tanto e deveria ser como Nova Iorque, que está prendendo menos do que o resto dos Estados Unidos. Pode até estar certo na sua tese, mas o que ele ensina mesmo é como usar um monte de números para dizer nada.
Primeiro, ele usa comparações completamente descabidas, cita os Estados Unidos, que prende muito mais do que o Brasil, para dizer que deveríamos prender menos. Quem garante que os índices de criminalidade de lá não são menores justamente porque prendem muito mais?
Usando os dados do próprio artigo, e considerando como total de brasileiros 200 milhões, vemos que para se enquadrar no exemplo americano o Brasil deveria, ao menos, dobrar a população carcerária:

Brasil 549577
Brasil ( taxa NY) 948000
Brasil ( taxa EUA) 1300000
Cita o prefeito Bloomberg dizendo que é melhor prevenir, no que concordo, mas nada acrescenta sobre o remediar. Acrescenta, no entanto, uma informação totalmente enganosa, a de que estamos fechando escolas e abrindo presídios, como se houvesse causalidade na equação. Há pouquíssimas crianças compulsoriamente fora da escola no Brasil. Se houver qualquer causalidade entre educação e criminalidade, o problema estará na falta de qualidade do serviço, não na ausência física da escola e o fechamento de equipamentos é, e e será por um longo período, natural pela diminuição das taxas de natalidade e, consequentemente, do número de crianças. Desinformação, portanto.
E, por fim, retorna às comparações descabidas com os Estados Unidos, que, segundo ele, demonstram que o Brasil está fazendo a coisa errada ao crescer mais a taxa de encarceramento, sem citar que a base era muito menor, ou com o próprio Brasil, só que em períodos distintos.
Faz uma pergunta final, por que não copiar as boas políticas? Só me pergunto se ele quer realmente prender muito mais como seria a cópia das de Nova Iorque.