terça-feira, 28 de maio de 2013

Seletividade religiosa

Tempos atrás, assisti na tv a uma reportagem sobre os judeus ultra-ortodoxos em Israel que decidiram usar apenas celulares que não possuíssem acesso à internet, pois essa pode levar aos pensamentos impuros.
Um colega judeu falou-me certa vez da maior sinagoga de São Paulo, na qual o elevador parava em todos os andares para evitar que os ocupantes precisassem apertar o botão, trabalhando durante o Sabah.
Agora vejo a descrição de Paulo Almeida de uma comunidade menonita situada nos Estados Unidos.
Todos têm o direito de usar as tecnologias que melhor os aprouver, mas o discurso religioso por trás desta seletividade é tudo menos totalmente hipócrita. Dizer que a internet é mais maléfica do que o sms, que o uso de gás é menos prejudicial do que o de eletricidade ou que apertar um botão é trabalho enquanto se deslocar até o elevador não, não fazem o menor sentido lógico e, suspeito, teológico.
Quem quer viver no século XVII ou anterior por motivos ideológicos ou religiosos que faça direito e esqueça todas as modernidades da atualidade, se puderem.
Qualquer outra atitude é mimimi.


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