Interessante visão do palestrante, acredito que esteja correto no mérito, embora pense que a revolução chegará muito mais rápido do que ele próprio imagina.
Ele traz no vídeo a planificação para uma mudança ordenada, coisa que normalmente não ocorre.
Como observamos nas regiões de fronteira aqui mesmo no Brasil, as tecnologias de mais baixo custo e, principalmente, mais simples uso impõem-se. Fosse utilizada a lógica apenas do custo, provavelmente o Brasil seria a terra dos motores compatíveis com óleos vegetais e da geração solar. Como sabemos que isso não corresponde a realidade, vemos que as limitações técnicas são bastante importantes.
Porém, as mudanças necessárias para a implantação de uma economia com baixo índice de consumo de combustíveis fósseis não precisará de grandes mudanças de infraestrutura física e sim da institucional. No Brasil, por exemplo, já é mais caro o uso da energia da rede elétrica do que o custo estimado da energia solar. Dadas condições corretas de financiamento e marcos legais (que, aliás, já mudaram, permitindo a microcogeração), seria mas vantajoso colocar um painel solar no telhado do que utilizar a rede elétrica.
Acredito que as mudanças ocorrerão muito rapidamente, pois nos países mais desenvolvidos já há a vontade de facilitar a transição e nos demais não será preciso fazê-la, porque ainda não existe a infraestrutura que precisaria ser substituída, pulando uma etapa.
Resta saber se a força da mudança conseguirá sobrepujar as da inércia do status quo no tempo previsto pelo especialista ou mais rápido, como acredito.
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