Nosso aclamado presidente, no alto de seus 70 e tantos pontos percentuais de aprovação, deseja instituir uma categoria de pessoas sem direito à liberdade de expressão, os ex-presidentes. Não apenas isso, a categoria tem o seu direito de disputar cargos políticos revogada.
Sabemos que o que o presidente e seu partido afirmam não se escreve; as circunstâncias políticas mudam e, com elas, as idéias também. Pouco esperança tenho, portanto, de ver um retiro silencioso de Lula para o ostracismo de São Bernardo do Campo, mas gostaria de presenciá-lo.
Se eu fosse o Sarney, contudo, ficaria muito magoado. Fez parte da parcela do PMDB lulista de primeira hora e, ainda hoje, é visto como da base aliada. Tem um defeito, entretanto: já ocupou o Palácio do Planalto.
Só não entendi uma coisa uma coisa. Se o motivo para os ex-presidentes não falar sobre o governo é que esses têm telhado de vidro, estamos diante da velha prática do acoberte-me que eu não lhe denuncio?
Prefiro, então, que comece um falatório geral. É sempre melhor saber os erros passados e presentes. Uma mão lava a outra para esconder os podres é coisa de bandido. Será que vivemos uma política à Cosa Nostra.
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