Felizmente o delírio de potência petrolífera passou, mas a mudança de legislação que criou o fundo soberano continua aí, rondando. Está certo que, neste país, esses atos burocráticos, como aplicar leis, podem levar séculos; conseguimos, no entanto, plantar jabuticabais imensos do dia para noite também.
Não que eu tenha algo contra jabuticabas, que já defendi neste blog , mas algumas invencionices deste governo são realmente bizarras.
Para começo de conversa, vamos tentar definir o que é fundo soberano. O meu já surrado dicionário de economia diz que fundo é o "conjunto de recursos monetários empregados para reserva ou para cobrir despesas extraordinárias. No setor de finanças públicas, o termo refere-se às verbas destinadas ao desenvolvimento de determinados setores". O soberano viria do fato de ser propriedade de um país ou, ampliando-se ao máximo o conceito, de uma nacionalidade, como vocês podem observar nesta lista fornecida pela Wikipedia.
Olhando na lista, você encontra as características básicas destes fundos: seus proprietários são países com excesso de reservas internacionais, a maioria advindo de exportações petrolíferas, e relativamente poucas possibilidades de aplicação interna destes recursos. São, em suma, países opostos ao nosso, importador de energia e cheio de obras a serem feitas, ou, por que não dizer, emPACadas. E, o mais importante, ainda temos dívidas.
Como Deus é brasileiro, a idéia de fundo submergiu devido a preocupações mais prementes, abusar da sorte, porém, nunca é bom. Algum dia a crise passará, espero que o fundo, como diria Drummond , passarinho, voe para outras paragens, como, talvez, a Terra do Nunca.
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