segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Não estamos no Pacífico, mas...

...o sistema de prevenção de tsunamis do governo, parece, começou a apitar.
Mantega, aquele ministro pelo qual, vocês sabem, tenho um apreço sem tamanho, está anunciando que o Brasil tem um arsenal para evitar o acirramento da crise econômica aqui em Jabuticabal, e dá-lhe anúncios keynesianos de gastos com PAC e essas batatadas.
Partes do PT já se defendem das conseqüências da desaceleração culpando as políticas "neoliberais" da dupla PSDB-PFL e Lula vai mais longe, é obra de trinta anos de governantes despreocupados com o povo, reverindo, provavelmente, aos que tinham o cetro desde a sublevação militar até a sua chegada ao Palácio do Planalto. E toda essa retórica por obra da "marolinha".
Vamos, todavia, aos finalmente. O governo tem, de fato, um arsenal para combater os efeitos da crise. Só que não onde ele imagina. Há no país um problema crônico em relação à qualidade das leis trabalhistas. Elas limitam a flexibilidade do mercado e desestimulam a contratação mesmo quando há uma batalha pela mão-de-obra escassa, inviabilizando-a em momentos de incerteza.
Qualquer melhoria na legislação trabalhista é um incremento da competitividade do Brasil e um estímulo ao rebustecimento do mercado de trabalho, com ganhos para os 50% de trabalhadores que hoje não dispõem de nenhuma segurança gerada pela rede de proteção social que os sindicalistas dizem ser o Código atual.
Resolver esse gargalo seria a solução que incluiria o país definitivamente entre os de melhor desenvolvimento humano, não gastar os recursos dos impostos favorecendo empresas, seja de qual porte forem, com créditos facilitados e baratos.
Métodos paliativos nunca passarão disso, não importando qual nome recebam.

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