Fomos acostumados, desde os primeiros anos do ensino infantil, a pensar em recursos naturais renováveis e não-renováveis. Essa distinção, porém, não faz mais sentido à luz do conhecimento científico atual.
Sabemos que muito do que é chamado não-renovável o é, embora em uma escala de tempo considerada anti-econômica atualmente. A natureza está, por exemplo, produzindo todos os combustíveis fósseis continuamente, em maior ou menor escala. Os recursos minerais, de maneira geral, são totalmente recicláveis, excetuando-se, talvez, os radioativos.
O grande nó nesta matéria é, então, a matéria viva. Temos de fato recursos extinguíveis e não-extinguíveis. Corremos o risco de eliminar espécies ou de espécimes de grande importância para as cadeias ecológicas ou econômicas. Os campos pesqueiros em perigo, as florestas decadentes e os mangues e corais declinantes; todos são mostras de importante DNA que pode ser perdido.
Evitar que o árduo trabalho de energia genética da natureza em milênios seja desperdiçado é a mais importante batalha deste século. Fazendo nossa escala econômica caber na ecológica, conseguiremos fazer a palavra sustentabilidade ter algum sentido. Se falharmos nesta tarefa, muito do que dizemos que fazem a vida valer a pena deixarão de existir. Conheceremos o verdadeira significado de pobreza.
Um feliz natal a todos.
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