A respeito de todo o alvoroço causado pela COP-15, parece-me que, mais do que tudo, trata-se de perda de tempo.
Se considerarmos os combustíveis fósseis como os vilões planetários, podemos respirar aliviados. A era deles, embora não pareça na nossa sociedade cheia de carros, já passou. São uma tecnologia ultrapassada cujas maiores vantagens, quase ubiquidade e preços módicos, estão desaparecendo. Como a própria Agência Internacional de Energia previu, nesse ritmo o pico de produção de petróleo será por volta de 2020. A história já mostrou seguidas vezes, matéria-prima com estoques declinantes e, consequentemente, preços crescentes levam à substituição tecnológica ou ao colapso (by Jared Diamond), como as alternativas já existem, creio que a primeira se imporá.
Se somos céticos quanto à origem antropogênica do aquecimento global ou nem acreditamos nele, podemos apenas esperar o futuro. Nada precisa, e provavelmente nada poderá, ser feito. A natureza seguirá seu curso e nós a acompanharemos, como sempre fizemos.
Deste modo, o que se apresenta em Copenhagem é uma disputa quase tão velha quanto os países. Um jogo de empurra entre os ricos e os pobres sobre as "culpas" de eles serem o que são. Um debate, portanto, ocorrendo fora de lugar. A OMC ou a Unctad seriam os foros adequados.
Embaralhar as questões demonstra, algumas vezes, a complexidade do problema, mas na maioria dos casos é apenas um estratagema para tentar conquistar o que não se consegue por outros meios. É certamente o que ocorre no reino da Dinamarca, onde há, novamente, algo de podre.
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