Será mesmo que é do interesse do país que filhos de ex-presidentes tenham passaporte diplomático? Seriam eles pessoas melhores do que as demais não-autoridades do país para terem tratamento diferenciado nas imigrações de outros países?
E será do interesse das Forças Armadas que civis fiquem circulando em suas instalações? Isso não seria deletério para a manutenção da disciplina da tropa?
Sabemos que para todas essas decisões não foram os fatores técnicos que levaram às opções tomadas. E que, provavelmente, todas as instâncias jurídicas, se consultadas, alertariam para a quebra do princípio da impessoalidade no direito administrativo, mas, devem pensar, para que a impessoalidade se temos 150% de popularidade?
Não sei a resposta, mas chutaria que para o cumprimento da lei, missão primeira de qualquer autoridade constituída de uma nação em pleno estado democrático de direito. Parece, no entanto, que democracia e direito, em qualquer de suas acepções, não são das palavras mais amadas pelos nossos governantes. Preferem idolatria, pátria - que, lembremos, é o último refúgio dos canalhas -, e líder.
Mas o "povo" assim o quis. Deve estar gostando do que está vendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário