sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Que mancada, Exame

"Com uma fortuna estimada em US$ 77,7 bilhões, Bill Gates é o homem mais rico do mundo de acordo com os últimos números da Bloomberg.

Com esse dinheiro, ele poderia comprar quase 6 vezes todos os bens e serviços produzidos pela Islândia durante um ano inteiro, por exemplo.

Com duas ressalvas: sua riqueza está em ativos, e não efetivamente em uma conta. Seria difícil transformar tudo em dinheiro vivo de um dia pro outro.

O PIB também não é o único parâmetro de riqueza de um país, que também engloba recursos naturais, por exemplo."

Baita desserviço do site da Exame para o entendimento do que é economia e das relações econômicas.
Compara coisas totalmente distintas, patrimônio pessoal e PIBs nacionais. O primeiro é mensuração de riqueza enquanto o segundo mede apenas pujança econômica, podendo inclusive mostrar dilapidação do patrimônio.
Para ver o absurdo da comparação, basta calcular o preço de venda de um imóvel e o de aluguel do mesmo. Em uma situação em que há um contrato sendo cumprido, o PIB registraria a renda do aluguel, geralmente de 5 a 10 por cento do valor de venda do imóvel, como um serviço e assim apareceria no agregado nacional. Bill Gates, para se tornar "dono" do país, teria que pagar os 100 por cento. Não conseguiria, portanto, nem comprar a Islândia cujo patrimônio imobiliário apenas deve ser próximo ao da fortuna pessoal do magnata.
Extrapolando para a valoração das empresas, normalmente muitas vezes o lucro anual, e outros ativos, vemos que a revista fez apenas uma comparação idiota, que em uma revista dedicada à cobertura econômica fica até ridícula.
A Exame poderia passar sem essa.

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