terça-feira, 31 de maio de 2011

Injustiça

Apesar do percevejo parecer mal como um pica-pau, colocar os humanos apenas secundando a lista dos 10 animais "do mal" é muita injustiça.

Vai doer no bolso?

Essa é a possibilidade que se abre com os escândalos da Fifa cada vez mais escancarados na mídia. Os patrocinadores já estão acusando o golpe.
Veremos como serão os próximos capítulos, mas o fato é que, nesta onda mundial de pedidos por mais democracia nas tomadas de decisão, um dos símbolos mundiais de falta de governança pode estar prestes a perder (com todos os amantes da bola consequentemente ganhando) uma de suas principais características.

sábado, 28 de maio de 2011

É muita cara de pau

O Ministro dos Esportes teve a pachora de dar um sermão nas autoridades de São Paulo, estado e municícpio, porque não está entregando o que ele considera ideal para ter assento na festinha da Copa. É muita cara de pau.
Tudo que o Governo Federal deveria fazer está atrasado, a começar pelos aeroportos, que, levando-se em conta o que falava a então ministra Dilma Rousseff, já deveriam ser no número de três em São Paulo.
Disse também o Ministro que o problema do estádio é do Poder Público, não do Corinthians. Já me pronunciei com relação a qual estádio creio ser o ideal para o clube, e, só para lembrar, outro era o estádio defendido pelas autoridades públicas.
Chega a ser patético o sujeito vir arrotar competência agora, nos terrenos alheios. Parece que o cara só sabe mesmo comer tapioca.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Padrões metálicos

Ouvi hoje pessoa defendendo a compra de ouro para defender-se de uma provável, para ela, queda do capitalismo. Acho meio maluquice, mas tudo bem, no fundo, no fundo, tenho a idéia de que acabaremos com uma volta aos padrões metálicos cedo ou tarde, sendo, então, que sou maluco também.
A diferença é que, ao meu ver, esse padrão servirá para lastrear as moedas não nacionais. Já há, no momento, uma circulação monetária muito maior do que as moedas permitiriam caso fosse necessário ter posse da moeda. Muito das negociações é feita sobre bits e promessas de pagamento permitidas pela tecnologia de informação.
Creio que, em algum momento de um futuro próximo, poderemos comprar certificados de produtos de empresas como a Vale, por exemplo, e utilizá-los como moeda, com a cotação do dia no mercado de commodities.
Será a volta do padrão metálico, sendo padrão ouro, prata, bronze ou, quem sabe, soja, que se não é um metal, de tão horrível, deveria ser.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Para não esteriotipar às prostitutas...

...esteriotipa-se aos clientes.
É o que se vê na peça Cabaré das Donzelas Inocentes, que assisti recentemente na Bahia.
Apesar de ter gostado da obra, não há como deixar de notar que o homem comum, hetereossexual (ou heteronormativo, como é a moda agora) e não pedófilo ou violento, é o grande ausente do enredo. Causou-me uma certa estranheza.
Só me pergunto, será que é assim que as prostitutas realmente vêem o sexo oposto ou foi um recorte do autor da obra?

Reserva legal no ar

Fico sabendo hoje, via Agência Estado, que Romero Jucá afirmou a certeza de mudanças do novo Código Florestal no Senado e que, juntamente com os demais líderes na Casa, pedirá a prorrogação do decreto 6514, de 2008, de modo que não seja necessário o cumprimento imediato de regras relativas à averbação das parcelas de reserva legal ou o pagamento de multas.
Ele deve estar realmente preocupado com o caso, imaginem como ficará a sua situação se, ao imbróglio com o Basa, forem aplicadas as multas relativas à falta de cobertura vegetal em suas fazendas aéreas?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Especialista em Telecomunicações

É o que se apreende como expertise do Ministro da Casa Civil pela sua lista de clientes.
Estaria ele no lugar errado?

E onde estava a Caixa?

Para completar os questionamentos de segunda, onde estavam os advogados da Caixa na hora que a honradez do caseiro estava sendo questionada ou o político que eles hoje acusam estava para eleger-se?

terça-feira, 24 de maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sigilo da fonte?

Vem agora o ex-diretor da Globo fizer que espera um país melhor para as futuras gerações e não pode suportar um político venal em um cargo de poder. Mas onde estava esse ex-diretor quando este político venal estava disputando as eleições e tornando-se figura de proa de um governo. Naquele momento a venalidade não era ameaça ao futuro do país? E muito antes, quando se provou que havia um crime em curso no Ministério da Fazenda?
Há atos morais que chegam tarde demais. Aquela historinha de que melhor que nunca é apenas conto da carochinha.

domingo, 22 de maio de 2011

Melhor não divulgar, vai que dá certo

Voltando à idéia de redes inteligentes (tal qual na propaganda da IBM), notícia muito promissora que vem das páginas da The Economist, a possibilidade de lucrar com os veículos elétricos.
É uma passo importante para que não se necessite de uma redundância da geração tão alta e pode ajudar a reverter um pouco o mal negócio que é manter um carro nos grandes centros urbanos.
A coisa promete ser tão boa que é capaz de não dar certo. Logo, logo haverá um esperto querendo regulamentar o processo e captar os ganhos para o governo, para controlar a bagunça e tal e, como sempre, inviabilizará a inovação no Brasil.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Externalidade positiva da mudança demográfica: o déficit educacional tende a ser superado

Dêem uma olhadinha nesse vídeo:


Como vemos, há uma série de mudanLinkças no nosso país, marcadamente na forma da, ainda assim chamada, pirâmide demográfica. Apesar de haver um aumento absoluto na população, e as estimativas são de que assim permanecerá na primeira metade do século, o número de jovens e crianças até vinte anos já está menor agora do que era dez anos atrás. E foi uma diminuição acentuada, cerca de 10%.
Como já escrevi aqui, com uma pequena ressalva, não me preocupa o envelhecimento da população como fator de freio econômico (desde que não seja contra o Ceará) e um fator de melhoria da produtividade geral do país que, na minha opinião, fará com que tenhamos algumas alegrias é o financiamento da educação.
Se já "perdemos" cinco milhões de jovens em comparação ao censo passado (ver minuto 1o,30) e os fundos públicos não foram reduzidos para a área educacional, podemos deduzir que há cada vez mais dinheiro per capita para sustentar a aprendizagem de nossos alunos. Portanto o problema de financiamento da área está resolvido ou em vias de sê-lo.
Não esperemos que a choradeira dos responsáveis pela gestão da área diminua proximamente, mas devemos ter consciência de que, ao exigir qualidade na educação pública, não estamos clamando por milagres. O dinheiro há e em volumes crescentes para um número de alunos declinante. Se o problema é incompetência na gestão de recursos, como parece ser o caso geralmente, então temos que resolver a questão melhorando os gestores através de qualificação, sempre que possível, ou trocando-os por outros mais qualificados.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sobre o reconhecimento legal da união homoafetiva

Sou favorável ao reconhecimento da união homoafetiva, casamento gay ou como quer que se queira chamar, mas confesso que não fiquei muito feliz com o modo como a coisa foi feita.
Parece-me que CF é muito clara sobre a forma como a lei considera uma união, digamos, romântica, e ela não prevê que esta seja homoafetiva. Havendo um consenso tal que permita a mudança da forma jurídica, essa deveria seguir o trâmite normal, passando pelo Congresso como uma emenda constitucional.
Pegar um atalho para chegar ao resultado desejado pode ser favorável ao homossexuais que se beneficiarão do reconhecimento estatal no curto prazo, mas significa um passo a mais no triste caminho da desinstitucionalização dos Poderes da República, cada vez mais borrados em suas funções.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lá como cá

Vejam o vídeo abaixo (em inglês):

O título já diz tudo: Quão estúpidos somos nós?
Nele o entrevistado diz que o funcionamento da democracia não pode ser correto quando a maioria da população não trabalha com dados verdadeiros, o que impossibilitaria uma a apreensão da realidade e, consequentemente, fazer as melhores escolhas. Nos Estados Unidos, seria responsável pelo apoio à invasão do Iraque.
Aqui, após menos de um semestre da nova administração, vemos que quase tudo que pregou durante a campanha eleitoral já foi jogado por terra. estuda-se, inclusive, a melhor maneira de se privatizar os aeroportos. Será que a culpa é do governo ou dos "estúpidos" que votaram nele acreditando em promessas irrealizáveis e pregação ideológica?
Ainda creio que seja verdadeira a célebre frase de Churchill, que a democracia é a pior forma de governo com exceção de todas as outras, mas não me espanta a suspeição com a qual ela foi vista pelos pensadores até o advento dos Federalistas e o início da democracia ocidental.
Ao dar armas nas mãos de pessoas vendadas, não podemos ficar irritados com algumas balas perdidas. Ou podemos?