Há quem reclame, mas a Netflix é um sucesso. E o motivo é um só, custos. Quanto menos dinheiro têm os consumidores americanos, mais eles migram para produtos de qualidade de baixo custo. É o caso da locações por via postal, os clientes podem ter cinco produções rotativas pelo preço de compra de uma mensalmente, sem preocupar-se com multas e os transtornos do trânsito, não há como dar errado.
Mesmo assim, o executivo-chefe da empresa, Reed Hasting, prevê que, em quatro anos, a operação de aluguel postal começará a decair. E a razão é a de sempre, a concorrência da internet. Atualmente para fazer uma locação, de ida e volta pelo correio, são gastos 80 centavos de dólar por DVD, enquanto a transmissão de um filme via web, serviço disponibilizado pela empresa para uma gama limitada de títulos, custa 5 centavos.
Com a ampliação da banda larga, ficará cada vez mais barato, para o consumidor, receber pacotes de dados. Algumas cidades do mundo, como Estocolmo, na Suécia, estão ligando todas as suas residências a redes de fibra ótica. Empresas terão, então, um custo de entrada no mercado muito menor. Todas as possuidoras de conteúdo a ser distribuído poderão fazê-lo a baixíssimo custo, maximizando o seu lucro. É o que pretende fazer a Netflix no futuro próximo. Ela terá, entretanto, como prováveis concorrentes os grandes estúdios que hoje lucram ao vender-lhe DVDs e Blu-rays.
Cá as coisas serão um tanto quanto mais lentas, visto que estamos muito atrasadod em matéria deinternet rápida, mas há um conjunto de empresas que podem se beneficiar da transmissão de filmes via internet, caso consigam se entender sobre como dividir os ganhos. As operadoras de celular e a Tec Toy.
Por já ser um equipamento naturalmente ligado ao televisor, não há plataforma melhor para descarregar vídeos do que o vídeo-game. O Zeebo, da Tec Toy, tem a vantagem de ter sido projetado para o carregamento online remoto de todo o seu software, contando com um disco rígido e um chip 3G embutido. As operadoras podem utilizar estas caractrísticas para fazer dele uma central de entretenimento com com comercialização de filmes com custo bastante baixo.
Provavelmente outros meios chegarão no futuro próximo, mas ignorar essa opção de ganhar dinheiro e agradar ao cliente parece-me boa demais para ignorar. O problema é que vivemos de ignorar as boas oportunidades.
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