quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mais que corno, torcedor

Em seu artigo na Folha de terça (assinantes leiam aqui), John Carlin proseou sobre a necessidade dos torcedores de iludir-se com a possibilidade de que os atletas profissionais estejam jogando em seus clubes por amor à camisa e não por dinheiro. Pediu já no título que não pisoteassem sonhos.
É certamente um conta-senso, talvez possível apenas no Brasil, já que aqui,, como dizia Tim Maia, prostitutas e traficantes, em pleno serviço, dão-se ao desfrute de, respectivamente, gozar e cheirar.
Não serei o último a saber, estão conosco não por amor. Sendo mais pragmático, prefiro aceitar que todos estão em meu time pelo dinheiro. Bons profissionais são aqueles que empregam o máximo de seu esforço para satisfazer às expectativas daqueles que os contratam. Para mim já estria bom demais se todos fossem deste tipo. Para que beijar a camisa e jurar amor eterno se o tal amor é motivado pelo holerite e é eterno à Vinicius de Moraes, enquanto dura a conta bancária. Cumpram seus contratos direitinho e serei grato "posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.)"
E, este ano, o Brasileirão já foi. Tenho, porém, o que comemorar, pois títulos vieram.Vamos celebrar, então, que o sono já está me levando a capacidade de dizer coisa com coisa.

Para celebrar a boa música e a ingenuidade dos torcedores mundo afora, Tim Maia e Vitória Régia, "Não quero dinheiro". Era e continua bom.



Para celebrar a perspicácia da maioria dos eleitores paulistas, que preferiram ver Netinho atentando contra os tímpanos a contra a legislatura federal, o próprio, "Que dure para sempre". Tá ruim, mas tá bom; melhor aqui que no Senado.

Um comentário:

Xinxa Gaspar disse...

Sem dúvida que é melhor aqui do que no senado!!!!