quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Buracos negros de fundos

Não é de hoje que venho criticando o modelo de administração dos clubes brasileiros. O fiz recentemente aqui, mas foi apenas mais uma vez entre muitas. Sempre faltam, entretanto, elementos mais científicos às minhas conclusões. Não tenho dados à mão ou vontade de enveredar por esses caminhos de forma mais profunda.
Há, porém, quem os tenha. Emerson Gonçalves , por exemplo, e, eventualmente, Cristiano Costa. Este último, com dados do primeiro, chegou à receita média por torcedor no futebol brasileiro. Não é de espantar que o clube que conseguiu criar o maior programa de sócios-torcedores do país, o Internacional, seja disparado aquele que consegue a maior arrecadação per capita.
Cabe aos clubes faturar com sua imagem, não às assim chamadas "organizadas" e demais caronas na credibilidade alheia. A função do torcedor é financiar as equipes, através de várias ações, como compra de ingressos e camisas oficiais, e não ser financiado por elas, mas aqui no subcontinente latino-americano parece que essa ideia básica não vingou. Basta o horror de ler coisas como esta para perceber.
Enquanto as organizadas forem escoadouros de recursos de nosso clubes, ainda presos entre a lógica empresarial de administração e a política, eles não conseguirão realizar o potencial técnico que as nossas equipes mereceriam ter. Veremos nossas promessas rumar para o exterior e poderemos só lamentar.
O Internacional parece ter vislumbrado a saída, cabe aos demais segui-lo ou ultrapassá-lo. Cabe a nós torcer por isso.

Nenhum comentário: