quinta-feira, 30 de junho de 2011

Efeito colateral da tirania

Não é apenas durante o período de vida de um tirano que ele causa problemas para o seu país. Sendo, via de regra, personalistas e paranóicos, não permitem a formação de outros líderes que poderiam levar a mudança ou lhes suceder de forma ordenada.
A Venezuela certamente viverá um quadro de crise aguda quando Chávez deixar o poder, seja pela via rápida da morte que se aproxima, segundo uns e outros, ou pela via de golpe, já que reinteradamente demonstra que não sairá por bem e voto.
Como sói acontecer com os povos que se deixar dominar por personalidades fortes de um "dirigente máximo", depois da queda virá o coice.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Onda do bafômetro

Depois do Aécio e do Índio, talvez seja a hora de outra figura da política carioca tomar cuidado com as blitzes:



Resta saber se a Corporação terá coragem de interpelá-lo.

De legados

Já que será inevitável, talvez seja o caso de começar a pensar nos legados que teremos dos nossos faraônicos jogos que chegarão em breve.
Londres está preocupado com o que Atenas fez; Estocolmo conseguiu lucrar apenas da idéia de ter Olimpíadas e o Brasil nem pensa nisso. Ou acha conveniente não pensar, para o lucro de poucos e prejuízo de muitos.
O certo é que teremos estádios onde não há times e refaremos palcos esportivos em uma cidade que, comprovadamente, usa mal os que já tem. Mas, em compensação, algumas ações estão sendo feitas em nome do esporte, mesmo que discutíveis.
Parece-me que os legados serão negativos, porém ainda há tempo para que as coisas entrem nos eixos. Torçamos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Eu sei que ele acredita no regime cubano, mas ...

... não pode ser tão ruim assim para agredir a dignidade da família pernambucana ter um caso com Chico Buarque, como deu a entender Ana Arraes.
Levar uma ofensa que pode ser, no máximo, pessoal como um atentado à família pernambucana é típico de pessoas que pensam ser entidades, algo como a realeza da "Veneza brasileira".
Só podemos ter dó de quem acha que isso é realidade.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Se você pode fazer 6 mil....

..., por que fazer 9 mil?

Não sei, mas a reportagem (ou aqui) acima mostra que foi essa a opção brasileira nos anos 80.
Pode ser que agora isso se reverta. Só não dá para afirmar, pois se trata de Brasil, terra das pororocas e da jabuticaba (no mal sentido).

sábado, 18 de junho de 2011

Xiii, São Paulo em maus lençois

Há rumores de que Chalita quer, agora Haddad também. Que São Paulo fez para merecer isso?

Cartas de reclamação deverão ser mandadas para São Bernardo

Todos aqueles que tiverem seus carros confiscados por foras-da-lei poderão mandar suas reclamações para o ex-presidente Lula e, caso não haja reação imediata, para o Palácio do Planalto. Afinal Evo Morales sempre foi apoiado e financiado pelos nosso bolsos por via do "cumpanhero" Barba.

Dois e dois são cinco em algumas altas esferas

Vendo que dois e dois são quatro, ao menos fora das cartilhas do MEC, o WSJ demonstra que o crescimento no Brasil tem um que de excesso de vontade política.
Só assim mesmo para haver investimentos neste país; com altas cargas de subsídio.

Só complementando

Ao comemorar isso, ele esquece-se que somos um dos maiores detentores de títulos daquele país?Link

sábado, 11 de junho de 2011

Corroborando comigo

Certa vez, sobre os ombros de grandões, afirmei que a pecuária era a solução para evitar a extinção de espécies.
A revista Time datada de 13 de junho traz uma reportagem que mostra que é assim mesmo:
Diz ela: "African game ranchers, safari guides and wildlife officials--precisely those who should be protecting the beasts--have been caught dabbling in the trade. At the same time, Asian criminals posing as big-game hunters are spending tens of thousands of dollars on licenses that allow them to legally shoot rhinos in South Africa, adding a respectable veneer to a nasty pursuit. A continent away, Chinese business interests are investing lavishly in a shadowy rhino-farming scheme that threatens to contravene international law."
E mais: "By 2008, suspicious South African officials began limiting each hunter to just one rhino kill per year. Rhino poaching increased almost immediately, as did the number of Vietnamese applying for trophy-hunting permits. Vietnamese keep getting arrested trying to smuggle horns out of South Africa. In January a Vietnamese man and woman were detained at the Pretoria airport trying to sneak out four unlicensed horns from animals they shot during a trophy hunt just days earlier."
Como vemos, razões morais impediram os caçadores de utilizar os meios oficiais para conseguir os seus troféus, o cifre de rinoceronte que vale seu peso em platina na China e no Vietnã. Os meios criminosos explodiram.
Há durante todo o texto da Time um indisfarçado tom de repulsa ao uso de chifre com fins medicinais - que, diga-se de passagem, eu compartilho com a revista -, mas a repulsa ocidental não vai fazer a procura pelo produto diminuir, assim como a Guerra às drogas não fez com que cocaína e heroína deixassem de ser consumidas.
Criar um fornecimento regular e legal de chifres, seja pela pecuária, como é o intento dos chineses, ou pela caça controlada, como vinham fazendo os vietinamitas na África do Sul, é a única forma de evitar que esses grandes animais deixem de ser nossos co-habitantes do planeta Terra. Outras podem ser tentadas, mas duvido que funcionem.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Todos os méritos para o Dallas, mas...

Se o Miami perder ficará como um dos maiores fiascos de todos os tempos. Principalmente para o Lebron James, já com fama de amarelão. Já vejo as manchetes, caso o Heat não reverta a situação: James é um foco de febre amarela.
Costumo torcer para os times da Oeste normalmente, porém este ano, em particular, o sentimento está mais forte. É difícil não antipatizar com tanta mascara junta, como é esse Miami.
Nowitzness neles.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Apenas a confirmação

Com o que aconteceu ontem no STF, confirma-se que não apenas aos políticos brasileiros falta palavra, ao Estado brasileiro também.
Países sérios do mundo é oficial. Não assinem tratados, contratos ou qualquer coisa semelhante com o Brasil.
E Battisti está livre, enquanto as suas vítimas, pois lembremos que a justiça de um pais democrático o considera um homicida, permanecem um alerta para contar nossa vergonha.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Gleisi que se cuide

Não tenho elementos para afirmar, como no caso do último ocupante, que ela está no posto ideal, mas parece ser prerrogativa exclusiva do cargo provocar crises políticas.
Não tenho, vocês sabem, nenhuma simpatia pelo PT e suas peripécias, porém não é possível ou desejável que um ministério central como a Casa Civil passe por essa humilhação reinterada, ano após ano. Desejo, então, muita sorte e competência à nova ocupante, que a sua atuação faça-nos esquecer esses anos terríveis.
Gleisi, vá pela sombra (no bom sentido).

É um começo

Desonerar os bens de capital é uma notícia boa, mas o ideal seria desonerar a própria energia gerada. Ter uma tarifa entre as mais caras do mundo não é, afinal, o ideal para quem quer ser potência econômica. Ou é?

Demorou, mas...

...estou de posse do meu Kindle DX, então o sonho de consumo pode ser mudado.
O problema é que, no momento, não tenho nenhum que possa ser comprado.
Infelizmente nem tudo é fácil na vida.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Será que percebeu apenas agora?

Ao dizer que a decisão sobre Palocci é senha para impunidade, a OAB finge pensar que só agora houve indícios para essa conclusão.
Não foi uma senha tudo que ocorreu até o momento?
Na verdade eles devem estar pensando que a fila da impunidade está tão grande que é preciso retirar senha. É a única explicação, pois caracterizar esse último ato como algo além do normal não dá.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cadê a Melancia

Instada a aparecer, a cidade de Grand Rapids fez um belíssimo clipe com a belíssima música, mas uma coisa preocupou-se ao ver os créditos. Se é uma produção associada com a Creo Productions, cadê a Mulher-Melancia?

Bem, não é falta de aviso

Na década de 1980, Walter Williams já instruía, em rede nacional americana, que as licenças obstruem o mercado de taxistas, em particular o dos mais pobres (vejam o vídeo abaixo principalmente ao redor do 4º minuto).



Em 1996, Maluf simplesmente ignorou tudo isso e congelou o número de alvarás. Agora a prefeitura, ao invés de flexibilizar completamente o processo, resolveu criar uma loteria de licenças.
É um caso típico. Sabendo que a coisa vai mal, após a secção de uma artéria importante por imperícia médica, coloca-se um band aid e manda-se o paciente para casa. É capaz que morra, mas ninguém poderá alegar que foi por falta de socorro. Que tenha sido por erro médico é só um detalhe.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Padrão

Para não variar, a entrega do facínora homicida é feita apenas quando este está prestes a acertar suas contas, em uma perspectiva judaico-cristã, com o Criador.
É, como sempre, jogar para a torcida. Ou, no caso, para manter acessa a possibilidade de juntar-se à União Européia.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Além da saúde pública

Para além do problema de saúde pública, que deve ser citado não apenas pelo tratamento dos viciados, mas também pelos das vítimas da violência armada, há, na Guerra contra as Drogas, o problema da tomado do poder pelos grupos criminosos. Parece estar ocorrendo isso na Guatemala como um todo, e partes de países maiores, como Brasil (vide Complexo do Alemão), Afeganistão e Colômbia já foram conquistados por essas máfias.
Esse efeito colateral é, na minha opinião, a melhor razão para uma mudança do sistema de combate às drogas hoje vigente. Estamos dando combustível para bandidos ao torná-los os únicos fornecedores de algo para o qual há mercado comprovado. Não é necessário ser um Adam Smith para perceber que o processo leva ao fortalecimento do cartel fornecedor, e não o contrário.
Querer controlar a natureza humana não levou, ao menos até onde sei, a nenhum governo virtuoso na história de nossa espécie. Drogas foram utilizadas por todas as sociedades conhecidas, sendo, portanto, indissociáveis do Homem. Declará-las ilegais, imorais ou engordativas não vão fazer que desapareçam e a estratégia utilizada nas últimas décadas não levou a um declínio do uso. Não creio que será agora que levará.
Os principais beneficiários da política restritiva, se não os únicos, são os membros do aparato repressor e os chefes de quadrilhas correlatas (traficantes de drogas e armas, lavadores de dinheiro, etc). Insistir em algo que beneficia tão poucos e afeta tantos não me parece apenas burrice, toca as raias da loucura.