A Google precisou desta módica quantia e o camarada que o cedeu deve estar rindo atoa. Se ele ainda está no negócio suas ações valem bilhões, se não teve um retorno de capital astronômico.
Antes do lançamento da Google havia a Yahoo, que também vale bilhões hoje, e algumas outras espalhadas mundo afora no mesmo segmento de mercado, busca de conteúdo. Uma era a empresa que criou o Miner, utilizado ainda hoje sistema do Grupo Abril, e que teve como desdobramento a tecnologia da empresa Akwan, comprada pela Google recentemente.
Aí está toda a diferença, enquanto nos EUA as empresas estão se desenvolvendo a ponto de comprar outras aqui no Brasil, o que impede que as nossas façam o mesmo?
A Google é apenas uma criança no ponto de vista empresarial, começou em 1998, e já goza de créditos que permitem fazer aquisições. Uma empresa na mesma idade no Brasil está normalmente lutando para se formalizar ainda.
Tem ainda que arcar com uma burocracia absurda para abrir a empresa, e rezar para não ter que fechá-la (pois aí a burocracia será mais que absurda), para registrar as patentes de seus produtos e para contratar e demitir funcionários.
Ou seja, o empreendedor tem que ter um produto inovador, mas o mais importante mesmo é ter dinheiro guardado para manter a empresa funcionando nos tempos de vacas magras e ser muito bom empresário, já que não tem espaço para erros.
E se este super-homem tiver todas estas qualidades, ainda encontra barreiras para se internacionalizar. Com base nisto alguém se espanta de não termos nenhuma Google aparecendo por aqui?
È óbvio que os 100 mil dólares não é a barreira inicial, nem o conhecimento técnico. Só que enquanto o custo de oportunidade estiver tão alto aqui e os lucros financeiros e sem risco estiverem neste patamar, qualquer pessoa com este dinheiro para empreender preferirá deixar os bancos lhe pagarem mil dólares de aluguel pelo seu dinheiro.
A não ser que seja muito sonhador, e ainda bem que os temos aos montes ainda.
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