Há muito defendo que a concepção de ecologista é mais do que querer salvar a espécie A ou B. No meu ponto de vista a ecologia é o próximo passo da economia, já que a primeira visa entender equilíbrio dos recursos em um ambiente e a segunda o uso mais eficiente de recursos escassos (é uma das definições de um velho dicionário de economia que tenho aqui em casa). Entender e poupar são complementares e ser sustentável no mundo é o desejo de qualquer ser vivente.
E finalmente o povão está começando a entender isso; e quando o povão entende, os que deveriam liderá-los vão atrás com uma celeridade impressionante.
Ao que parece sofreremos efeitos cada vez mais violentos das barbaridades que já cometemos e que ainda estamos cometendo contra a biosfera, mas a boa notícia é que com a tomada de consciência poderemos deixar de agravar a situação muito em breve, em questão de poucos anos (no cenário mais otimista). E em poucas décadas poderemos estar em uma nova era na qual o ser humano tenha alcançado o equilíbrio ecológico.
Na verdade isso é muito menos difícil do que parece do ponto de vista tecnológico, porém acarretará em mudanças muito profundas nos modos de vida da maioria da população mundial e troca da relação de poder entre as nações e as corporações. E é nisso que ocorrerá o grande desafio, vencer as posições contrárias às mudanças tecnológicas poupadoras de energia.
Existem exemplos simples de tecnologias que já estão completamente maduras e que poupam energia e que estão sendo combatidas pelas indústrias estabelecidas.
A transferência de arquivos por Internet é uma delas. Cada arquivo transferido é um pouco de petróleo poupado, tanto na mídia em que ele seria impresso de alguma maneira (um cd, por exemplo) e no deslocamento físico, que hoje é feito prioritariamente por veículos automotores.
O teletrabalho age da mesma forma, impedindo os deslocamentos e utilização de carros.
Da mesma forma agirá a utilização de formas de energia que hoje são chamadas de alternativas, poupando petróleo e distribuindo poder para todas as nações onde haja a possibilidade de utilizá-las (praticamente todas, na verdade) e retirando-o das nações exportadoras de petróleos e das empresas gigantes que controlam o comércio mundial.
Portando esta crise anunciada é uma oportunidade e tanto para que o mundo seja mais justo e rico, cortando os desperdícios que tem aos montes, só que para que isso ocorra é necessário que sejamos mais do que ecochatos, precisamos ser ecoegoístas.
Temos que pensar em nós mesmos e deixar de apoiar as iniciativas que são contrárias à implementação de medidas energeticamente corretas.
O resto é perfumaria.
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