quarta-feira, 10 de junho de 2009

Felicidade e os tempos atuais

Estava lendo um texto em um blog de filosofia, chamado Crítica, e deparei-me com o seguinte trecho de John Stuart Mill, figura que teve uma vida de novela:
Só são felizes (pensei) aqueles que fixam a sua mente num objecto que não a sua própria felicidade, como a felicidade dos outros, o aperfeiçoamento da humanidade ou mesmo alguma arte ou actividade, procurando-o não como meio, mas como fim ideal em si. Tendo outra coisa em vista, encontram a felicidade pelo caminho. […] Pergunte a si próprio se é feliz e deixará de o ser. A única hipótese é tratar, não a felicidade, mas outro fim que lhe seja exterior, como propósito da vida.

Refletindo sobre o tema, sou levado a concordar com o filósofo. Será possível ser feliz tendo a obrigação de sê-lo? Creio que não, pois tudo que é feito por obrigação não é prazeroso.
E o pior é que nossa sociedade deu para colocar como meta ser feliz. Não temos mais que ser bons pais, funcionários, empreendedores ou qualquer função. Temos apenas que ser felizes, a todo custo.
Não me admira que as vendas de prozac estejam tão altas, querem que façamos o impossível. O que deveria ser um trabalho para um Super-Homem, que no filmes, lembrem-se, era bastante deprimido, ou, mais na moda no momento, um Obama, virou a tarefa do homem comum.
E agora, quem poderá me defender? Chapolim Colorado está disponível?

2 comentários:

Xinxa Gaspar disse...

Concordo plenamente contigo e com o sr. Mill. Aproveito para pedir licença e publicar esse texto no meu blog.

Gian disse...

Fique a vontade