quarta-feira, 10 de maio de 2006

Herança maldita

Não importa quem seja o próximo presidente da república – que pode até ser o mesmo (Deus no livre) -, ele terá a verdadeira herança maldita para combater.
E ao contrário daquela que os antigos petistas diziam receber, esta não poderá ser usada com outro nome e a mesma fórmula.
A trama que liga as instituições deste país está tão esgarçada que será necessário uma refundação da nossa democracia.
Ou será que aceitaremos outra rainha da Inglaterra em nossa presidência (aquele senhor que nada faz, nada sabe e nada manda) discursando que “nunca na história deste país”?
Creio que não, se estamos em um presidencialismo é para que tenhamos um presidente, de fato e de direito. Que este aja como um e seja responsável por seu governo.
E quanto ao Legislativo?
Criado basicamente para fiscalizar e balizar o poder executivo, não está fazendo nada disso. E nem a sua outra função – ser a casa onde a voz das ruas encontra eco e se transforma em leis e atos – está sendo exercida. Fica a pergunta; pra que serve então?
E quanto ao Judiciário?
Um dos mais politizados e ineficientes do mundo.
Não pense aqui que estou colocando o peso de cinco séculos de construção de “tudo isto que está aí” nas costas do sr. Inácio, mas ele conseguiu tudo que estava errado e piorar; com o mensalão e a desmoralização do escândalo, sabendo ele ou não das coisas.

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