Nesta semana assisti a um documentário chamado “As marcas da água” que tratava de um clube para atletas judeus na Áustria pré-nazista.
Os dramas que aparecem no filme não são o assunto do texto, mas sim a manutenção da infra-estrutura mostrada nele na década de 30 do século passada e ainda operando, com aparência de que acabou de ser construída.
Este é um ponto que marca profundamente as diferenças entre um país economicamente desenvolvido e o nosso. Lá as coisas são feitas para durar, enquanto aqui são feitas para aparentar.
Estamos nos especializando em construir equipamentos urbanos com vida útil de poucos anos, e que ao terminar de serem construídos já necessitam de reformas.
Este é uma demonstração acabada com o desleixo com o patrimônio público e da incapacidade de se pensar em termos de Patrimônio Líquido Nacional nos moldes do apresentado por Kanitz em uma de suas colunas (já comentei este artigo uma vez, se quiser relembrar o link é esse http://eudiscordomesmo.blogspot.com/2006/02/sobre-o-patrimnio-lquido-nacional.html ).
Repito que venho dizendo faz anos, não há falta de dinheiro no Brasil para alcançarmos nossos objetivos, existe sim falta de competência para gerir estes recursos, na melhor das hipóteses, ou falta de escrúpulos, ou até mesmo uma soma dos dois fatores.
Fora uma empresa, todos os funcionários estariam no olho da rua devido aos índices de re-trabalho e desvalorização dos ativos, sendo um país e se tratando de patrimônio público, ainda têm uns que se reelegem.
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