Se existiu um ponto em que o executivo atual foi muito melhor do que o governo FHC, este foi na prática de relações públicas. Ele conseguiu fazer com que erros bisonhos passassem para a população como o ápice da administração.
A carne brasileira é embargada mundo afora por questões sanitárias; vergonha? Nada, há uma derrama de carnes no mercado interno e o preço cai.
Então temos que ouvir o velho “nunca na história deste país o pobre comeu tanta carne”.
É provado que muitos dos alunos que são beneficiados pelo bolsa-família abandonaram a escola e os benefícios continuam sendo pagos. Falta de fiscalização? Claro que não, sensibilidade social.
A Bolívia “nacionaliza” o patrimônio da Petrobrás, a Venezuela ameaça fazer o mesmo, a Argentina impõe cotas aos nossos produtos, o Paraguai e o Uruguai dizem que irão sair do Mercosul; ou seja, todos quebraram ou querem quebrar contratos? Resposta do Itamaraty, é preciso ser solidário com os povos menos afortunados; afinal, vocês querem o que? Que invadamos os pobrezinhos?
Dentro deste quadro lamentável vinha escapando o trabalho da Polícia Federal, não que ela esteja escapando da politização (já escrevi sobre isso e se quiserem refrescar a memória é só clicar aqui ), mas estava ao menos escapando da incompetência e da humilhação pública.
Estava; no episódio do dossiê fajuto esta enterrando a credibilidade da instituição.
Na segunda-feira ela teve que ver seu nome estampado nas manchetes televisivas quando um grupo de parlamentares ocupantes da CPI dos Sanguessugas foi a Matogrosso do Sul “ensinar” o delegado a fazer investigações.
Ontem os policiais federais denunciaram que a instituição está sendo usado com motivação política pelo governo e que quem não se enquadrar nisso é “enquadrado” a despeito dos ritos normais.
Os delegados são acusados por aloprados (definição presidencial) de torturadores psíquicos; digamos assim, quase-alckmins em porta de cadeia.
Tudo naturalmente ao estilo poder central, maltrata-se as instituições e salvam-se os anéis do povo no poder e o poder para este povo.
"Republicanismo" na veia.
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