Mas parece que a mídia está acordando para a verdade dos fatos.
No artigo de domingo do Estadão; Celso Ming finalmente explicitou o que é óbvio, porém negado; o caso não é de fortaleza do real e sim de fraqueza do dólar.
Portanto não adianta o choro dos exportadores pela equiparação da taxa de câmbio a valores de 3 ou 4 anos atrás. Caso isso fosse tentado, o governo apenas jogaria muito, muito mesmo, dinheiro fora para valorizar o dólar e veria as exportações explodirem e a inflação também, resultando em recessão interna.
Isso é totalmente ilógico e, digo mais, é mesmo impossível em uma democracia de fato em que não se está vivendo uma crise.
Já disse isso em artigos anteriores, mas na custa repetir: a única maneira de se conseguir uma reversão cambial em favor dos exportadores seria pela mudança dos padrões de consumo da população que a levasse a comprar produtos cada vez mais sofisticados que a indústria interna não tivesse capacidade de suprir. E isso só teria uma chance mínima de ocorrer caso, à população, a renda aumentasse absurdamente. Em outras palavras, pode esquecer.
A tendência é justamente contrária. Com o país sendo um exportador de combustíveis cada vez mais atuante e com o alinhamento dos preços de imóveis aos padrões internacionais, mais e mais dólares entrarão para impulsionar a nossa balança de pagamentos para as alturas e o valor da moeda norte-americana em trocas dos nossos caraminguás para o rodapé.
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