Ontem a Polícia Federal mobilizou cerca de 100 agentes para desbaratar uma quadrilha de “exploradores sexuais” que tinha clientes, na maioria estrangeira, que chegavam a pagar 15 mil reais por encontro. Grande parte destes se realizaram no exterior, para onde as profissionais eram remetidas em aviões comerciais de carreira.
As prostitutas eram recrutadas com base na aparência física e notoriedade, muitas sendo famosas modelos.
Dito tudo isso, a pergunta: a Polícia Federal não tem mais o que fazer?
Vai lá, a “exploração” de prostitutas é um crime e em muitos casos envolve violência e, neste caso em particular, certamente lavagem de dinheiro e todas questões morais, mas 100 agentes?
Isso indica das duas, uma: ou o crime está quase acabado no Brasil e por isso está sobrando agente ou a instituição anda procurando holofotes e para isso organiza grandes operações sem necessidade.
Sou mais propenso a acreditar na segunda hipótese. E vocês?
Agora só um comentário sobre a natureza da quadrilha desbaratada.
Ao que parece não havia nenhuma coerção por parte dos agenciadores para que as prostitutas realizassem o serviço.
Até onde eu sei, prostituição não é crime pelas leis nacionais. Se não há crime no ato, não deveria haver também na intermediação não-coercitiva deste. Como diz um famoso deputado federal reconduzido ao cargo pelo povo de São Paulo: “...estando bom para ambas as partes...”.
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