segunda-feira, 5 de março de 2007

Confissão

Depois do Carnaval, no qual vi muitos de meus amigos comentando sobre o Big Brother, resolvi dar uma olhada na coisa com mais atenção.
Na minha estréia em ver um capítulo inteiro, desta edição, gostei do que vi. Um puta quebra-pau, nada de cínicos sorrisinhos para a tela.
O fato é que vez ou outra estou assistindo flashes do que está ocorrendo por lá e ontem eu vi a votação para saber os oponentes na próxima eliminação.
O programa é sem-importância, puro passa-tempo para as massas, só que vez ou outra mostra o estágio em que estamos neste país.
O que me marcou do programa de ontem foi o seguinte: a justificativa de um dos participantes – o queridinho da audiência, diga-se de passagem – para ter votado em outro deles foi que o seu escolhido “pensava muito antes de falar”.
Então veja a que ponto chegamos, pensar antes de falar virou defeito passível de eliminação na nossa sociedade. E o pior é que as nossas escolhas políticas demonstram que isso é a concepção que prevalece no Brasil.
Portanto premiaremos com um milhão o camarada que não pensa antes de falar, que não gosta que não gostem dele por ele ser de difícil convivência e autoritário (é o que pensa a maioria dos que estão confinados) e que acha que as regras não escritas só valem para os demais (reclama de que há combinação de voto no lado adversário, apesar de ter combinado nas duas semanas em que eu maiôs ou menos assisti ao programa).
Então eu confesso duas coisas: assisto ao BBB e temo que este Alemão vire um político de muito, muito sucesso.

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