quarta-feira, 14 de março de 2007

Produtividade em alta

Realmente não dá para entender porque toda a mídia apóia aqueles que são favoráveis à desvalorização cambial.
Dizer que isso favoreceria o emprego no setor industrial não é uma boa justificativa, uma vez que isso coloca sobre o setor secundário um peso que ele não tem.
Ele representa, se muito, 25% do PIB e muito menos do que esta porcentagem no número de empregos. Por qual razão deve a sociedade subsidiar esta parcela da economia?
Ser uma economia de transformação não é mais nobre do que ser uma de extrativismo ou de serviços pois a nobreza de uma economia consiste em gerar condições de que a grande maioria da população do país tenha boas condições de vida.
Pela minha visão, o Brasil só alcançará esta nobreza através de uma matriz econômica fortemente baseada no setor de serviços, que é aquele capaz de incorporar grandes massas de trabalhadores não-especializados.
Só que para que o setor de serviços se desenvolva é necessário que ocorra um aumento da renda per capita da população, o que equivale a liberar renda antes gasto em itens essenciais. A valorização do real faz justamente isso e, portanto, é extremamente benéfica para o país.
O problema é que a Fiesp e sobre-representada na mídia nacional e não importa para ela o que é bom ou ruim para o país e sim o que é bom para os industriais, e a parcela exportadora quer dólar nas alturas.
Nesta toada, o real segue tomando lambadas, mas vai resistindo. Ainda bem.
Com isso nossa produtividade segue em alta e nosso país tem chances reais de desenvolvimento.

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