quarta-feira, 29 de julho de 2009

O fim do computador pessoal

Pode até parecer mentira, mas houve um tempo em que não existiam computadores pessoais. E, por incrível que pareça, as tendências mostram que dentro em pouco eles voltarão a desaparecer.
Computadores são ferramentas, mas, por um período de tempo, foram tratados como outra coisa. Como um definidor de estilo de vida, o que diferenciava os integrados e os pré-históricos.
Os pingos, entretanto, estão voltando para os is. As tarefas antes desempenhadas apenas pelos computadores pessoais estão sendo distribuídas para outros aparelhos e, paradoxalmente, o processamento está cada vez mais centralizado em empresas dedicadas a isso, longe dos olhos do usuário final.
Esse processo aconteceu em todas as grandes indústrias. Antes todos tinham um martelo em casa, pois era necessário para tarefas do dia-a-dia; hoje poucos têm, muito do que se fazia com ele foi terceirizado. O transporte é um bom exemplo. Passou-se de um sistema do cada um por si, antes do advento dos coletivos (bonde e trem) para o individual (carros, principalmente) e há agora um renascimento do apelo da coletivização do transporte, que faz muito mais sentido econômico e socialmente.
É a internet a responsável pela morte anunciada do PC. Muitos, incluindo eu, os possui sem entender nada de programação. A máquina serve apenas para acessar à WEB e, raramente, jogar algum vídeo-game. Ou seja, espingarda para matar baratas, pode até funcionar, mas não é o mais indicado.
A rede está cada vez mais sendo acessada por dispositivos móveis. No último trimestre, a despeito da crise econômica, houve um crescimento mundial de 30% nesta forma de interação. Tudo porque aparelhos portáteis, não importando a nomenclatura, estão ficando melhores e mais confiáveis. E a onipresença faz com que seja até mais útil a informação contida nos sites. Para os games é sempre melhor um aparelho dedicado, sem as terríveis instalações e configurações, propensas a deixar qualquer leigo maluco.
Resumindo, acredito que, dentro em breve, não teremos um aparelho chamado computador. Tudo que ele faz continuará existindo em outros dispositivos, mas provavelmente nem perceberemos que há ali processamento de dados, só funcionalidade.

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