No meio da brigaiada das CPIs parece que muitas perguntas estão ficando sem resposta.
Vou dar um exemplo, a motivação que Marcos Valério afirma para ter se envolvido neste imbróglio.
Isto teria ocorrido devido a certas pressões sobre os contratos que as agências do “publicitário” tinha com o Banco do Brasil. Caso Valério não “ajudasse” o PT, este poderia vir a romper com os contratos, insinuou o “empresário”.
Mas vamos tentar depurar as coisas.
Aparentemente, segundo o sócio Cristiano Paz, o primeiro empréstimo foi de 12 milhões de reais. Com juros camaradas de, digamos, de 1 por cento, teríamos que a SMPeB arcaria com encargos financeiros, sem contar as taxas, de 120 mil reais mensais.
Levando-se em conta que os lucros da agência com o contrato fossem de 20 por cento, precisaria de um contrato que, apenas para pagamento de juros, de 600 mil reais mensais.
Agora vamos extrapolar na imaginação. Caso o contrato de empréstimo fosse para ser saldado em dois anos.
Para que o contrato apenas empatasse o jogo, e não remunerasse a empresa, seria necessário que o banco do Brasil tivesse contratado serviços de 75 milhões de reais no período.
Isto seria mais do que o faturamento isolado da empresa antes do seu envolvimento com o PT.
Então, você financiaria um partido, colocando sua empresa em risco, a troco de nada?
Usando as palavras de Marcos Valério: “vamos falar o português claro”. No mínimo é estranho, e pode muito bem ser irregular.
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