Bem, se você lê esse blog com freqüência sabe que demonstro uma fé quase cega no Brasil e seu povo; do qual excluo os dirigentes políticos em quem não tenho fé nenhuma.
Pois acho que terei que mudar o tempo verbal desta fé. Ela está ficando cada fez menos cega e já tenho até data para dizer aos quatros cantos: não tenho fé nenhuma.
Isso acontecerá no dia que Lula for declarado vencedor desta eleição presidencial que se aproxima. Claro que apenas se ele for vencedor (ainda tenho um pouco de fé – lembrem – e não acho possível que nós o reelejamos).
Um Lula vencedor significará simplesmente o reconhecimento do povo brasileiro de que a honestidade na administração pública não compensa. Que o clientelismo é a melhor arma e que a competência e a coerência não são fatores levados em conta pelo votante.
O pior é que não é apenas isso; o grupo que está no poder hoje é representante não só lesa os cofres públicos agora como tem um longo histórico de luta contra o bem público através oposicionismo selvagem e irresponsável; não preciso lembrá-lo das famosas bravatas pré-poder.
Em entrevista à Folha de ontem, Francisco Weffort diz que Lula é uma nova versão do bordão “rouba, mas faz” criado para Adhemar de Barros e colado depois a imagem de Maluf. Seria mesmo similar, caso não houvesse o ineditismo de que agora não são apenas acusações; são crimes documentados, indiciados e confessados, o que torna o fato de não ter sido julgado ainda irrelevante do ponto de vista eleitoral.
São criminosos dizendo que só fizeram o que sempre foi feito na história deste país e esquecendo que sempre afirmaram que deveriam ser postos lá para acabar com e mudar “tudo isso que está aí’.
Ou seja, caso reelejamos estes senhores estarem passando um atestado de falta de vergonha na cara. E triste, mas os especialistas dizem que o faremos; e no primeiro turno, que é para não deixar dúvidas.
Só para lembrá-los vai aí uma daquelas do Arnaldo, Let´s dance .
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