Ouça isso.
Preste atenção na parte em que se afirma que gente honesta não negocia com bandido.
Bem falado; eu apenas me pergunto como se classifica que extorque bicheiro, quem compra deputado, quem fabrica dossiê, quem anda com dinheiro “não-contabilizado”, etc, etc e etc. E também se o entrevistado está confessando falta de honestidade com a frase ou é apenas um ato falho.
Mas o fato é que um funcionário da campanha de Lula confirma que negociou o tal dossiê, portanto não deve ser honesto, assim como os demais afastados, que ou estavam envolvidos diretamente na negociação ou esqueceram convenientemente que sabiam que havia negociações.
Enquanto isto o republicanismo anda em alta, não?
O ministro Bastos disse que “Não se pode condicionar uma investigação policial à lógica e ao tempo de uma campanha eleitoral. Não se pode prejudicar uma investigação para obter efeito eleitoral”.
Então como ele explicaria a nota abaixo postada no site Cláudio Humberto :
“Apuração sob controle
A apenas seis dias úteis e três programas gratuitos na tevê da eleição do dia 1º, o Palácio do Planalto estabeleceu ontem uma estratégia para impedir o crescimento da crise da gangue do dossiê: ainda que seja descoberta a origem do dinheiro apreendido com os petistas em um hotel de São Paulo, a informação somente seria divulgada após a eleição. Lula quer o Coaf e a Polícia Federal “sob controle” para não vazar a descoberta. Vai ser difícil.”
Vai mesmo, já que a polícia já anunciou de onde saiu o dinheiro (três bancos e tal) e será muito difícil dizer que não é possível saber por meio destes três bancos quem sacou.
E também seria bom explicar por quê o delegado responsável pela prisão dos petistas foi afastado do caso, se é que é possível.
Certo está o blogueiro Ricardo Noblat na sua análise sobre a tentativa do governo de alegar ser tudo um golpe das “elites”.
Ridículo alegar isso, a verdade é que os nossos líderes não têm moral para mais nada.
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