É público e notório que o ápice da carreira escolar de nosso mandatário-mor foi um diploma de torneiro mecânico pelo Senai de São Paulo. Isso explica muito da política educacional e da visão de educação desta administração, que – adivinhem – acho estar equivocada.
Ela se baseia na formação profissionalizante, de preferência precoce, em detrimento da generalista. Não é por outros motivos que se fala na “revitalização” do ensino técnico e na criação de faculdades em todo e qualquer cantinho do país. Ou seja, a glorificação do passado quando o mundo parecia imutável ao se olhar adiante, e o máximo era a especialização do ser humano através da obtenção de um diploma.
Observe que não quero com isso dizer que o ensino universitário ou técnico é uma perda de tempo. Quero sim afirmar que o sistema de ensino está sendo conduzido para o lado errado. E o pior é que tanto a administração Lula quanto uma volta ao poder do PSDB (que apoio no atual pleito, vocês bem sabem) pelo candidato atual parecem querer aumentar a velocidade na direção errada.
Destes que postam a nossa frente, apenas Cristovam Buarque parece enxergar que não adianta querer corrigir o sistema educacional pelo topo.
A educação formal há muito deixou de se encerrar com a obtenção de um diploma de terceiro grau, ou de um mestrado ou até de um doutorado. Ela é um processo contínuo e o que deve ser ensinado aos alunos é a aprender, coisa que ele vai fazer durante toda a sua vida, profissionalmente ou não.
Enquanto não entrar na cabeça do povo brasileiro – e conseqüentemente, dos dirigentes e líderes deste povo - que este “bacharelismo” é um sinal de atraso, nós não vamos para frente; ficaremos apenas andando de lado, expressão da moda no momento que demonstra o que estamos fazendo por séculos.
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