segunda-feira, 30 de outubro de 2006

O resultado da eleição

Olhando o resultado das eleições chega-se a conclusão que faltou ao presidenciável Alckmin algo que sobrou em FHC e esteve presente com menos força na candidatura Serra, um PFL forte para auxiliá-lo.
O PFL foi simplesmente varrido nesta eleição, enquanto os outros três grandes partidos aumentaram sua participação no cenário nacional.
Apesar do abandono que alguns líderes tucanos ao candidato de seu partido, foi a derrota do PFL no seu antigos redutos eleitorais que sacramentou o domínio petista do cenário nacional mais um quadriênio.
Como todo o bom paulista, olho com um pouco de desdém para o partido que nunca conseguiu se firmar como uma alternativa séria aqui na paulicéia, e para os seus líderes que sempre chegaram até nós através da lente crítica da mídia, que nós sabemos ser esquerdista. Como brasileiro fico muito chateado que este ocaso tenha significado a reeleição lulista.
Os eleitores históricos do PFL devem estar sabendo o fazem, só espero que eles não se arrependam da troca que fizeram e eu a emenda se torne muito pior que o soneto.

Educação e formação profissional

Já foi dito neste blog que a educação no Brasil é extremamente burocrática, no sentido de visar apenas a obtenção de diplomas.
Ter um diploma neste país é um desejo almejado pelas razões completamente erradas, já que ele não significa excelência em nada e sim que o portador é habilitado a exercer uma função profissional, é a burocracia presente novamente.
Então temos o seguinte quadro, uma educação burocrática para se obter um certificado que será utilizado pelas burocracias trabalhistas e empresariais. Tudo errado, o cartorialismo ibérico levado ao extremo.
E não vai mudar, pois o presidente reeleito pensa que o que de melhor há para se mostrar em uma administração é o aumento de pessoas com o diploma no ensino médio e de agraciados com bolsas do Pro-uni.
Está certo que está provado que quem tem diploma de ensino superior ganha mais do quem não tem e que cada ano a mais no ensino formal incrementa alguns reais na renda do indivíduo; na média é assim, mas desconfio que além do “burocratismo” de nossa economia há um fator que não tem nada a ver com os diplomas fornecidos pelas escolas formais.
E este fator é a capacidade de abstração.
Se durante os séculos XIX e XX a quase totalidade de empregos exigia a simples aplicação de regras ou tarefas repetitivas, ou ambas, hoje a quase totalidade de oportunidade de renda exigem raciocínio abstrato e manipulação de informação, transformando-a em conhecimento.
Deve haver inúmeras formas de se desenvolver esta capacidade, mas a que se tem mostrado mais efetiva é a leitura e o estudo, atributos que são mais exigidos quanto mais se avança na educação formal.
É essa coincidência que, na maioria das vezes, resulta nos melhores salários e não os diplomas burocráticos.
Para melhorar a empregabilidade das futuras gerações, os governos deveriam se preocupar com um ensino de qualidade no que hoje chamamos de ensino fundamental e não em garantir diplomas subsidiados aos que não tiveram tal ensino.
Tendo um bom raciocínio abstrato e um pouco de raciocínio lógico, tudo se resolve. As pessoas têm até uma capacidade maior de suprir as deficiências das instituições de ensino.
O problema é que isso demora a aparecer, e a nossa tacanha lógica política trabalha com um horizonte de quatro anos, e nada como um aumento no número de graduados para lustrar um currículo de governante.
Então ficamos nisso de formar profissionais em vez de educar pessoas.

domingo, 29 de outubro de 2006

Bola prá frente

Bem, não deu, fazer o quê?
O jeito agora é ir chorar no banheiro um pouco e preparar a versão 2007 do Gian, agora sem nenhuma fé no povo brasileiro.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Faltam 3 dias

E cadê a resposta?

Cadê o segredo de justiça?

""...Claro que não foi. É evidente que não foi o PT. Foram pessoas que montaram um grupo de inteligência entre aspas e que fizeram isso (a negociação). É isto que está nos autos (inquérito)", disse o ministro a jornalistas."
O ministro em questão é o Marcio Thomaz Bastos. Me pergunto então:
se o rocesso está correndo sobre sigilo de justiça, como o mininstro sabe o que que está nos autos?
Ele é advogado de alguma das partes envolvidas?
Ou seria apenas mais uma das vezes em que este governo mistura público e privado.
Aliás, de fato não foi o PT quem fez nada. Partido nenhum age, e sim pessoas em nome dele.
No caso pessoas membras dos diretórios e pagas por ele.
Dizem por aí que dá cassação de registro e, dependendo do caso, perda da candidatura. Será que é verdade?

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Lagos mortais

Observação: esta é uma postagem sobre política, para saber sobre o fenômeno geológico que forma os lagos assassinos da África, clique no marcador ao pé deste texto.

De todos os documentários que já vi na tv, o que me impressionou mais foi um sobre os lagos assassinos que existem na África.
Estes têm características muito peculiares, são profundos e situados sobre falhas geológicas que bombeiam carbono gaseificado no seu interior, e de tempos em tempos matam por asfixia todos os organismos aeróbios de suas margens e arredores.
Felizmente não temos nenhum destes por aqui, pelo menos nenhum conhecido, e podemos nos preocupar com coisas menos interessantes, tais como política e economia.
E nestes quesitos os riscos de asfixia estão muito presentes no ar no momento. A democracia, qualquer que seja o resultado das urnas de domingo sofrerá provações tremendas.
Lula só governa se houver flagrante desrespeito as leis vigentes no país, já que tudo leva a crer que sua campanha usou recursos ilegais para se eleger em 2002 e novamente agora em 2006.
Alckmin se eleito não terá nenhum problema institucional, porém terá que conviver com a insurreição dos chamados “movimentos sociais organizados” que apóiam o PT.
Como para sobreviver a democracia precisa de instituições fortes e ordem social, podemos prever um 2007 muito ruim para ela e, conseqüentemente, para nós.
Já na economia deveremos sofrer a freiada do crescimento mundial e como a nossa economia interna não está tão arrumada como nossos líderes parecem acreditar vamos sofrer muito com isso. O que em última análise deve alimentar a instabilidade política do ano que vem.
A confusão está armada, só espero que o poder mortal desta não se compare ao dos lagos assassinos africanos.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

O fim está próximo

Pelo menos é o que se vê na revista Veja desta semana.
As famosas páginas amarelas são preenchidas com um pessimismo sem tamanho.
O entrevistado James Lovelock (autor da Hipótese Gaia) afirma que nossos dias na Terra como espécie estão contados e que até 2040 a vida se tornará insuportável nas regiões próximas da linha do Equador; ou seja, o inferno será aqui.
Bem, não sei se chegaremos a tanto, com o Brasil deixando de ser habitável, mas certamente não seremos exterminados como espécie tão cedo. Não sei se felizmente ou infelizmente, a espécie humana se tornou quase indiferente as grandes variações climáticas no quesito sobrevivência.
O que podemos encarar no futuro próximo é uma incrível perda de qualidade de vida da humanidade e conseqüente encolhimento populacional. Se sobrevivemos a mudanças quando não tínhamos posse das tecnologias que dispomos hoje, por que seria esta que nos extinguiria?
O certo é que está formado o consenso de que nós conseguimos destruir o equilíbrio ambiental do planeta e sofreremos com isso, mas acho que o cientista é demasiadamente apocalíptico. E mal informado em alguns detalhes.
Na entrevista ele deixa bem claro que considera uma má idéia a adoção dos biocombustíveis, pois estes pressupõem a substituição de florestas ou campos de produção de alimentos. E nós brasileiros sabemos que isto não é necessariamente verdade.
No nosso caso em particular, estão a disposição milhares de hectares de pastagens degradadas que poderiam ser prontamente utilizadas para a produção de combustíveis, gerando empregos, renda e economia em derivados de petróleo e outros fósseis, sem a derrubada de uma árvore ou troca de um pé de alface por cana ou soja ou o que quer que se use para a obtenção de biocombustível.
Situação que se ocorre em maior ou menor grau mundo afora, já que há no momento uma superprodução de alimentos e não escassez. E se há fome no mundo não é certamente por falta de alimentos a serem fornecidos; só a falta de competência da humanidade em geral de distribuir seus recursos corretamente explica este flagelo.
Lovelock aponta a energia nuclear como a única capaz de reduzir a velocidade com que estamos indo para o desaparecimento. Eu discordo; acho que todas as formas de energia não-fósseis têm um papel nisso, e a nuclear não é nem a melhor nem a mais fácil de ser utilizada, é só a polêmica. A energia solar, a eólica, os biocombustíveis, a energia das ondas e outras mais que estão aí apenas esperando para serem utilizadas ainda darão muito que falar.
Com a fé abalada no Brasil (já que Lula teve tantos votos – não me conformo), tenho que manter a fé na humanidade. Fizemos uma grande caca no mundo, temos que consertar agora; afinal a outra opção é perecer como espécie.
Se vamos morrer, que seja tentando então.

Mais perguntas

E por falar na questão levantada na sexta-feira, a Veja trás uma reportagem intitulada “Perdulário, gigantesco e ineficiente”, falando dos gastos públicos e de como eles são tratados.
Continuo então a perguntar, cadê o software de gestão que não temos ainda?
Ia esquecendo, cadê a origem do dinheiro do falso dossiê também?

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Mais uma pergunta

Alguém sabe me responder por quê os três níveis de governo não instalam softwares de gestão?
Será falta de dinheiro ou o medo de não poder mais fazer falcatruas?

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Algo precisa ser feito

Nesta semana assisti a um documentário chamado “As marcas da água” que tratava de um clube para atletas judeus na Áustria pré-nazista.
Os dramas que aparecem no filme não são o assunto do texto, mas sim a manutenção da infra-estrutura mostrada nele na década de 30 do século passada e ainda operando, com aparência de que acabou de ser construída.
Este é um ponto que marca profundamente as diferenças entre um país economicamente desenvolvido e o nosso. Lá as coisas são feitas para durar, enquanto aqui são feitas para aparentar.
Estamos nos especializando em construir equipamentos urbanos com vida útil de poucos anos, e que ao terminar de serem construídos já necessitam de reformas.
Este é uma demonstração acabada com o desleixo com o patrimônio público e da incapacidade de se pensar em termos de Patrimônio Líquido Nacional nos moldes do apresentado por Kanitz em uma de suas colunas (já comentei este artigo uma vez, se quiser relembrar o link é esse http://eudiscordomesmo.blogspot.com/2006/02/sobre-o-patrimnio-lquido-nacional.html ).
Repito que venho dizendo faz anos, não há falta de dinheiro no Brasil para alcançarmos nossos objetivos, existe sim falta de competência para gerir estes recursos, na melhor das hipóteses, ou falta de escrúpulos, ou até mesmo uma soma dos dois fatores.
Fora uma empresa, todos os funcionários estariam no olho da rua devido aos índices de re-trabalho e desvalorização dos ativos, sendo um país e se tratando de patrimônio público, ainda têm uns que se reelegem.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Eu também vou bravatear

Como não gosto de decepcionar meus leitores, que dizem que sou preguiçoso, só volto a escrever hoje, depois de um longo feriado.
Confesso que ando um muito chato estes dias; só penso, escrevo e falo de eleições e dinheiro “aparecido e sem-dono”, mas é que esse é um tema central para o país no momento.
Nem posso alegar que anda faltando assunto mundo afora, surgiu mais uma “potência nuclear” num repente, o doido do Bush está próximo de – finalmente - perder o poder e agora parece que dormir bem emagrece (por quê não funciona comigo?).
No feriado em particular mostra o quão estranhos somos nós brasileiros. O mesmo dia que estávamos comemorando o dia de Maria Aparecida o resto da América e algumas partes da Europa estavam celebrando o Dia de Colombo, o dia do descobrimento da América.
Inclusive estava em Madrid na mesma época no ano passado e perguntei a alguém o motiva da celebração. Passei por ignorante, ainda mais eu sendo originário da América. Fui obrigado a me defender dizendo que não comemorávamos esta data, mas sim a chegada dos portugueses ao Brasil e recebi como resposta um: “mas como vocês comemoram o depois como vindo antes”?
Bem, não há como responder isso. O Brasil sendo parte da América deveria comemorar a data, e se eu fosse religioso poderia ter dito que comemorávamos uma data muito mais importante na mesma data ou até que o dia das crianças é o mais importante. Na hora nada disso me passou pela cabeça.
Fiquei com pecha de ignorante (ou melhor, ficamos), mas em uma possível segunda vez isso não acontecerá de novo. Ainda vou falar mal do Colombo dizendo que ele só trouxe sofrimento para estas paragens e que estaríamos melhor sem ele.
Pode até ser uma falácia, uma bravata, só que estamos em período eleitoral, e agora isso é válido, não?

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Pergunta

A Receita Federal é muito, mais muito mesmo, eficiente em retirar dinheirodo cidadão comum. E o que aconteceu com os recursos "não-contabilizados"?
Foram pagos os impostos e multas referentes a eles?
E então Receita Federal?

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Polícia Federal “Republicana”

Se existiu um ponto em que o executivo atual foi muito melhor do que o governo FHC, este foi na prática de relações públicas. Ele conseguiu fazer com que erros bisonhos passassem para a população como o ápice da administração.
A carne brasileira é embargada mundo afora por questões sanitárias; vergonha? Nada, há uma derrama de carnes no mercado interno e o preço cai.
Então temos que ouvir o velho “nunca na história deste país o pobre comeu tanta carne”.
É provado que muitos dos alunos que são beneficiados pelo bolsa-família abandonaram a escola e os benefícios continuam sendo pagos. Falta de fiscalização? Claro que não, sensibilidade social.
A Bolívia “nacionaliza” o patrimônio da Petrobrás, a Venezuela ameaça fazer o mesmo, a Argentina impõe cotas aos nossos produtos, o Paraguai e o Uruguai dizem que irão sair do Mercosul; ou seja, todos quebraram ou querem quebrar contratos? Resposta do Itamaraty, é preciso ser solidário com os povos menos afortunados; afinal, vocês querem o que? Que invadamos os pobrezinhos?
Dentro deste quadro lamentável vinha escapando o trabalho da Polícia Federal, não que ela esteja escapando da politização (já escrevi sobre isso e se quiserem refrescar a memória é só clicar aqui ), mas estava ao menos escapando da incompetência e da humilhação pública.
Estava; no episódio do dossiê fajuto esta enterrando a credibilidade da instituição.
Na segunda-feira ela teve que ver seu nome estampado nas manchetes televisivas quando um grupo de parlamentares ocupantes da CPI dos Sanguessugas foi a Matogrosso do Sul “ensinar” o delegado a fazer investigações.
Ontem os policiais federais denunciaram que a instituição está sendo usado com motivação política pelo governo e que quem não se enquadrar nisso é “enquadrado” a despeito dos ritos normais.
Os delegados são acusados por aloprados (definição presidencial) de torturadores psíquicos; digamos assim, quase-alckmins em porta de cadeia.
Tudo naturalmente ao estilo poder central, maltrata-se as instituições e salvam-se os anéis do povo no poder e o poder para este povo.
"Republicanismo" na veia.

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Demorou, mas a verdade apareceu

Ontem uma porção de comentáristas veio com a estorinha de que havia ocorrido um empate no debate da Band para presidência.
Hoje não houve como. Todos os textos a que tive acesso publicados hoje mostraram sem sombra de dúvidas que Alckmin faturou.
Ainda há aqueles que não querendo admitir a derrota Lulista, dizem que não é bem assim, que quem decide quem ganhou ou quem perdeu é o eleitor e tal, mas eu pergunto: era um debate ou uma eleição?
Alckmin pode até vir a perder a eleição (espero que não), só que o debate já aconteceu, e este ele levou. Não adianta tentar enrolar o leitor.
A vitória foi tão acachapante que surgiram aqui e ali comparações com a derrota no debate da Globo para Collor em 1989 - tinha 15 anos naquela ocasião e, confesso, não dei a mínima para o debate; porém sempre me foi falado que havia ocorrido fraude na edição e que uma vitória teria sido transformada em derrota, a crônica de hoje parece apontar que ouve uma derrota mesmo. E estão tentando demonizar o Alckmin por ter massacrado o humilde e depreparado Presidente (leia por exemplo Jânio de Freitas (para assinantes UOL ou Folha basta clicar aqui)).
Podem até tergiversar, só que se fosse uma luta de boxe, a imagem que foi mais usada na cônica política, Lula teria saido carregado do ringue.
Aliás, ele ficou tão confuso que criou uma nova expressão, "delegado de porta de cadeia"; só falta agora explicar o que é isso.
Eu gostaria de saber.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Então começou mal

Lula havia dito que a campanha começava para ele no debate da Band que aconteceu ontem.
Começou muito mal, teve que ouvir muitas e muitas vezes o tão temido de quem é o dinheiro, ficou nervozinho e tive até a impressão que babou ao tomar água.
E para quem dizia que não havia ninguém neste país que pudesse discutir ética com ele, deve estar se perguntando de onde, raios, saiu este tal de Alckmin.
E o manancial de pontos éticos a ser utilizado nem secou ainda.
Continue assim, Lula.

Tentando ser imparcial

O que é impossível, digo qual foi a minha percepção do debate de ontem.
Um massacre.
Lula deve estar se perguntando até agora o que foi que o atingiu.

Aerolula, o símbolo

As citações a respeito do Aerolula me lembraram que algo que deixou muito indignado à época do ocorrido.
Foi o uso do Sucatão para o resgate dos refugiados brasileiros no Líbano.
Pensei cá comigo: como que uma aeronave que não serve para a comitiva presidencial pode ser usada para trazer de volta centenas de brasileiros?
É claro que os refugiados não devem ter pensado nisso e provavelmente estavam felizes por deixar as bombas para trás; mas esta é uma questão que deveria ser central para qualquer governante digno deste nome.
Ao dizer que irá vender o Aerolula, Alckmin quer deixar transparecer que tem uma visão diferente da que demonstra a administração atual na gestão do gasto público; só que neste ponto especial (o avião) a sangria já está feita e temo que não haverá como desfazê-lo.
Em um país endividado e com carências múltiplas como o Brasil, todo o gasto deve ser pensado no atendimento de três premissas: melhorar a infra-estrutura para dinamizar a economia, diminuir as carências da população e preservar o patrimônio público.
O avião presidencial não cumpre nenhuma delas e foi, portanto, um gasto injustificável.
Porém agra ele já está feito e vender a aeronave não irá sanar o buraco que sanou no orçamento (levando em conta os juros médios que o governo federal paga, ao menos 20 milhões de reais são destinados à amortização deste equipamento).
Achar que este gasto é normal e que é uma sandice discuti-lo mostra-me que Lula não se preocupa o mínimo com as premissas que defendo para o orçamento; o que faz com que meu voto se cristalize ainda mais por Geraldo Alckmin.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

E o dinheiro anda nascendo em árvores?

A expulsão tira qualquer dúvida de que o PT está metido até não poder mais na "Operação Tabajara".
Porém algumas dúvidas persistem e gostaria que fossem levantadas no debate:
E aqueles camaradinhas tinham R$ 1,7 milhões para comprar algo que a eles, pessoalmente, não interessava nada?
Uma vez que eram todos alopradinhos que não teriam ganho financeiro com a venda da informação, como esperavam rever a grana?
Ou não era deles?
Se não, de quem?


Xiii, me ouviram

Que porcaria, expulsaram uma leva de "aloprados" do PT. Isto deve servir para esfriar um pouco o problema e "Paz e Amor" vai chegar ao debate dizendo que uma leva de judas foi definitivamente despachada.
Mas felizmente ainda há a origem do dinheiro para atazanar o clã dos quarenta e poucos que se envolvem com organizações criminosas e o peixão graúdo ainda está lá para responder criminalmente.

Então danou-se

Em seu artigo de hoje na Folha de S. Paulo, Clóvis Rossi cita João Paulo de Almeida Magalhães, presidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro, que teria decretado que "a economia brasileira só irá bem quando voltar a crescer 7% ao ano".
Eu diria que para o grau de desenvolvimento atual da economia brasileira este número é praticamente impossível, daí apreende-se: ferrou.

Infelizmente não é verdade

Há mais uma lenda na Internet na qual o futuro governo tucano irá privatizar tudo que tiver direito e ver pela frente, infelizmente não é verdade.
Hoje o candidato já negou tudo isso e falou que apenas implantará PPP (parcerias público-privadas) e concessões.
Seria muito bom para ser verdade se todos estes cabides de emprego fossem passados à iniciativa privada. O governo poderia se concentrar no que realmente é a sua função (e extrair óleo não é uma delas) e muitos cargos comissionados seriam extintos, com os políticos do legislativo podendo se preocupar em agradar suas bases ao invés de ficar mendigando cargos aos do executivo.
Em seu blog, o tal de Emir Sader até diz mais; que, além das empresas públicas, o que está em jogo na eleição é se o Brasil vai subordinar seu (nosso) futuro “com políticas de livre comércio ou se o fará em processos de integração regional”, como se os dois processos fossem excludentes.
Talvez o seja para Chavez, o grande líder do “mundo livre” de hoje - que prega a integração regional enquanto comercializa loucamente com o “Grande Satã” -, mas não o é para o espelho de 22 em cada 20 blogueiros de esquerda que falam que a economia planificada é superior e apontam para a China do onipresente PCC (este original) e a Rússia de Putin para provar.
O chato para esta gente é que a Albânia da economia planificada se afundou em um esquema de pirâmide (o capitalismo é mesmo cruel para os ingênuos que ousam acreditar no comunismo) e a Cuba do Generalíssimo está cheia, repleta, abarrotada de capitalistas repugnantes gozando as férias e ainda assim precisa da ajuda camarada de Coronelíssimos do além mar.
O mundo é realmente injusto com os justos socialistas.
E infelizmente os socialistas democráticos quando chegarem ao poder só farão melhor o receituário de que isso tudo que está aí é tirado.
Infelizmente.

Insensíveis demais

O pessoal do PT precisa pensar melhor em como apagar incêndios.
Passadas duas semanas do escândalo da compra do dossiê, agora é que começa a se dar alguma satisfação à população. E como é feito isso?
Dois camaradas pedem demissão e nada mais é explicado.
Espero que eles continuem assim, quanto mais empurrarem com a barriga, melhor para quem quer ver Alckmin lá.

Sensíveis demais

Em dia eles reclamam do papa – o Benedito -, no outro de Jack Straw (ministro do reino Unido) e amanhã pode ser de você. Cada pequena citação de algo remotamente relativo ao islamismo ou aos seus seguidores é seguida de irados protestos e pedidos por pedidos de desculpa, alguns deles ameaçando a integridade física do “infiel” da vez.
Toda religião traz em seu cerne o ideal de que está correta e as demais não; porém os atuais líderes islâmicos estão se sensibilizando muito facilmente e exigindo tolerância sem demonstrá-la.
Caso utilizassem os mesmo parâmetros para sentir-se ofendidos, os praticantes das demais religiões também estariam chamando por “guerras santas” e a humanidade não teria um segundo sequer de sossego.
Pedir bom senso a fanáticos é improdutivo, só que os islâmicos moderados têm que tentar incutir entre os seus pares de fé a noção de que há culturas diferentes e que estas possuem o mesmo valor que a sua, assim como cada pessoa vale o mesmo.
Agir como donzela ofendida a cada palavra “ocidental” é o caminho oposto ao que é necessário ser seguido.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

E precisa de campanha

"Jaques Wagner, encontrou-se ontem com o presidente e expressou, em seguida, o que é o sentimento no Palácio do Planalto. Acha que houve uma "armação" envolvendo setores do PSDB para que os petistas caíssem no conto do vigário no caso do dossiê, mas ressalva: "O que não tira a culpa de quem caiu na armação, porque se dispuseram a ir se relacionar com um marginal para comprar dossiê".".
O trecho acima foi extraido da Folha de S. Paulo de hoje.
Com base nisto só posso reforçar meu voto em Geraldo Alckmin.
Ou os integrantes do PSDB são gênios ou os do PT são muito burros, de qualquer forma acredito que na opção sou contrário aos menos dotados de inteligência.
Que sejamos governados pelos mais capazes.

O dinheiro apareceu, mas ...

... os donos não.
Sabe que é, não qeria falar nada, mas a grana é minha.
Queiram por favor depositar na minha conta.

A culpa é dela?

Em todo o lugar que se olha apontam para a pobre como a culpada. O país não cresce? A previdência está falida? O povo não têm comida? O sistema é corrupto? O Estado é inchado?
Tudo culpa da constituição de 1988.
Mas, por quê?
Os pontos mais discutidos são os relacionados ao fato de que ela diz que o Estado é responsável pelo bem-estar do cidadão.
E devido a isso, tudo o que acontece ao cidadão é constitucional. Está doente, a constituição diz que é culpa do Estado. Não sabe escrever, Estado. A estrada está esburacada, Estado nela.
Porém como todo o livro, a Constituição não é culpada de nada e, como toda a instituição, o Estado idem.
Culpados são aqueles que interpretam o livro e conduzem a instituição.
E no nosso caso particular, não há nada que obrigue o Estado a ser este gigante que é aqui, e muito menos a assumir todas as funções que exerce.
Ao invés de cuidar de administrar estradas e hospitais e universidades e hotéis (se bem que deste último item o Estado não tem mais nenhuma unidade, acho) e um sem número de outras coisas, ele deveria estar se ocupando de assegurar a regulação destes serviços para que alguém competente o fizesse.
Quando lê no livro que o Estado é responsável, a imagem que vêm a cabeça de muitos é: se quer uma coisa bem feita, faça você mesmo (e o você é o Estado).
Só que a situação real que aparece é que o Estado não consegue cumprir a função de faz-tudo, e não há quem possa fazer tudo sendo responsável por 180 e poucos milhões de pessoas – como até mesmo os mais renhidos países comunistas experimentaram -, e a resposta que tem surgido na mídia é, muda-se a constituição.
Antes de mudar algo, não seria mais prudente tentar ver outras formas de aplicá-lo, olhar por outro ângulo?
Depois de o fizermos, se a constituição realmente se mostrar inaplicável, tudo bem. Por enquanto há outros elementos para serem testados.
Testemos então.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Um, dos três, testando

Já que não consigo publicar nada muito grande devido a minha preguiça e, principalmente, do meu provedor de Internet, leiam esse artigo do José Paulo Kupfer .
Ele está acertando no ponto; não dá para comparar coisas completamente diferentes.