sexta-feira, 29 de maio de 2009

E não fecharam a porta

É um disparate alguém da área de segurança nuclear dizer que os procedimentos poderão ser revistos após o acidente em Angra 2.
Se quatro pessoas foram contaminadas porque o faxineiro, ou qualquer outro cujo cargo inclui limpar a tal sala, não fechou a porta, é evidente que mudanças precisam ser feitas. Até o Big Brother Brasil tem um sistema de segurança que impede que uma porta seja aberta sem que a outra seja fechada, por que não Angra.
Não sou, em tese, contrário a construção de usinas nucleares. O país possui imensas reservas de urânio e, relativa, experiência no manuseio de material radiativo. Depois de Goiânia, não havia registro de outros problemas graves neste campo.
Há, entretanto, outras soluções para o Brasil. Contaminante por contaminante, podemos utilizar carvão e petróleo como todas as nações desenvolvidas do mundo, ao invés de nuclear, como poucas. e ainda temos todas as alternativas ditas verdes.
E existe, também, a desconfiança quanto a competência da Eletronuclear. Não é porque ela diz que lida com uma energia segura e barata que devemos acreditar. Só aqui as usinas nucleares funcionariam assim eficientemente. Posso estar enganado pela minha péssima memória, mas estatal era um feudo de Roberto Jefferson antes dos eventos conhecidos como "Escândalo do Mensalão". O que é de assustar, políticos lidando com material perigoso.
Resumo da ópera, talvez seja a hora de fechar as portas de vez, não só da sala de resíduos, mas de todas as usinas por aqui. Pelo menos até que tenhamos políticos, e, consequentemente, técnicos nomeados por eles, acima de qualquer suspeita.

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