No distante começo de século, afirmei que a aquisição da Time Warner pela AOL era uma jogada de mestre, pois eles estavam, com a troca de ações, trocando uma marca forte e com faturamento consolidado, maior grupo mundial de mídia, por vento, ou as expectativas de que empresas deficitárias (a própria AOL tinha grande valor em bolsa pelas possibilidades de que a internet tivesse outras regras econômicas, no qual o lucro seria um detalhe).
Os especialistas, quando do fechamento do negócio, discordaram. As bolsas mostravam que o grande beneficiados da fusão era o grupo jornalístico, cujas as ações subiram forte imediatamente após a divulgação da notícia. O provedor de acesso, ao contrário, viu as suas cairem, como se a lucratividade futura de seu empreendimento estivesse ameaçado.
A notícia de que o grupo dividirá as empresas novamente é mais um indicativo de que estava certo à época.
Se a AOL ainda existe para ser dividida, a culpa é dos acionistas da Time Warner, que deixaram sua empresa ser adquirida por mercadores de ar. O modelo de negócio da provedora de acesso já se mostrava perdedor no início do século, quando a banda larga estava se consolidando. Sua sobreviência deveu-se à empresa de mídia.
Não só na política, mas também na economia, o novo é um fato muito raro. Quem acreditou que a nova economia ditaria mudanças fantásticas, como a abolição de balanços equilibrados, quebrou a cara. Quem apostou nas boas práticas do passado ganhou. A novidade do caso foi o fato de que os sinais foram trocados. Os geeks apostaram no concreto e os vetustos donos de jornais e TV, no ar.
Ao vigário, um "pai nosso" foi ensinado.
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