Em 18 de maio de 2007, dois anos atrás, portanto, o economista Luiz Gustavo Medina perguntava-se se os deuses não estariam loucos (ouça aqui). A Bolsa - e cá está demonstrada a imutabilidade dos índices, em uma coincidência incrível - chegava a 52 mil pontos, o dólar valia menos do 2 reais, após ter chegado a quase 4, e vivíamos o "conundrum" mundial de Greenspan.
Nada disso era o motivo de espanto de Medina. O que o intrigava era o fato de um ás do mercado financeiro ter afirmado que era hora de investir na economia real. Armínio Fraga, o ás em questão, teve um bocado de contratempos de lá para cá, mas o fato de causar tal comoção investir nas empresas brasileiras é sintomático. E nada de muito substancial mudou desde lá.
Os impostos continuam escorchantes, leis trabalhistas malucas e risco maior do que o do mercado de capitais. Por que investir na economia real então?
É, os deuses poderiam não estar locucos, mas talvez Armínio estivesse.
Observação: Na seqüencia do áudio há uma entrevista do diretor de Tropa de Elite, José Padilha, antes da finalização do filme.
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