quinta-feira, 28 de julho de 2005

Dúvidas impertinentes

A semana (parlamentar) acabou e o mundo não foi junto, para o desespero de uns e o alívio de um outro tanto (principalmente no Parlamento), então vamos tentar entender umas coisinhas.
Para que serve este tal de Coaf?
Pelo que está parecendo, para nada. Se ele foi pensando como uma maneira de coibir a lavagem de dinheiro, é um fracasso. Se para tornar mais rápida a fiscalização outro. Se para verificar especificamente o nome de assessores parlamentares quando fazem grandes saques, bingo, serve para algo, mas não parece algo muito restrito para a ferramenta? Ou será que alguém no Ministério da Fazendo estava fazendo vista grossa? Creio que o responsável pela fiscalização desta área deveria fazer uma visitinha à sala da CP(M)I para explicar umas coisinhas. Nem tanto por uma possível má-fé (que sabemos que não há neste governo, pois estamos “convencidos” de que ele “não rouba nem deixa roubar”), mas por parecer mais uma das fontes de desperdício de dinheiro público, cadastros acumulando poeira em alguma salinha qualquer.
Como até agora ninguém quis ouvir nem aos diretores da Usiminas, nem dos bancos Rural ou BMG e muito menos da GDK?
Todo os dias somos bombardeados com foi uma doação de fulano, um empréstimo de cicrano ou de beltrano e nada, nem unzinho dos responsáveis por cicrano, beltrano e fulano foi ao menos convidado para explicar nada; será que aos ricos e não famosos, com as honrosas exceções de Marcos Valério e Renilda, é vedado sentar na salinha em frente aos holofotes?
Cadê a defesa do Zé “Sai rápido daí” Dirceu?
E as teles?
Deram um empurrãozinho na empresa do Lulinha e, ao que parece, um empurrãozão nas empresas do Marcos Valério, vai ficar tudo por isso mesmo?
Bem, por enquanto as dúvidas são essas, mas eu me reescrevo, Presidente.

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