... da busca de vítimas dentro do buraco e espero que a mídia recobre a consciência de que há uma escala de importância nas coisas.
Não é possível que se trate como desastre de mesma gravidade o que ocorreu na obra do Metrô paulistano é o acidente ambiental no rio Muriaé e aqueles que recebem seus tributos.
Enquanto o primeiro deixou centenas de desabrigados instalados em hotéis de, sei lá, quatro estrelas, o segundo deixou milhares de desabrigados (do tipo que tem como auxílio público no máximo um canto em uma escola para tentar se recuperar do trauma). Podem até me chamar de insensível, mas os desabrigados de São Paulo nem podem ser chamados por esse nome.
É óbvio que a morte de seis pessoas (talvez sete) é uma tragédia, deve ser investigada e os responsáveis devem ser punidos de forma dura; só que a cobertura que esta recebeu é totalmente desproporcional ao número de pessoas afetadas.
Pelo jeito não é apenas atrás de responsáveis que a imprensa deve cavar fundo neste episódio. O bom senso também foi perdido em algum lugar daquele buraco e, talvez, o melhor a ser feito é pedir a ajuda dos bombeiros para auxiliar no resgate.
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