Se o senhor W. Bush quiser um assessor especial para assuntos aleatórios, já sabe onde procurar; segue aí um texto de 2005 com a política que este pretende começar a aplicar agora.
Como vocês vêem, não é preciso ser nenhum gênio para colocar em prática boas políticas. É só pegar as coisas que estão à mão.
O texto é o seguinte:
Vamos variar, Mister Bush
Não é só o administrador brasileiro que tem dificuldade de dar uma leitura holística dos problemas que lhe são apresentados.
Se concatenassem as coisas, muitos problemas considerados insolúveis seriam equacionados. Vamos pegar dois problemas norte-americanos, que se subdividem em uma porção, e apontar uma solução conjunta para eles.
São eles a imigração demasiada dos pobres da América Latina e África para lá e a outra é a extrema dependência do petróleo produzida por um punhado de países.
Todos nós sabemos que América Latina e África são regiões potencialmente imbatíveis na produção agrícola, mas dependentes de capital externo e de tecnologia para implementar suas potencialidades. São também grandes produtores de gente, e de imigrantes.
Sabemos também que imigração é normalmente a última opção para as pessoas, feita só quando as esperanças de uma vida digna se esvaem. Mais uma coisa, que a agricultura é uma das atividades humanas mais intensivas em uso de mão-de-obra. Juntando uma coisa a outra, porquê não financiar a agricultura nestes países em vez de gastar uma fortuna tentando evitar a chegada de uma leva de imigrantes; cercando fronteiras, utilizando aviões, etc.
E quanto a dependência do petróleo? Com base na potencialidade da biomassa como integrante da matriz energética do mundo, utilizar os países já citados como base produtora de biodiesel, álcool ou seja lá qual tecnologia de biomassa, poderia suprir as necessidades deste países produtores, diminuindo a demanda pelo petróleo, e até gerar excedentes exportáveis. Seria um ferimento de morte na OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo) e ajudaria a diminuir os custos de adoção destas novas tecnologias (algumas nem tão novas assim).
Juntando os dois teríamos imigrantes potenciais vivendo em suas próprias terras, diminuiríamos a pressão sobre o petróleo como base da matriz energética e incluiríamos consumidores para os capitalistas se fartarem.
É certo que não seriam programas baratos. Mas os recursos estão disponíveis, é só examinar o orçamento direito. Tem as verbas do subsídio agrícola (dizem que é mais de um bilhão por dia), das guerras por petróleo, da promoção comercial, da ajuda aos países subdesenvolvidos, da promoção de energias alternativas, etc.
E todas teriam externalidade positivas. Desviando os subsídios dos fazendeiros norte-americanos para os de países realmente necessitados implantarem as lavouras energéticas, as distorções nos mercados mais sensíveis (algodão, soja, milho, etc) seriam suprimidas. A renda gerada criaria mercados para os produtos e serviços “yankees”, muitas lutas tribais poderiam deixar de ocorrer junto com o fim da miséria Enfim um negócio lucrativo para todos exceto os barões do petróleo, das armas, da ajuda externa, da política corrupta.
Exatamente o tipo de coisa que não é colocado em prática, sempre que um barão é prejudicado as coisas andam devagar, imagine com tantos.
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